Ilda e Ramon - Sussurros de Liberdade

Ilda e Ramon - Sussurros de Liberdade
Clic sobre o livro (download gratuito). LEIA E DÊ SUA OPINIÃO

quarta-feira, 20 de julho de 2011

AMOR, REVOLUÇÃO, SACANAGEM E PEITO BONITO


   
 PALCO & PLATEIA

     Elpídio Navarro   

     Alguém escreveu que a novela do SBT  "Amor e Revolução"  transformara-se em "Nem Amor Nem Revolução". O pior é que, agora, numa porcaria maior ainda. Também, por determinação não se sabe ainda de quem, cessaram de colocar ao fim de cada capítulo, um depoimento de pessoas que vivenciaram e sofreram a violência e a tortura dos policiais e militares da quartelada de 64.
     Era previsto. Uma emissora dirigida por um empresário falido, que topou revelar para as gerações posteriores o  que foram os anos de chumbo, somente pensando numa grande audiência e bastante lucro, só podia dar com os burros n'água. A novela aproveitou a grande efervescência gay de São Paulo e misturou história com romances lésbicos (não foi só um) e ainda, para contrabalançar, a tendência de um policial à prática do homossexualismo com um prisioneiro.
     Nada disso tem a ver com o que foi proposto inicialmente: tele-dramatizar um período negro da nossa história, acrescentado de momentos românticos e de paixões. Tudo parecia ser uma mistura de verdades históricas com a ficção, pelo menos em doses equivalentes. Mas não é o que está acontecendo e, para completar a baboseira, uma personagem que havia morrido reaparece com ares de fantasma! Coisa que a TV Globo gosta de fazer!



Fonte: O Berro

Campanha do Agronegócio e Ruralistas estreia hoje nos meios de (des)comunicação

 Combate ao Racismo Ambiental  "Chamamos de Racismo Ambiental às injustiças sociais e ambientais que recaem de forma implacável sobre grupos étnicos vulnerabilizados e outras comunidades, discriminadas por sua origem ou cor”.

“Campanha do Movimento Sou Agro estreia nos meios de comunicação"
 http://racismoambiental.net.br/2011/07/campanha-do-agronegocio-e-ruralistas-estreia-hoje-nos-meios-de-descomunicacao/

Os vídeos são, como não poderia deixar de ser, primorosos. Curtos, diretos, tocando na emoção, belos. Lima Duarte falando direto para cada brasileira e brasileira, dizendo que somos tod@s iguais – brancos, negros etc – e da beleza de termos nascido neste País… E, com ele, Giovanna Antonelli, que desconheço mas suponho esteja em alguma novela global.
Vai ser difícil fazer face a isso. Mas o desafio também faz parte.


Tem início nesta segunda-feira (18), a campanha publicitária do Movimento Sou Agro nos principais veículos de comunicação do País. Com o objetivo de destacar a importância do Agro e sua conexão com o dia a dia da sociedade, a iniciativa será estrelada pelos atores Lima Duarte e Giovanna Antonelli.
Criada pela agência Nova/SB, a campanha, que se estenderá até outubro, conta com peças publicitárias em emissoras de tevê e rádio, revistas, internet, cinema e mídia eletrônica em elevadores. Serão seis filmes de tevê e cinema e 12 spots de rádio.
Na internet, o Movimento conta com este Portal, com foco no público urbano, e a Rede Agro, com conteúdo acadêmico e mais específico para o setor.
O Movimento
Diversas empresas, entidades representativas do agro brasileiro e produtores rurais se uniram em um movimento de grande amplitude, sustentado por uma agenda positiva e iniciativas focadas na valorização do agro brasileiro.
“Trata-se de um movimento inédito. Nunca antes todos os setores se uniram e trabalharam de forma coordenada na promoção de sua imagem de forma estruturada e sinérgica”, destaca o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues.
O movimento pretende reposicionar a imagem do agro nacional na sociedade brasileira, destacando suas contribuições positivas, como a geração de empregos e renda para a população, o alto padrão tecnológico, a garantia do abastecimento interno, com contribuições ao aumento do poder de compra das famílias, num papel histórico para o desempenho positivo da nossa balança comercial e para o desenvolvimento do Brasil.
O agro brasileiro é uma verdadeira e impressionante história de sucesso, que responde por cerca de 25% do PIB do País e garante o superávit da balança comercial. No entanto, nem toda a população, em especial a dos grandes centros urbano, possui o conhecimento acerca da contribuição do agro para o País e para o seu dia a dia”.
http://souagro.com.br/campanha-do-movimento-sou-agro-estreia-nos-meios-de-comunicacao

Crise avança mais rápida e forte e favorece avanço de novo sistema

Fonte: Carta Maior

Está ficando cada vez mais clara a recidiva da crise de 2008, só que de forma mais ampla e virulenta. As avaliações de vários analistas que enfocam os problemas da zona do euro e dos EUA pioram dia a dia. Os países mais frágeis do sul da Europa não têm condições de resolver seus elevados déficits fiscais e reduzir suas dívidas. Eles não conseguirão pagar as prestações que assumiram e os calotes irão se suceder atingindo o sistema financeiro em efeito dominó. No caso de recidiva da crise, o Brasil não pode titubear e continuar seguindo o que dita o mercado financeiro e os economistas conservadores.

