Ilda e Ramon - Sussurros de Liberdade

Ilda e Ramon - Sussurros de Liberdade
Clic sobre o livro (download gratuito). LEIA E DÊ SUA OPINIÃO

terça-feira, 21 de junho de 2011

Memória brasileira: Sigilo ou vergonha?

Questiona Frei Betto (1) em Adital

Há 141 anos terminou a Guerra do Paraguai. Durou de 1864 a 1870. Ao longo de seis anos, Brasil, Argentina e Uruguai, instigados pela Inglaterra, combateram os paraguaios. O pretexto era derrubar o ditador Solano López e impedir que o Paraguai, país independente e sem miséria, abrisse uma saída para o mar.

     O Brasil enviou 150 mil homens para o campo de batalha. Desses, tombaram 50 mil. Do lado paraguaio foram mortos 300 mil, 20% da população do país. E o Brasil abocanhou 40% do território da nação vizinha Até hoje o acesso aos documentos do conflito estão proibidos a quem pretende investigá-los. Por quê? Talvez o sigilo imposto sirva para cobrir a vergonhosa atuação de Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro, que comandou nossas tropas na guerra. E do Conde D’Eu, genro de Dom Pedro II, que sucedeu o duque no massacre aos paraguaios.     Os arquivos ultrassecretos do Brasil podem permanecer sigilosos por 30 anos. O presidente da República pode prorrogar o prazo por mais 30, indefinidamente. Eternamente.

     Em 2009, Lula enviou à Câmara dos Deputados projeto propondo o sigilo eterno periodicamente renovado. Cedeu a pressões dos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores. Os deputados federais o aprovaram com esta emenda: o presidente da República poderia renovar, por uma única vez, o prazo do sigilo, e os documentos considerados ultrassecretos seriam divulgados em, no máximo, 50 anos.
      O projeto passou ao Senado. Caiu em mãos da Comissão de Relações Exteriores, cujo presidente é o senador Fernando Collor. E, para azar de quem torce por transparência na República, ele próprio assumiu a relatoria. E tratou de engavetá-lo. Não deu andamento ao debate nem colocou o projeto em votação.
      A presidente Dilma decidira sancionar a lei do fim do sigilo eterno a 3 de maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Naquela data, o relator Collor foi a plenário e declarou ser "temerário” aprovar o texto encaminhado pela Câmara dos Deputados.
     Na véspera de ser empossada ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti declarou que Dilma estaria disposta a atender pedidos dos senadores José Sarney e Fernando Collor, e patrocinar no Senado mudança no decreto para assegurar sigilo eterno a documentos oficiais. A única diferença é que, agora, o sigilo seria renovado a cada 25 anos.
      O Congresso está prestes a aprovar a Comissão da Verdade, que irá apurar os crimes da ditadura militar. Como aprovar esta comissão e vetar para sempre o acesso a documentos oficiais? Isso significa impedir que a nação brasileira tome conhecimento de fatos importantes de sua história.
    Collor e Sarney não gostam de transparência por razões óbvias. Seus governos foram desastrosos e vergonhosos. Já o Ministério das Relações Exteriores alega que trazer à tona documentos, como os da Guerra do Paraguai, pode criar constrangimentos com países vizinhos. Com países vizinhos ou com nossas Forças Armadas e personagens que figuram como heróis em nossos livros didáticos?
     O sigilo brasileiro a documentos oficiais não tem similar no mundo. Se não for quebrado, a presidente Dilma ficará refém da chamada base aliada. Ontem foi o "diamante de 20 milhões de reais”, hoje o sigilo eterno, amanhã…
      Na terça, dia 14 de junho, retornaram ao Brasil os arquivos do livro "Brasil Nunca Mais” (Vozes), que relata os crimes da ditadura militar brasileira. A publicação, patrocinada pelo Conselho Mundial de Igrejas, foi monitorada pelo cardeal Dom Paulo Evaristo Arns e o pastor Jaime Wright.
      O mérito do "Brasil Nunca Mais” é que não há ali nenhuma notícia de jornal ou depoimento de vítima da ditadura. Toda a documentação se obteve em fontes oficiais, retirada, por advogados, de auditorias militares e do Superior Tribunal Militar. Microfilmada, foi remetida ao exterior, por razões de segurança. Agora retorna ao Brasil para ficar disponível aos interessados. Muitas informações ali contidas não constam da redação final do livro, da qual participei em parceria com Ricardo Kotscho.
      Os arquivos da Polícia Civil (DOPS) sobre a ditadura militar já foram abertos e se encontram à disposição no Arquivo Nacional. Falta abrir o arquivo das Forças Armadas, o que depende da vontade política da presidente Dilma, ela também vítima da ditadura. As famílias dos mortos e desaparecidos têm o direito de saber o que ocorreu a seus entes queridos. E o Brasil, de conhecer melhor a sua história recente.
      Um país sem memória corre sempre o risco de repetir, no futuro, o que houve de pior em sua história.

