Ilda e Ramon - Sussurros de Liberdade

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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Cuidado: Mercúrio é um perigo!



Notícias / Resíduos
27/10/2010

Saiba Como Objetos descartar Mercúrio Que dez



Contato com o metal, e Que Altamente TÓXICO, Problemas renais causar Pode, respiratórios e comeu Danos Irreversíveis nenhum Sistema Nervoso

No Começo do MÊS de Outubro, 12 PESSOAS FORAM hospitalizadas, na Cidade de Rosana, interior de São Paulo, DEPOIS de Contato ENTRAR COM in Mercúrio depositado in 20 frascos jogados Terreno hum in municipal. Como vitimas Fever apresentaram, diarréia, vomito, irritações e Pelé nd Duas Crianças ficaram internadas Por Semana UMA.
A Companhia Ambiental de São Paulo interditou (Cetesb) de uma área o material Onde FOI encontrado, o Município FOI multado em R $ 82 mil e UMA INVESTIGAÇÃO estabele in andamento parágrafo Descobrir se um procedência dos Objetos. Casos Como Este escancaram Dois Problemas serios: Quao Perigoso e Metais Pesados o Contato com, Como o Mercúrio - Que estabele PRESENTE NAS termômetros Nossas casas em, fluorescentes Lâmpadas, Pilhas e baterias de notebook e celular -, EO descaso e do Cidadão do Poder Público com o Descartes Desse Tipo de material.
Fernando Barbosa Jr., professor de Toxicologia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da USP, Alerta Que o simples Contato com Lâmpada fluorescente UMA OU COM UM termómetro, uma quebra epidêmico, PoDE Levar um inalação de vapor de Mercúrio proveniente do material e, Baixas in MESMO quantidades, causar febres, tremores, sonolência, náuseas, fraqueza muscular, Delírios, reflexos Lentos e Dores de Cabeça. 
O Contato Direto com Mercúrio fazer um Pelé e Os Olhos Causa vermelhidão e coceira, Como se Fosse UMA irritação alérgica. A Ingestão PoDE úlceras Provocar não Estômago. E UMA Exposição Mais duradoura sem interferir Metabolismo celular, resultando não RINs mau funcionamento de, Fígado, Pulmão e Cérebro.
Contato O que Mercúrio nd Menos Pelé e prejudiciais que inalar que. "Se ocorrer uma inalação com elevadas quantidades, serviços ELA PoDE fatal. São Crianças Muito Mais suscetíveis EAo efeitos tóxicos ", Diz Barbosa Jr. São elas particularmente vulneráveis PORQUE o Mercúrio não interfere Sistema neurológico, in Ainda bebes in Crianças e Desenvolvimento. A Exposição ao vapor do metal Nesta fase da Vida como reduzir PoDE capacidades cognitivas, de memorização, Atenção, Linguagem de AQUISIÇÃO, Habilidades motoras e Noção de Espaço.
O Que fazer
Quando Lâmpada UMA OU termómetro contendo Mercúrio e Quebrado, uma atitude Primeira e ISOLAR uma área, Portas e Janelas fechar e USAR UM EQUIPAMENTO Mínimo: Mascara Cirúrgica Descartável Luva e reforçada Para quê nao Haja o Risco de Contato. Como o Mercúrio aparece nenhum Estado Líquido Ambiente Temperatura eles, o ideal e Recolher com o metal SEM UMA Agulha e seringa Coloca-lo hum in Recipiente Plástico contendo Água, uma Água reduz uma possibilidade da evaporação. A área afetada Pelo dez Objeto de serviços com descontaminada UMA Mistura de Água Sanitária e Água. Epidêmico uma Limpeza, DEVE-SE Abrir Novamente Portas e Janelas para ventilar o Ambiente. 
O Recipiente com o dez de serviços com Mercúrio Vedado Bem entregue FITA adesiva e um dos Locais hum Que Fazem o Descartes correto. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda nsa Depositar o material Pontos recebem Que Pilhas, baterias e Lâmpadas fluorescentes (Veja uma Lista Abaixo) Que, ja em Empresas Que Fazem o Recolhimento de São especializadas separar in e reciclar metais tóxicos.
Em 2008, o Conselho Nacional do Meio Ambiente Conama) editou (a Resolução 401/08, responsabilizando OS Produtores Sobre o Descartes correto de Objetos Que Mercúrio contemporâneos, porém somente n º Pilhas e baterias in Geral. Em Agosto deste Ano, a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) FOI sancionada Pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Documento CRIA um Logística reversa, obrigando fabricantes, a Importadores, Distribuidores e Vendedores Produtos Recolher uma Certos, epidêmico o OSU Pelo Consumidor final. O Programa preve o Recolhimento de Pilhas, baterias e Lâmpadas fluorescentes. A regulamentação da Logística reversa DEVE SE apresentada comeu o final de Novembro. A Partir de Publicação SUA, como Empresas dez comeram n º 2014 se adaptar à nova lei. Enquanto o Seu Curso Processo segue, ja e Possível descartar corretamente in Razão de ALGUMAS Iniciativas.
O Descartes correto
MESMO pingos de uma aprovada serviços PNRS, Lojas ALGUMAS, Drogarias e Supermercados JÁ Mercúrio recolhiam o material com residencial, realizando um Logística reversa. Alguns sites reúnem Especializados Ainda listas com endereços parágrafo se Fazer o Descartes correto.
Pilhas e baterias
Drogaria São Paulo - Tel;.: 0800 015 20 70Banco Real, Tim, Pão de Açúcar
Lâmpadas fluorescentes
Lojas Leroy Merlin, Philips - Tel Cidades.: (11) 2121-0203 (Grande São Paulo) /) Telef.: 0800-701-0203 (Demais
Pará, o de Descartes Diversos materiais
E-Lixo (Governo do Estado de São Paulo); Cempre (recicladores dos Mais Diversos materiais in TODO O País)
Termômetros
Nao Procedimento HÁ UM oficial par o Descartes correto do Mercúrio com termómetro, mas, de ACORDO com o Disque INTOXICAÇÃO, da Anvisa, e Possível Depositar o termómetro Embalagem Plástica SUA in nsa Locais parágrafo Descartes de Pilhas, baterias e Lâmpadas fluorescentes, POIs Empresas Que Fazem o Recolhimento Destes Objetos São separar in especializadas e reciclar metais tóxicos.
Saiba Mais
Onde o Mercúrio e USADO:
> Termômetros,  Lâmpadas fluorescentes,  Barômetros,  Baterias,  Amálgamas dentários,  Médicos e Hospitalares Laboratórios,  Indústria,  Mineração
O Que PoDE Quem ocorrer com FICA AO Exposto Mercúrio:
Febre>, Tremores,  Sonolência,  Delírios, Fraqueza muscular,  náuseas,  Cefaléia,  Lentos Reflexos,
> Falha Memória,  funcionamento dos RINs Mau, Fígado Pulmão, e Sistema Nervoso
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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Desmentindo Descartes


