Vamos votar comparando as propostas dos candidatos. No site abaixo, podemos ver as propostas da Chapa Petista: Lula e Haddad. Vamos ler, refletir e comparar com cuidado, sem preconceitos e depois resolvemos o que é melhor para nós e para o Brasil.
Este blog se destina a discutir ideias e caminhos ligados à literatura, à vida de bem com a natureza, à construção de um país mais justo. Buscar ser feliz é nossa obrigação. Vamos falar de livros,artesanatos, bichos,plantas orgânicas, saúde,movimentos sociais. LULA PRESIDENTE!
domingo, 19 de agosto de 2018
Plano de Governo do Lula
Vamos votar comparando as propostas dos candidatos. No site abaixo, podemos ver as propostas da Chapa Petista: Lula e Haddad. Vamos ler, refletir e comparar com cuidado, sem preconceitos e depois resolvemos o que é melhor para nós e para o Brasil.
O PT arma-se contra a mídia
Tudo indica que
Lula vai para o confronto pela aprovação de um marco regulatório e Haddad já
está sintonizado com o plano
Lula, com ou fora do poder, está em rota de colisão com a Rede Globo, e
outras empresas, com a finalidade de democratizar a comunicação social no
Brasil. Tem de ganhar a luta política. O confronto deve ser duro. É o que se
prevê.
Eleito em 2002, o metalúrgico, talvez empolgado, tentou um convívio
amável com Roberto Marinho. O idílio mudou com o tempo. Na morte de Marinho,
Lula compareceu ao enterro. Leonel Brizola também foi.
Eleito, em 1991, para o governo do Rio de Janeiro, o gaúcho talvez tenha
agido protocolarmente. Brizola enfrentou e ganhou a eleição para o governo do
Rio de Janeiro e preparou-se para disputar a Presidência da República. A
ambição política os afastou.
Com Lula tudo indica que, desta vez, no confronto com os Marinho, ele
vai ou racha. Se eleito, o candidato petista, seja ele quem for, vai
apresentar nos seis primeiros meses de governo uma proposta de democratização
midiática. A base do trabalho já está feita e tem sido repetida por Fernando Haddad. Sem pestanejar,
espera-se.
O jornalista Marcos Dantas, professor Titular da Escola de Comunicações
da UFRJ, integrante do grupo de formação deste novo marco regulatório, pretende
impor os “princípios da Constituição para democratizar largamente a comunicação
social e impedir que beneficiários das concessões públicas e controladores das
novas mídias restrinjam o pluralismo e a diversidade”.
Isso assusta os barões da mídia? Dantas, porém, não é
impulsionado pela posição partidária. Diz ele: “A diferença na condição
do exercício da liberdade de expressão é uma
das desigualdades centrais da sociedade brasileira”.
Há brechas no artigo 220 da Constituição para enfrentar “monopólios e
oligopólios diretos e indiretos, com limites à concentração dentro do mesmo
mercado à propriedade cruzada, à integridade vertical, bem como vedar toda e
qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”, lembra Dantas.
Ele explica: “O governo Lula investirá fortemente na garantia da
universalização da banda larga barata e acessível para todos e todas”. E
acrescenta: “A distribuição das concessões deve ampliar a participação de
universidades, sindicatos e organizações da sociedade civil nas outorgas para o
sistema público e privado de rádio e televisão”.
A desconcentração dos investimentos publicitários estatais está prevista
de forma a “promover a diversidade, inclusive regional, e impedir que os gastos
públicos reforcem a concentração da comunicação”. Em caso de vitória do
petista, o caminho estará aberto.
sábado, 4 de agosto de 2018
sexta-feira, 3 de agosto de 2018
A estrela sobe?
por Marcus Ianoni — publicado 02/08/2018 14h03
Uma virada política
à esquerda está em construção e é factível que se viabilize em outubro
O cenário que se esboça é a repetição da disputa entre esquerda e
direita, com ou sem Lula
A estratégia do PT de manter a candidatura de Lula, mesmo com ele preso,
tem se revelado frutífera do ponto de vista eleitoral. Em primeiro lugar, a
campanha de denúncia e de luta contra o processo judicial arbitrário, sem
provas, altamente politizado, enfim, que o levou à prisão é uma posição de
resistência política fundamental contra a deterioração do Estado Democrático de
Direito associada ao golpe contra a presidente Dilma Rousseff, em
2016.