(1) Frei Betto
é escritor, autor de "Diário de Fernando – nos cárceres da ditadura militar brasileira” (Rocco), entre outros livros.
N

VII Encontro Internacional de Economia Solidária


Chamada de artigos - VII Encontro Internacional de Economia Solidária  NESOL  USP


Convidamos a todos para participar do VII Encontro Internacional de Economia Solidária do NESOL-USP. O evento ocorrerá nos dias 24, 25 e 26 de novembro de 2011 com espaço para a exposição e debate de trabalhos em Economia Solidária, nos dias 25 e 26.
A comissão organizadora do VII Encontro já está recebendo artigos para serem submetidos à avaliação de nosso Comitê Científico. Para submissão, o interessado deverá enviar o artigo (veja formatação em regras de submissão e faça download do modelo) para o endereço eletrônico: nesolusp_encontro@yahoo.com.brEste endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo impreterivelmente até o dia 15/08/2011.
O NESOL divulgará a listagem dos artigos aprovados no site ( http://cirandas.net/nesol-usp) até o dia 16/09/2011. Para a publicação dos artigos aprovados nos anais do VII Encontro e apresentação nos Grupos de Trabalho, será necessário realizar depósito bancário no valor de R$ 75,00 [1] na conta a ser indicada pela comissão organizadora até o dia 30/09/2011. A inscrição definitiva do trabalho somente será efetivada com o recebimento do comprovante do depósito efetuado no prazo indicado.
(...)
Divulgado por Mariana Giroto

O Doce Mal


 Repassando O Berro
----- Original Message -----
From: Olair Rafael Eterno Aprendiz Homeopatia-Pediatria-Med.Trabalho