Publicado em 30/08/2010

Bichos também se emocionam

Fonte: Diário do Nordeste - http://bit.ly/boYX6C 

"Os animais são seres inteligentes e com sentimentos"
Irvênia Prada
Médica Veterinária


ATIVIDADES DE ZOOTERAPIA, os bichos apresentam a fluência comportamental. Sentimentos mais harmônicos e sutis em relação aos seres humanos  O cérebro dos animais mamíferos não é tão diferente em relação ao dos humanos. Aceitar isto é um desafio atual

Fortaleza. Os animais não são máquinas insensíveis, movidas a estímulos como preconizou o filósofo Descartes. São seres com sentimentos, inteligência, memória, sujeitos a sofrimentos físicos e psíquicos. Assim defende a médica veterinária da Universidade de São Paulo (USP), Irvênia Luiza de Santis Prada, autoridade mundial na comunidade científica na área de Neuroanatomia Animal.

Ela afirma que, desde a década de 60, já está superado o pensamento que limita a capacidade dos bichos. Em recente palestra sobre as emoções dos animais, proferida durante o II Congresso Brasileiro de Bioética e Bem-Estar Animal, ela mostrou que espécies que vivem estressadas, presas ou maltratadas, acabam desenvolvendo males orgânicos. Estes podem se manifestar na pele, ou na forma de diarreias e úlceras, numa espécie de somatização. As chamadas doenças somatizadas não são "privilégio" dos humanos.

