Dona Pandá conta quem é Ceci
Sou Pandá, Dona Pandá, a chacareira de Guaré, aquela conselheira dos urbanos que querem comprar uma chácara. Agora que me identifiquei, vou apresentar a Cecília, Ceci para os mais ou menos íntimos. Mais ou menos porque, como estão fora do meus campos visual e auditivo, não tenho acesso a eles, afinal Ceci é apenas minha secretária. Sem eu lhe dar muito espaço, ela já me adjetiva como velhinha qualquer coisa, imaginem se eu lhe der alguma trela.
Falemos dela, enquanto está tirando um cochilo. Chegou bocejando, tropeçando e escondendo o mal humor de quem aproveitou a noite e não conseguiu negociar com o relógio. Ele foi cruel e nossa jovenzinha, tão coitadinha, saiu da balada diretamente para o seu suplício maior, que sou eu, a que lhe passa tarefas terríveis, como digitar os meus textos.
No nosso dia a dia, Ceci é bem humorada. Fisicamente, trata-se de uma garota de fechar o trânsito (se ela estivesse fazendo seu trabalho, ou seja, digitando, já iria logo dizer que a expressão "fechar o trânsito" é caduquice). Teria razão, pois atualmente o trânsito vive fechado. Como podem ver, minha secretária discute comigo até quando está ausente! Como eu estava tentando dizer, ela é bem apessoada, loirinha, olhinhos verdes, mede 1,60m e seu peso, embora seja segredo de estado, deve estar beirando os 55kg.
Tem algumas qualidades incríveis: gosta e sabe negociar (ai de mim...), tem iniciativas perigosas a toda hora, nada a assusta. Justifica o seu não-assustar-se com o fato de me aguentar. Diz que se não pode ter medo de mim, o que poderia ser mais assustador? Consequentemente, é uma moça corajosa, possui alta capacidade de assimilação desde que o assunto lhe interesse. Além de me aporrinhar, seu esporte preferido é o patim. Bota um par de patins nos pés e acha que é a dona do mundo. Só falta, agora, nos convencer disto, o que, aliás, falta pouco, pois os rapazes agem como se o Universo fosse a bola que gira ao redor da bela. Ceci. Ficam olhando, de boca aberta, esperando algum lenço para enxugar a baba. Ceci acha muito natural os marmanjos ficarem enlouquecidos ao se perderem em seu olhar, acompanhado daquele sorriso meio irônico, maldoso, ingênuo e que os diabinhos traduzem como querem, meio convidativo. Ela nega este último predicado, defendendo-se com a couraça da sua indiferença.Minha doce secretária tem pimenta na língua. Farei qualquer coisa para morrer sua amiga! Numa belo dia, ela chega falando que o prefeito da Pauliceia Desvairada, não se conformando em ser o alcaide da cidade e não ser reconhecido, resolveu superar a própria em desvario, ficou oficialmente desvairadíssimo. Querem saber os desmandos que ele anda fazendo? Visitem o blog http://www.feirinhadateodoro.blogspot.com Lá ficarão por dentro disso e de muito mais.
Este blog se destina a discutir ideias e caminhos ligados à literatura, à vida de bem com a natureza, à construção de um país mais justo. Buscar ser feliz é nossa obrigação. Vamos falar de livros,artesanatos, bichos,plantas orgânicas, saúde,movimentos sociais. LULA PRESIDENTE!
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
A pretinha brasileira fazendo sucesso
A NOSSA JABUTICABA, HEIN? QUEM DIRIA...
Olha aí que interessante!
A jabuticaba, nossa pequena notável! Fruta 100% brasileira.
É dela que vamos falar.
Discreta no quintal de nossa casa, ela contém teores espantosos de
substâncias protetoras do peito. Ganha até da uva, e provavelmente do vinho
que é festejado no mundo inteiro por evitar infartos.
Você vai conhecer agora uma revelação científica, e das boas, que acaba de
cair do pé.
Por Regina Pereira
A química Daniela Brotto Terci nem estava preocupada com as coisas que se
passam com o coração. Tudo o que ela queria, em um laboratório da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior paulista, era
encontrar na natureza pigmentos capazes de substituir os corantes
artificiais usados na indústria alimentícia.
E, claro, quando se fala em cores a jabuticaba chama a atenção.
Roxa? Azulada? Cá entre nós, jabuticaba tem cor de... jabuticaba.