     Sempre surgem pessoas perguntando: posso colocar açúcar no meu suco
desintoxicante? Posso tomar o limão com açúcar? Posso usar mel? Posso usar
adoçantes?
     Enfim, mesmo tendo como ponto de interesse a desintoxicação e um tratamento
de saúde, as pessoas insistem em adoçar a sua grande oportunidade de cura.
Vejamos o quanto de insano (não saudável) existe nesta necessidade.
     Até cerca de 300 anos atrás a humanidade não usava aditivos doces na sua
dieta ordinária. Os povos antigos e civilizações passadas não conheciam este
famoso aditivo doce. O mel era usado eventualmente, mais como remédio. Como
remédio!
     Este processo histórico prova que o açúcar é desnecessário como alimento.
Foi só a partir dos dois últimos séculos que o açúcar começou a ser
produzido em larga escala e ser consumido de forma cada vez mais intensa.
Cada vez mais purificado, o açúcar de cana (ou beterraba) se transformou em
sacarose branca. Um pó branco.
Hoje somos uma civilização consumidora de milhares de toneladas diárias de
açúcar. O açúcar refinado é o resultado de um processamento físico-químico
que extrai da garapa a sacarose purificada e anidra, usando e adicionando
produtos químicos como clarificantes, antiumectantes e agentes de moagem.
aditivos químicos, sintéticos
...
realmente necessita é de glicose, ou seja, o tijolo básico dos carboidratos.
Mas essa glicose pode ser facilmente obtida a partir de uma alimentação
balanceada, onde frutas, cereais integrais, legumes e hortaliças são
consumidas diariamente. Ao contrário do que dietas como a do Dr. Atkins e a
de South Beach preconizam (quando evitam o consumo de carboidratos), a
glicose é o principal combustível de ser humano, portanto é muito importante
para o seu pleno metabolismo, quando gera energia de crescimento,
regeneração, movimento, pensamento e manutenção. Assim, consumida da forma
correta, de fontes naturais,
...
correto seria dizer que: "açúcar é uma injeção de glicose na veia, ou seja,
superabundância de energia química concentrada.
E aí reside o problema: açúcar refinado é sempre excesso de energia, acima
das necessidades reais. E, uma vez ingerido, para onde vai este excesso?
Depósito de gordura corporal nas vísceras, órgãos, sistemas...
 Maior demanda de energia metabólica (estresse metabólico) para contornar
as desarmonias energéticas geradas;
 Envelhecimento precoce, pois a célula só usa o que necessita, todo o resto
passa a ser um "estorvo" metabólico;
 Estímulo excessivo do pâncreas;
 Depressão do sistema imunológico, incluindo problemas como doenças
repetitivas;  Desmineralização orgânica, incluindo problemas de anemia,
dentes e ossos;? Subnutrição pela depressão de enzimas digestivas, portanto
pobre aproveitamento e fixação de nutrientes e Problemas digestivos, gases, constipações, etc.
     Ao se consumir um produto extremamente concentrado, isolado, será exigido do
organismo uma compensação química. Ou seja, serão seqüestrados cálcio e
magnésio do metabolismo e das reservas. Então, indiretamente, o açúcar
"rouba" do organismo depósitos destes minerais, e esta carência de cálcio,
magnésio e ferro aumenta quanto maior a ingestão de açúcar. Podemos afirmar
então que o açúcar é descalcificante, desmineralizante, desvitaminizante, um
agente de desarmonização metabólica. *Açúcar não é "alimento", *mas um
"antinutriente".
     Lembarmos que no consagrado livro de Willian Dufty - Sugar Blues - ele
considera o açúcar como uma "droga doce e viciante que dissolve os dentes e
os ossos de toda uma civilização".
E o pior, seus efeitos são como o de uma verdadeira droga, lentos,
acumulativos e insidiosos, vão minando a saúde dia após dia, ano após ano.
...
alimentação natural, sem aditivos doces, contém quantidades suficientes de
glicose e energia. Não são necessários aditivos adoçantes nem açúcar.
Já que o açúcar refinado existe e é impossível negar seus prazeres, vamos ao
bom senso, à criatividade, ao adaptar-se? Nestes tempos de modernidade e
high tech, ingerimos muito mais "energia" do que o necessário.
Principalmente porque a humanidade está muito menos física, ao contrário,
mais sedentária.
     E, como estamos falando de uma droga, quem consome *muito* açúcar torna-se
um dependente orgânico, e quanto mais intoxicado, mais deseja açúcar, mais
sedentário, porque tende a ter menos força física, emocional e mental.
Grandes consumidores de açúcar geralmente são fracos, astênicos, e acreditam
que não podem fazer nada sem consumir um pouco de doce.
O Brasil, um dos maiores produtores de açúcar do mundo, tem um problema
cultural, pois sua economia iniciou-se pelo cultivo da cana. Infelizmente, o
brasileiro consome cerca de 200 gramas de açúcar/dia. Por extensão são cerca
de 6 quilos/mês ou 72 quilos/ano.Portanto, a cada 13 anos a pessoa consome 1 tonelada de açúcar. Então um cidadão brasileiro de 40 anos já fez passar pelo seu organismo algo como 3
toneladas de açúcar.

*Referência: "Relatório Orion" - Dr. Márcio Bontempo - L&PM Editores.*