Ela contextualiza que a ciência sabe da manifestação da vida. E toda matéria viva é sensível a estímulos do ambiente. Todo ser vivo existe por meio do circuito estímulo-processamento-resposta. No caso dos animais, sejam humanos ou não, o processo prevê dois componentes, um subjetivo e outro objetivo. São as sensações e as emoções, respectivamente. No processamento, há o sentir. Já a resposta fica no âmbito das emoções. É quando o indivíduo, humano ou não, põe para fora o que sentiu a partir do estímulo recebido. Vale lembrar que a palavra emoção deriva do ex (para fora) e do moção (movimento).

"O animal percebe alguns estímulos no ambiente, que entram no seu organismo e vai até o cérebro. Ao processar, tem a sensação. Ao colocar para fora o que está sentindo, expressa a emoção. Por meio de sinais fisiológicos ou do comportamento, demonstra o que está sentindo. Daí compreendermos que a emoção é uma experiência objetiva e sensação, uma experiência subjetiva", explica ela. Isto coloca desafios para as áreas da ciência e todas as atividades humanas que são relacionadas aos animais.

Cérebro trino

Com base nos estudos do pesquisador Mac Lean, a veterinária aponta que se pode identificar a existência do chamado cérebro trino no ser humano, que equivale a três cérebros, cada um correspondente a uma etapa evolutiva diferenciada e fundamental. A mesma estrutura observa-se em alguns mamíferos. Na parte mais profunda, há o Complexo Reptiliano, com funções neurais básicas relativas à reprodução e auto-preservação, regulação cardiovascular e respiratória, comportamento agressivo, demarcação territorial, entre outras. Nos peixes, anfíbios e répteis, é praticamente esse encéfalo o existente.

Na segunda parte do encéfalo, ainda considerando Mac Lean, a pesquisadora aponta o Sistema Límbico, correspondente a estruturas relacionadas à expressão de comportamento acompanhados de emoção. São as emoções primárias básicas, relativas aos comportamentos de auto-preservação e perpetuação da espécie, manifestados por medo, raiva, prazer e outros. Irvênia Prada mostra que o Sistema Límbico circunda o complexo reptiliano e mostra-se bem em todos os animais mamíferos. Por fim, envolvendo as duas primeiras partes, vem o Neocortéx, um complexo de diferentes funções, tornando-se progressivamente mais desenvolvido nos mamíferos mais evoluídos como o ser humano, chipanzés e golfinhos.

No Neocórtex se observam regiões chamadas lobos: fontal, relacionado à deliberação e regulação de ações e comportamentos; pariental, responsável pelo intercâmbio de informações com o restante do corpo; temporal, ligado à noção espacial e algumas funções associativas complexas, como memória; e occipital, relacionado à visão. Segundo Irvênia Prada, a diferença entre os cérebros dos seres humanos e dos demais animais mamíferos dá-se mais em termos de proporção entre as partes. "Em todos os mamíferos, a organização do cérebro é a mesma do ser humano. O cérebro inicial tem uma representação avantajada, o córtex sensório-motor também, mas a área pré-frontal é menos desenvolvida e varia de dimensão nas diversas espécies animais. Nos primatas e golfinhos, ela já se mostra bem desenvolvida".

Ela explica que, na expressão do comportamento, por meio do Sistema Nervoso Autônomo (SNA), há dois aspectos: a fluência e a disfluência comportamental. Na primeira, os animais exteriorizam atitudes mais harmônicas, como se observa nas atividades de zooterapia com cavalos e cães entre crianças e idosos ou o cão-guia acompanhando cegos. Na disfluência, os bichos expressão profundo mal-estar. Organicamente apresentam respiração acelerada, músculos tensos, pupilas dilatadas, secreções de hormônios do estresse como adrenalina e cortisol, além de picos de pressão arterial. Assim são as cenas de animais brigando ou sendo maltratados em vaquejadas, rodeios ou outras situações comprometedores do seu bem-estar. Na disfluência comportamental, estão em ação estruturas do Sistema Límbico. Já nos momentos de fluência, que requerem atitudes mais elaboradas, até sutis, entra em ação os circuitos do Neocórtex.

Assim como os seres humanos, os bichos também ficam sujeitos a distúrbios mentais que são somatizados no corpo. Ela cita o caso de uma cadela que atuou no Iraque como farejadora de bombas. Após três anos de trabalho, o animal expressou transtornos pós-traumáticos, semelhantes ao verificados nos humanos.

