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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Carta Maior promove debate sobre crise do neoliberalismo e rumos da esquerda


Luiz Gonzaga Belluzzo, Samuel Pinheiro Guimarães, Ignácio Ramonet e Mario Búrkún debaterão em Porto Alegre a crise econômica mundial e os desafios políticos e econômicos que ela coloca para a esquerda internacional. Seminário ocorrerá no dia 26 de janeiro, às 9 horas, no auditório da Escola Superior da Magistratura da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris). Atividade faz parte da programação do Fórum Social Temático 2012.

Porto Alegre - A Carta Maior promove dia 26 de janeiro, em Porto Alegre, um debate sobre “A crise do neoliberalismo e os rumos da esquerda no século XXI”, com a participação de Luiz Gonzaga Belluzzo, Samuel Pinheiro Guimarães, Ignácio Ramonet e Mario Búrkún.

A atividade, que faz parte da programação do Fórum Social Temático 2012, será realizada a partir das 9 horas, no auditório da Escola Superior da Magistratura, da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), rua Celeste Gobbato, n° 229, bairro Praia de Belas. O encontro, que será mediado pelo jornalista e historiador Gilberto Maringoni, é aberto ao público, mas recomenda-se antecipação no horário pois os lugares são limitados.

Sobre os participantes:
Luiz Gonzaga Belluzzo: economista, professor da Unicamp e diretor da Facamp.
Samuel Pinheiro Guimarães: Alto Representante do Mercosul, ex-secretário geral do Ministério de Relações Exteriores do Brasil.
Ignácio Ramonet: Jornalista espanhol. Presidente do Conselho de Administração e diretor de redação do Le Monde Diplomatique.
Mario Burkún é Doutor em Ciências Econômicas da Universidade Pierre Mendes France, de Grenoble, França. Professor de Ciências Econômicas na Universidade de Buenos Aires e na Universidade de La Matanza.

"Brasil deve ter papel de liderança no combate à fome"


Diz Graziano


Na primeira atividade do Fórum Social Mundial Temático, em Porto Alegre, o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, fez um apelo para que o Brasil assuma a responsabilidade internacional no combate à fome, com a exportação de tecnologia para outros países. Graziano defendeu a criação de uma Embrapa internacional, além da cooperação do governo brasileiro com outras nações.


O diretor-geral da FAO disse que a economia brasileira avançou muito nos últimos anos e que o país precisa “retribuir ao mundo” com cooperação técnica. “O Brasil precisa criar uma institucionalidade. Precisamos ter uma agência brasileira de cooperação que seja efetivamente uma agência. Precisamos ter uma Embrapa internacional que seja efetivamente uma agência de cooperação técnica, apoiando os países que precisam’’, afirmou. “O Brasil precisa ajudar os outros países”, reforçou.

Ex-ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Graziano foi um dos principais responsáveis pelo Fome Zero e articulou os programas de segurança alimentar nas duas gestões de Lula. No início deste mês, assumiu o comando do órgão da ONU responsável pela segurança alimentar.

Graziano elogiou o programa de erradicação da miséria do governo Dilma Rousseff . Em sua avaliação, “há todas as condições” para o Brasil acabar com a fome até o fim desta década.

Em sua primeira visita ao país como diretor-geral da FAO, o ex-ministro comentou que a ONU tem “muitos convênios” com o Brasil de políticas de segurança alimentar e citou como exemplo um programa que já foi implantado em dez países da África e em seis países da América Central, “com ajuda e recursos do governo brasileiro”.

“Estamos implantando também programas de merenda escolar na África e na América Central e no Caribe. Há outros programas da Embrapa. Acertei com o presidente da Embrapa de criar uma subsede da Embrapa, em Roma, dentro da FAO, para facilitar esse processo de assistência técnica aos países que fizerem demandas por assistência técnica”, declarou.

Graziano criticou o “descuido” de países desenvolvidos com a segurança alimentar, que foi “capturada por um cassino financeiro”, movido pela "especulação" de commodities.

O diretor-geral da FAO disse que atuação da ONU no combate à miséria é limitada e que o orçamento do órgão que comanda é restrito: US$ 1 bilhão para atender um bilhão de pessoas que passam fome por ano. 

“A FAO não é um Banco Mundial, um banco de investimentos. Mas é para difundir conhecimento, boas experiências e colocar experiência técnica à disposição”, comentou. “A FAO não vai nunca conseguir acabar com a fome no mundo sozinha. Quem decide acabar com a fome são os governos”, disse.
Fonte: Valor Econômico

Nossa fonte: Vermelho