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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

FAO: situação da fome no mundo é alarmante e dramática


Representantes da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e do Programa Alimentar Mundial (PAM) advertiram nesta terça-feira (18) a comunidade internacional sobre a situação da fome no mundo, considerada por eles alarmante e dramática.



     Para os especialistas, a situação se agrava com o crescimento da população mundial e a elevação constante dos preços dos alimentos. A região que mais sofre no mundo é a conhecida como Chifre da África, onde está a Somália.
     “Uma em cada sete pessoas no mundo vai para a cama com fome, na maioria mulheres e crianças”, disse a diretora da representação do PAM em Genebra (Suíça), Lauren Landis, no seminário intitulado “Lutar Juntos Contra a Fome”. “A fome mata anualmente mais pessoas do que o vírus que transmite a aids, a malária e a tuberculose”, acrescentou.
     No período de 2005 a 2008, os preços dos alimentos atingiram o nível mais elevado dos últimos 30 anos. Os alimentos mais afetados são o milho e o arroz. “A situação assumiu proporções dramáticas a partir de 2008, quando os preços alcançaram um pico histórico e quase duplicaram num período de três a quatro anos”, disse o diretor da FAO em Genebra, Abdessalam Ould Ahmed.
     Ahmed acrescentou ainda que a situação atual é “mais dramática” porque o aumento dos preços dos alimentos ocorre no mesmo momento do agravamento da crise econômica internacional.
     Para ele, a elevação dos preços é uma consequência, entre outros fatores, do aumento substancial da população mundial. “Cada ano existem no mundo mais 80 milhões de bocas para alimentar”, disse Ahmed.
Fonte: Sul 21

Nossa fonte: Vermelho

Neoliberais usam Grécia como cobaia da crise financeira, diz deputado grego

Em entrevista à Carta Maior, o deputado grego pelo partido da Coalizão da Esquerda Radical Michalis Kritsotakis reconhece a importância dos movimentos que surgiram nos últimos meses no país, mas duvida que eles substituam o potencial de uma esquerda unida. “Esses movimentos podem ajudar na união do povo grego, mas não podem oferecer uma proposta política integrada”, diz. Para o membro do Fórum Social Grego, reguladores do sistema neoliberal usam Grécia como cobaia para avaliar comportamento e resistências das sociedades numa crise sistêmica como a atual.

Atenas - Deputado nacional desde as eleições de 2009 o professor universitário e mestre em administração de empresas, Michalis Kritsotakis é protagonista do “Fórum de Dialogo e Ação Unida da Esquerda” e da Coalizão da Esquerda Radical, que desde 2004 reúne 10 partidos e ocupa nove cadeiras no parlamento. Ele acredita que é o dever histórico da esquerda agir em conjunto nos pontos de concordância neste momento de crise e deixar para o futuro uma eventual conversa sobre a união sob um único partido. 

Em entrevista exclusiva à Carta Maior, Kritsotakis responsabiliza o sistema político bipartidário que governa a Grécia desde a ditadura por seguir um modelo de desenvolvimento errado, corrupto e adaptado aos interesses da minoria que detém o poder financeiro. Na sua analise, a Esquerda tem parte da responsabilidade pela falência do país, ao se recusar de unir e priorizar a pureza ideológica. “Isso decepciona o povo e, portanto, a nossa responsabilidade é ainda maior. A nossa proposta não é mais de unir a esquerda, pois o partido comunista se recusa a discutir. A proposta hoje” é “chegar a um consenso e atuar juntos nos pontos que concordamos”. 

Alerta que a queda livre do país e sua perda de soberania já têm impactos fatais. O povo grego está enfrentando uma piora sem precedência nos índices sociais, fato que prejudica sua saúde psicológica, pois “a perda do salário ou da aposentadoria que leva as pessoas abaixo da linha da pobreza, à perda da esperança, da perspectiva, da auto-estima”. Para ele, os reguladores do sistema neoliberal “querem avaliar qual é o comportamento e as resistências das sociedades” numa crise sistêmica como essa. Abaixo a integra da entrevista com Michalis Kritsotakis. 

Carta Maior – O governo alega que tenta salvar o país e que a culpa da crise é do governo anterior e das características da sociedade grega. Quem afinal é o réu da falência?
Michalis Kritsotakis – A responsabilidade absoluta é do sistema político bipartidário que nos governa há trinta anos, porque sempre cuidou dos interesses da minoria, que são os detentores do poder financeiro, às custas da grande maioria do povo. O sistema nunca desenvolveu a base produtiva do país, e basicamente seguiu um modelo de desenvolvimento errado, corrupto e adaptado aos interesses dessa minoria financeira. A responsabilidade do sistema bipartidário, nesse momento, é que aceita, independente das suas pequenas diferenças, a dominação da lógica neoliberal da Troika em cima do país. O memorando que eles assinaram não tem nenhuma chance de ajudar o país a sair na superfície. Pelo contrário, nos empuxa para o fundo ainda mais. 
Veja a íntegra da entrevista em www.cartamaior.com.br 

Pifes, zabumbas e um som de duzentos anos


Fundada em 1835, a Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto viaja pelo país com show de música, dança e rituais seculares que mantêm viva a tradicional cultura nordestina. Originária dos terreiros, pés de serra e da periferia de Crato (CE), a banda dos Irmãos Aniceto é formada por músicos agricultores com mais de 80 anos e por amigos, filhos e netos, que se destacam também como atores.


Com shows gratuitos neste mês de outubro em Santos (21), São Paulo (23), Rio de Janeiro (28), e Niteroi (29), a Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto traz a rara oportunidade de aplaudir uma história de resistência de mais de 200 anos. Programa ideal para os apreciadores das genuínas manifestações tradicionais populares, a trupe vem do Crato, cidade do Cariri cearense, para animar o público com seus pifes, zabumbas, pratos e caixas de guerra. As apresentações, gratuitas, buscam também perpetuar a tradição musical e cultural e têm patrocínio da Petrobras, através da Lei Rouanet.

Banda cabaçal


Uma banda cabaçal é um conjunto de música instrumental constituído de instrumentos de percussão e sopro: dois pifes (pífanos, flautas rústicas de madeira), um zabumba e uma “caixa”. Sua origem vem do fato de que, no século 19, os tambores (zabumbas, caixas ou taróis) eram confeccionados com pele de bode ou carneiro estiradas sobre cabaças secas. Já em 1838, o botânico inglês George Gardner registra a presença de bandas cabaçais nesta região do interior do Ceará.

O lendário grupo também existe desde o século 19, quando foi fundado em 10 de maio de 1835 por José Lourenço da Silva, o José Aniceto. A família descende dos índios Cariris – que teimavam em ficar por ali, ao pé da Chapada do Araripe, antes da colonização, no sul de um território ao qual viriam a dar o nome de Ceará, mais especificamente, Crato. 

Nossa fonte: Vermelho