"A visão cartesiana está ultrapassada. Coloca-se um desafio para os cientistas, a sociedade, todo mundo que trabalha com espetáculos para diversão humana, pesquisas em laboratório, das pessoas que trabalham com produtos alimentícios de origem animal. Devemos enxergar o animal como um ser que sofre. Não precisamos perguntar se eles têm cérebro, se têm consciência. Basta perguntar se eles sofrem. Isto já é um forte indício de que o ser humano tem que mudar sua atitude em relação aos animais. Eles sofrem, não só fisicamente, nas lesões orgânicas. Sofrem transtornos mentais também".


Instituto Nina Rosa - Projetos por amor à vida
Organização independente sem fins lucrativos





terça-feira, 26 de outubro de 2010

Núcleo de Agroecologia

Atuação em Extensão Rural, Assistência Técnica, Assessoria Ambiental e Saúde
...repassando


Bom dia a todos!

Estamos  iniciando no Instituto Federal de São Roque um Núcleo de Agroecologia. O mesmo é composto de professores, alunos (temos os cursos de Agronegócio, Agroindústria e Biologia) e parceiros. 

Nosso objetivo é se constituir em um grupo atuante, não apenas na área acadêmica, mas principalmente na Extensão Rural, priorizando atividades coletivas de Educação não-formal, como oficinas teórico-práticas sobre temas relacionados a Agroecologia e Sustentabilidade, além de efetivamente atuar em Assistência Técnica, Assessoria  Ambiental e Saúde.

Nosso foco inicial é nossa casa e a casa de nossos vizinhos... Moramos no beira da estrada que vai de SRoque a Ibiuna. O fundo do nosso quintal é uma área degradada, onde tem uma lagoa e atrás dela um morro com vegetação em regeneração com eucaliptos, pinus e nativas (mata secundária??!). 
Do outro lado da estrada tem um bairro: Guaianã. Temos uma nascente dentro da área. Nossa água é parte da bacia do Sorocamirim. Provavelmente esteja contaminada por esgoto clandestino. 

Abaixo nosso endereço e a lista dos professores participantes do Núcleo e respectivos contatos:

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) - Campus São Roque - End: Rov. Pref. Quintino de Lima, 2100 – Paisagem Colonial - São Roque, SP – CEP 18136-540
Coordenador: Marcos Eduardo Paron  – email: marcoseparon@yahoo.com.br

 Professores do IFSP – Campus São Roque:
Leonardo Pretto de Azevedo –  leo_pretto@hotmail.com
Francisco Rafael Pereira – pereirafrs@hotmail.com
Ana Paula Encide Olibone –encide@agrilab.com.br
Raquel de Souza Mattana – rsmattana@yahoo.com.br
Glória Cristina M.C. Miyazawa – gloriacoelhomi@uol.com.br
Valdinei Trombini – t.19.9251-7952 - v-trombini@uol.com.br
Lilian Marques Pino – t. 19.8192-4088- lmpino@usp.br
Alecio Rodrigues de Oliveira – alecioro@yahoo.com.br
 Ricardo dos Santos Coelho - ricardocoelho@cefetsp.br
 Clenio B. Gonçalves Junior - clenio@cefetsp.br
 Rogério Tadeu Silva -professor@rogeriotadeu.pro.br
 Vivian Motta -vivianmotta@yahoo.com.br
 Osias Filho -osiasbap@uol.com.br
Abraços a todos!
Marcos Paron



domingo, 24 de outubro de 2010

Meio Ambiente


Programa Projeto Popular debate impactos dos agrotóxicos

21 de outubro de 2010
Nesta sexta-feira (22/10), às 19:45h, o Programa Projeto Popular, exibido pela TV Educativa do Paraná, traz o debate sobre os impactos dos agrotóxicos nos alimentos e na saúde da população.
Participam do debate Leticia Rodrigues da Silva (da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa) e Alfredo Benatto (sanitarista da Secretaria de Saúde do Paraná - Sesa).
Sobre o Programa Projeto Popular
Produzido, elaborado, e conduzido pelos movimentos sociais brasileiros, o programa Projeto Popular se dispõe a debater os grandes temas da sociedade mundial, latino-americana e brasileira de forma interdisciplinar a partir do movimento social brasileiro com vistas à elaboração de um projeto popular de nação é o objetivo desse programa.
O Programa Projeto Popular é exibido às sextas-feiras, sempre às 19:45h. A iniciativa é fruto da parceria dos movimentos sociais brasileiros com a TV Educativa do Paraná (Canal 9 da TV aberta - somente naquele estado, ou 115 da SKY).
Os programas também podem ser vistos pela internet:
Informações:
projetopopular@ quemtv.com. br