     O sistema capitalista sofre seu mais duro golpe, ao evidenciar que é inviável por ser incapaz de controlar os fluxos financeiros que caminham com vida própria, independente da produção de bens e serviços da chamada economia real.
     Ao invés de se apoiar no atendimento das necessidades de acesso da maior parte da população mundial especialmente das marginalizadas dos países ditos em desenvolvimento aos bens e serviços, endereçou sua expansão artificializando o excesso de consumo da população dos países do centro do capitalismo, (Estados Unidos, Europa e Japão). Essa artificialização se manifestou via empréstimos controle, ampliando volumes crescentes de títulos podres, que se espalharam como um câncer em expansão exponencial sem possibilidade de ser contido.
     Partiu do princípio que esse sistema se auto-regularia, o que ficou evidenciado ser impossível. Está sendo duramente vitimado pela sua própria contradição interna, qual seja, ser incapaz de se desenvolver distribuindo os benefícios criados pelos trabalhadores e, pelo descontrole dos fluxos financeiros internacionais em busca desenfreada de lucros nas movimentações, que ultrapassam em volume centenas de vezes a movimentação de mercadorias.
     • Recidiva - Nessa sequência está ficando cada vez mais clara a recidiva da crise de 2008, só que de forma mais ampla e virulenta. As avaliações de vários analistas que enfocam os problemas da zona do euro e dos Estados Unidos pioram dia a dia. Os países mais frágeis do sul da Europa não têm condições de resolver seus elevados déficits fiscais e reduzir suas dívidas, pois as medidas a que tiveram de se submeter de aperto fiscal e redução de salários e direitos criam, em contrapartida, efeito maior em queda de arrecadação, devido à redução da atividade econômica e elevação da inadimplência, pois os contribuintes passam a ter piores condições financeiras, e a primeira decisão que tomam é não pagar ou protelar o pagamento de impostos.
     Assim, vai ficando mais claro que esses países não conseguirão pagar as prestações das dívidas que assumiram e os calotes irão se suceder atingindo o sistema financeiro privado em operação dominó, cujos reflexos podem ser de contaminação do sistema bancário de outros países como França, Alemanha e, como existem relações entre sistemas financeiros fortes entre Europa e Estados Unidos, este último poderá sentir os impactos financeiros, o que debilitaria ainda mais sua economia. Ao lado desse processo intensifica-se a mobilização social e manifestações públicas de reação da população atingida ou ameaçada pelas decisões de agravamento das condições de vida que usufruíam. Esse processo só tende a crescer.
     Nos EUA, às voltas com o desenlace da autorização do Congresso para a elevação do teto da dívida do governo, a disputa política e a visão fiscal entre democratas e republicanos pode causar um trauma de proporções inimagináveis caso o acordo não saia. Os títulos americanos já sofreram a ameaça de rebaixamento nas agências de classificação de risco e, a economia até agora não eu sinais de recuperação do golpe sofrido em 2008, com elevado nível de desemprego, fragilidade no consumo interno e pouca competitividade externa face ao mercado internacional mais concorrencial, especialmente devido à posição agressiva das exportações do leste asiático, com destaque para a China.
     Para agravar ainda mais esse quadro, a agência de classificação de risco Moody"s anunciou dia 13 ter colocado em revisão para potencial rebaixamento o rating soberano dos Estados Unidos, devido à possibilidade de o limite de endividamento não ser elevado em momento oportuno e, dessa forma, levar o país a declarar calote em suas obrigações de dívidas.
     A Moody"s também colocou os ratings de instituições financeiras diretamente ligadas ao governo dos EUA em revisão para potencial rebaixamento. Entre elas, estão a Fannie Mae e a Freddie Mac.
     Em abril, a Standard & Poor"s reduziu a perspectiva da classificação de estável para negativa, pois "Mais de dois anos depois do começo da crise, os formadores de política dos EUA ainda não chegaram a um acordo sobre como reverter a recente deterioração fiscal ou solucionar as pressões fiscais de longo prazo".
     • Solução coordenada - Parece que não existe mais a possibilidade de uma solução coordenada de salvamento das economias dos países mais frágeis da zona do euro, nem perspectivas sólidas e duradouras de acordo para ampliar o limite de endividamento dos EUA. Há sérios riscos de empurrar o problema para frente tornando-o impossível de ser resolvido.
     Esses países vão sentindo os golpes e o que prevalece é o salve-se quem puder. A crise de 2008 não conseguiu estabelecer regras para controlar os fluxos financeiros internacionais, que comandam o sistema capitalista e nem conseguirão agora, pois é da essência desse sistema ter vida própria, o que o vitimiza.