Em segundo lugar, a criminalização do PT e a exclusão política da
candidatura de Lula são as principais motivações da marcha à direita em curso
no País, de modo que o PT apostou, e considero que o fez corretamente, na
exploração de todas as possibilidades políticas e institucionais de resistência
possíveis, usando o próprio processo eleitoral como um caminho singularmente
fértil para maximizar a luta contra o arbítrio e, assim, fortalecer seu cacife
para o pleito presidencial de 2018.
Na última pesquisa Vox Populi/CUT, Lula tem 41% das intenções de
voto. O segundo colocado, Jair Bolsonaro aparece bem distante, com apenas 12%.
Como disse um humorista recentemente, o candidato preso está com a vida bem
mais fácil que os candidatos livres, que suam a camisa percorrendo o Brasil,
mas não chegam a ameaçar o petista. Nesse cenário, Lula venceria no primeiro
turno.
Mas há também duas novidades importantes no campo progressista. A
primeira é que, confirmada a cassação do registro da candidatura de Lula ou,
mesmo em caso mais grave ainda, se esse próprio registro for casuisticamente
negado pelo TSE, as tendências apontam para o aumento de sua capacidade de
transferência de votos para outro candidato, mecanismo que já ocorreu nas
eleições de 2010, 2012 e 2014: a eleição e reeleição de Dilma Rousseff e a
eleição de Fernando Haddad.
Há cerca de um mês, uma pesquisa eleitoral feita por encomenda da XP
Investimentos constatou que se a candidatura de Haddad, por exemplo, for
apresentada isoladamente, reúne 3% das preferências, mas esse número sobe para
11% se o candidato for vinculado a Lula.
Há dez dias, a Vox Populi mensurou que a capacidade de transferência de
Lula, nesse momento, varia entre um mínimo de 20% até um teto de 32%. Esse
quadro colocaria o eventual Plano B do PT no segundo turno. Dois terços dos
eleitores de Lula tendem a votar em quem ele indicar.
A outra novidade importante que impacta no campo progressista é o revés
enfrentado, no momento, pela candidatura de Ciro Gomes em função do Centrão (PP, PR, DEM, PRB e SD) ter
recuado em apoiá-lo e estar negociando o apoio a Geraldo Alckmin.
Embora hoje, como nunca antes na história nacional, tudo que era sólido
se desmancha no ar e, por isso, a previsibilidade está um tanto quanto
pressionada pela volatilidade, não é pouca coisa essa reação da direita
neoliberal mais orgânica, capitaneada pelo PSDB, para fazer frente ao
Bolsonaro.
Desenha-se uma forte candidatura alternativa de direita à extrema-direita,
inclusive pelo tempo de tevê que pode arregimentar. A maré conservadora é
forte, mas, como seu programa tem pouco a oferecer à Nação, essa força pode ser
um mero castelo de areia.
Por outro lado, a esquerda enraizada na base popular e competitiva para
governar não está sangrando, pelo contrário, a estrela petista sobe. O programa de governo da candidatura Lula,
coordenado por Fernando Haddad, começou a ser divulgado.
Contém propostas inovadoras, que, por um lado, motivam a militância, por
outro lado, representam alternativas ao caos econômico e político nacional: a
revogação da emenda constitucional do teto de gastos e da reforma trabalhista,
o aumento da oferta de crédito, inclusive por meio da redução do spread bancário pela via da política
tributária e o incentivo à democracia direta prevista na Constituição de 1988,
com os plebiscitos e referendos.
Enfim, prevalecendo o cenário desenhado nesse artigo, se repetirá a
estrutural disputa entre esquerda e direita que ocorre desde as eleições de
1994: a efetiva competição será entre, por um lado, PT e seus aliados e, por
outro lado, PSDB e o Centrão.
Uma virada política à esquerda tem sido construída e se revelando
factível de viabilizar-se em 2018. Mas toda a perseverança e a inteligência
política são poucas para garantir essa vitória que poderá tirar o País do fundo
do poço e recuperar a democracia maltratada pela ofensiva conservadora.
Um pacto de não agressão e uma ponte de diálogo entre os progressistas
precisam ser cultivados. Boas ideias para a economia também são fundamentais.
*Marcus Ianoni é cientista político, professor do Departamento de
Ciência Política da Universidade Federal Fluminense (UFF), realizou estágio de
pós-doutorado na Universidade de Oxford e estuda as relações entre Política e
Economia
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