 

Audiência pública cobra controle do uso de agrotóxicos
Raquel Júnia - Escola Politécnica de Sáude Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz)

No último dia 13 de outubro, uma audiência pública no Ministério Público do Rio Grande Sul (RS), em Porto Alegre, discutiu o uso irregular de agrotóxicos nas plantações do estado. Após um dia de debates, os participantes chegaram à conclusão de que é preciso avaliar a regulamentação sobre o uso de agrotóxicos e implementar medidas de incentivo à agricultura orgânica. Um grupo de trabalho foi instituído para elaborar um estudo sobre a legislação vigente acerca da utilização desses produtos e, assim, propor medidas que responsabilizem as empresas e produtores agrícolas pelo uso irregular.
A ideia é que as propostas surgidas durante o evento sejam implementadas no Rio Grande do Sul, mas, posteriormente, se expandam para todo o Brasil. Em agosto, um seminário na Escola Nacional Florestan Fernandes também debateu o uso dos agrotóxicos, reunindo pesquisadores e movimentos sociais. De acordo com uma das organizadoras da audiência, a nutricionista Sheila Rangel, pesquisas recentes mostraram que o uso de agrotóxicos tem crescido muito no país. Ela fala que, durante a audiência, os participantes lembraram que há leis orgânicas - tanto uma federal (lei 11.346/2006) e, no caso do RS, uma lei estadual (lei 12.861/2007) - que asseguram o direito humano à alimentação adequada. Segundo Sheila, foi constatado que as legislações são desrespeitadas pelo uso abusivo das substâncias e que o ideal é incentivar a agricultura orgânica. "A audiência propôs para o futuro que haja uma reversão nesta forma de produzir, que busquemos junto aos poderes legislativo e executivo formas de viabilizar uma produção orgânica e agroecológica, que se tente fazer uma substituição progressiva desta forma de produção com agrotóxicos", afirma. Sheila é coordenadora da Comissão de Direito Humano a Alimentação Adequada do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Consea-RS), responsável pela organização da audiência pública juntamente com o Centro de Apoio Operacional de Direitos Humanos do Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul (CAODH).

Os participantes da audiência identificaram também a necessidade de uma maior fiscalização nas fronteiras para coibir o contrabando de agrotóxicos proibidos. Além disso, propuseram que os alimentos produzidos com o uso destas substâncias sejam rotulados, de forma a informar o consumidor sobre os riscos de contaminação.

Agroecologia
Ainda durante o encontro foram relatadas experiências bem sucedidas em agroecologia existentes em todo o país, inclusive no Rio de Grande do Sul. Um exemplo é o da cidade de Ipê, a 134 quilômetros de Porto Alegre, onde parte da produção agroecológica é destinada à alimentação escolar.

Outra proposta surgida durante a audiência é a de promover campanhas que mostrem os prejuízos dos agrotóxicos à saúde e também as boas experiências, como a de Ipê. "Queremos propor que seja incentivado, a partir de financiamento público, a produção orgânica e agroecológica. Uma maneira de potencializar esta produção é vincular as compras para alimentação escolar à produção orgânica", comenta Sheila.

Conferência Nacional de Segurança Alimentar
As reflexões e propostas surgidas durante a audiência pública serão levadas também para a Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, prevista para 2011. Segundo Sheila, uma discussão que estará presente na conferência é a implementação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar (Sisam), já previsto pela lei 11.346/2006. "Em nível nacional, o Sistema está implementado, mas ainda não está funcionando, apesar de já ter uma proposição de membros, estrutura e diretrizes para começar a funcionar. As conferências têm a proposta de discutir este sistema também nos estados", diz.
De acordo com a organização do evento, será divulgado em breve um relatório com as principais questões debatidas e propostas apresentadas durante a audiência.