     • Novo sistema - A China vem desenvolvendo, há mais de vinte anos, sistema próprio de um misto de capitalismo, abrindo espaços a iniciativas privadas e recebendo o ingresso de capitais e empresas de fora, mas sob controle do Estado e com plano estratégico de desenvolvimento. Como tem elevado exército de reserva no campo, os salários são baixos em relação à maioria dos países e seus trabalhadores não contam com a proteção da seguridade social. Com essa precarização do custo da mão de obra conseguem deslocar produtos de outros países no comércio internacional e continuam penetrando cada vez mais seus produtos em mercados que têm custos de mão de obra mais elevados. Seu calcanhar de Aquiles é que nesse processo os trabalhadores irão progressivamente reivindicar melhores condições salariais e de proteção do Estado, o que elevará gradualmente seus custos de produção. Temendo os reflexos de se apoiar em excesso no mercado externo o novo plano do Partido chinês é se voltar para buscar centrar sua expansão mais voltada para seu mercado interno, à semelhança do que já vem sendo feito por vários países emergentes.
     • Trabalho x Trabalho – A lógica do sistema capitalista, em sua evolução, evidencia, com clareza, séria disputa entre trabalhadores no confronto internacional. Há deslocamentos de empregos e movimentos migratórios com ou sem controle na busca de oportunidades de trabalho. A tendência que parece natural, mas que precisa ser acompanhada e analisada é de um menor distanciamento entre custos de trabalho entre países, uma vez que a tecnologia pode se deslocar para sistemas produtivos sem maiores problemas, e essa tecnologia é mais diversificada e em forte processo de desenvolvimento. Não será surpresa se ocorrer gradualmente redução dos salários nos países hoje desenvolvidos e elevação nos emergentes dentro desse processo.
     Em escala global isso pode ser um avanço, mas repito, é um processo a ser acompanhado e analisado, cabendo aos governos dos países adotarem estratégias de redução dos custos de reprodução da mão de obra, especialmente os relativos à alimentação, transporte, moradia, saúde, assistência social, bem como proteção ao emprego e preparo técnico da mão de obra. É a melhor forma de proteção de seus trabalhadores dentro dessa disputa internacional de custos de trabalho.
      • Brasil No caso desta recidiva da crise, o Brasil não pode titubear e continuar seguindo o que dita o mercado financeiro e os economistas ortodoxos e conservadores, com amplo espaço de expressão na mídia, criando um verdadeiro efeito manada, de sob o pretexto do risco da inflação – que depende mais de fora do que de dentro – pisar no freio da economia. Ao contrário, deve reforçar políticas de distribuição de renda para ampliar sua base interna de consumo, em doses bem mais acentuadas do que os programas de renda, miséria e habitação já anunciados. Representam apenas cerca de 1,1% do PIB. Deve imediatamente reduzir as taxas de juros bancários do governo (Selic) e dos bancos, as mais elevadas do mundo e causas centrais dos prejuízos que o País tem. O governo tem que botar limites e penalizações fortes sobre as taxas de juros e tarifas exorbitantes dos bancos. Tem poder para isso, mas não o exerce, pois está submisso e conivente ao poder do mercado financeiro.
     Só de juros são jogados no lixo cerca de 6% do PIB todo o ano, o que obriga a se ter uma carga tributária onerosa, que causa informalização de empresas e empregos. Há que deslocar os benefícios da produção do sistema financeiro para a base da pirâmide social. Temos alto potencial de mercado interno disponível e elevados déficits sociais e de infraestrutura, que nos dificulta a concorrência com outros países e criam problemas sociais que poderiam não existir na magnitude atual.
     Nesse sentido, o governo deveria tomar as rédeas da economia elevando as transferências de renda e reduzindo os custos com juros. Quanto mais demorar pior será para enfrentar os problemas existentes e os que virão importados, que são imprevisíveis em seus efeitos danosos ao País.

UBUNTU = Sou quem sou porque somos todos nós


Vejam, o que é ser feliz!
  

A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu. Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando  terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.

Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cestobem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele  chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.

As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.

Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós  poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
 
Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda  não havia compreendido, de verdade,a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?

Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"

Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...
UBUNTU PARA VOCÊ!
 Contribuição do Miguel Nelson Choueri Júnior