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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

COP-17 estende Protocolo de Kyoto até 2017


Os negociadores sobre clima chegaram a um acordo neste domingo que, pela primeira vez, forçará todos os maiores poluidores a agirem contra a emissão de gases do efeito estufa. Os críticos, no entanto, disseram que o plano de ação não é suficientemente agressivo para reduzir o ritmo do aquecimento global.

COP-17
Temendo o fim do Protocolo de Kyoto, manifestantes protestam em Durban
O acordo estendeu o Protocolo de Kyoto, o único pacto global que regula os cortes de emissão de carbono, concordou na formatação de um fundo para ajudar os países pobres a lidar com as mudanças climáticas e traçou um caminho para um acordo juridicamente vinculado para a redução de emissões.
Mas, muitos pequenos países insulares e nações em desenvolvimento que correm o risco de serem inundados pela elevação dos mares e por condições meteorológicas extremas, argumentaram que o acordo escolheu o menor denominador comum possível e que faltava a ambição necessária para garantir a sua sobrevivência.
O acordo fechado na madrugada deste domingo evitou o colapso das negociações e que a África do Sul -anfitriã do evento- fosse envergonhada por não ter feito com que as conversações, por vezes refratárias e que foram atacadas tanto pelos países ricos quanto pelos mais pobres, tivessem êxito.
–Chegamos aqui com um plano A, e concluímos esse encontro com o plano A para salvar um planeta para o futuro dos nossos filhos e netos–, disse a ministra do exterior da África do Sul, Maite Nkoana-Mashabane, que presidiu o encontro. ”Nós fizemos história”, disse ela, ao bater o martelo no final do encontro em Durban, a mais longa em duas décadas de negociações sobre o clima da Organização das Nações Unidas (ONU).
Os delegados concordaram que começarão a trabalhar no ano que vem num novo tratado com vínculos legais para cortar a emissão de gases do efeito estufa, que terá de ser fechado até 2015 e entrar em vigor até 2020.
Esse processo, chamado de Plataforma de Ação Avançada de Durban, deve “desenvolver um novo protocolo, outro instrumento legal ou acordo com força legal” que seria adequado à convenção da ONU sobre o clima.
Essa colocação, aceita num esforço de última hora no centro de conferências entre a União Europeia, Índia, China e os Estados Unidos, foi usada por todos para celebrar a vitória.
O secretário de Clima e Energia da Grã-Bretanha, Chris Huhne, disse que o resultado foi “um enorme sucesso para a diplomacia europeia.”
–Conseguimos fazer com que os maiores emissores, como Estados Unidos, Índia e China concordassem com um plano que vai garantir um acordo global abrangente–, disse ele.
O enviado norte-americano, Todd Stern, disse que Washington estava satisfeito com o resultado: “Conseguimos o tipo de simetria que estávamos buscando desde o início da administração do presidente Obama. Isso tem todos os elementos que queríamos.”
Entretanto, a chefe de assuntos para o clima da ONU, Christiana Figueres, reconheceu que a redação final do texto legal sobre um futuro acordo, era ambígua: “O que isso significa ainda não foi decidido.” Um porta-voz da ONU disse que os textos finais poderão não estar todos à disposição do público imediatamente.
Ambientalistas disseram que os governos perderam um tempo precioso ao se concentrar em um punhado de palavras específicas no texto das negociações, e deixaram de aumentar os cortes das emissões para um nível alto o suficiente para reduzir o aquecimento global.
A acordo de domingo se segue a anos de tentativas fracassadas de se impor legalmente cortes internacionais, aos gigantes emergentes como China e Índia, bem como às nações ricas.
O mundo desenvolvido já havia aceitado as metas formais em uma primeira fase do protocolo de Kyoto, que expira no fim do ano que vem, embora os Estados Unidos nunca tenha ratificado seu compromisso.
O acordo de domingo estende o Protocolo de Kyoto até o fim de 2017, garantindo que não haja uma lacuna entre os períodos do compromisso, mas os delegados da UE disseram que os advogados terão que conciliar essas datas com a atual legislação regional.
Nossa fonte: Vermelho