Mas o que tingiria a sua casca? A cientista quase deu um pulo para trás ao
conferir: "enormes porções de antocianinas", foi a resposta.
Desculpe o palavrão, mas é como são chamadas aquelas substâncias que, sim,
são pigmentos presentes nas uvas escuras e, conseqüentemente, no vinho
tinto, apontados como grandes benfeitores das artérias.
Daniela jamais tinha suspeitado de que havia tanta antocianina ali, na
jabuticaba, aliás, nem ela nem ninguém.
"Os trabalhos a respeito dessa fruta são muito escassos", tenta justificar a
pesquisadora, que também mediu a dosagem de antocianinas da amora.
Ironia, o fruto da videira saiu perdendo no ranking, enquanto o da
jabuticabeira...
Dê só uma olhada (o número representa a quantidade de miligramas das
benditas antocianinas por grama da fruta):
*jabuticaba: 314*
*amora: 290*
*uva: 227*
As antocianinas dão o tom. 'Se um fruto tem cor arroxeada é porque elas
estão ali', entrega a nutricionista Karla Silva, da Universidade Estadual do
Norte Fluminense, no Rio de Janeiro.
No reino vegetal, esse tingimento serve para atrair os pássaros.
E isso é importante para espalhar as sementes e garantir a perpetuação da
espécie', explica Daniela Terci, da Unicamp.
Para a Medicina, o interesse nas antocianinas é outro. "Elas têm uma potente
ação antioxidante", completa a pesquisadora de Campinas. Ou seja, uma vez em
circulação, ajudam a varrer as moléculas instáveis de radicais livres. Esse
efeito, observado em tubos de ensaio, dá uma pista para a gente compreender
por que a incidência de tumores e problemas cardíacos é menor entre
consumidores de alimentos ricos no pigmento.
Ultimamente surgem estudos apontando uma nova ligação: as tais substâncias
antioxidantes também auxiliariam a estabilizar o açúcar no sangue dos
diabéticos.
Se a maior concentração de antocianinas está na casca, não dá para você
simplesmente cuspi-la. Tudo bem, engolir a capa preta também é difícil. A
saída, sugerida pelos especialistas, é batê-la no preparo de sucos ou usá-la
em geléias. A boa notícia é que altas temperaturas não degradam suas
substâncias benéficas.
Os sucos, particularmente, rendem experiências bem coloridas. A
nutricionista Solange Brazaca, da Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz (Esalq), em Piracicaba, interior paulista, dá lições que parecem
saídas da alquimia. "Misturar a jabuticaba com o abacaxi resulta numa bebida
azulada", ensina. "Já algumas gotas de limão deixam o suco avermelhado". As
variações ocorrem devido a diferenças de pH e pela união de
pigmentos ácidos.
Mas vale lembrar a velha máxima saudável: bateu, tomou. "Luz e oxigênio
reagem com as moléculas protetoras", diz a professora. Não é só a saúde que
sai perdendo: o líquido fica com cor e sabor alterados.
Aliás, no caso da jabuticaba, há outro complicador. Delicada, a fruta se
modifica assim que é arrancada da árvore. "Como tem muito açúcar, a
fermentação acontece no mesmo dia da colheita", conta a engenheira agrônoma
Sarita Leonel, da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu. A dica é
guardá-la em saco plástico e na geladeira. Agora, para quem tem uma
jabuticabeira, que privilégio!
A professora repete o que já diziam os nossos avós: "Jabuticaba se chupa no
pé".
O branco tem seu valor.
A bioquímica Edna Amante, do laboratório de frutas e hortaliças da
Universidade Federal de Santa Catarina, destaca alguns nutrientes da parte
branca e mais consumida da jabuticaba. "É na polpa que a gente encontra
ferro, fósforo, vitamina C e boas doses de niacina, uma vitamina do complexo
B que facilita a digestão e ainda nos ajuda a eliminar toxinas".
Ufa! E não só nessa polpa, mas também na casca escura, você tem excelentes
teores de pectina. "Essa fibra tem sido muito indicada para derrubar os
níveis de colesterol, entre outras coisas", conta a nutricionista Karla
Silva. A pectina, portanto, faz uma excelente dobradinha com as antocianinas
no fruto da jabuticabeira. Daí o discurso inflamado dessa especialista, fã
de carteirinha: "A jabuticaba deveria ser mais valorizada, consumida e
explorada".
Nós concordamos, e você?
A jabuticabeira
Nativa do Brasil, ela costuma medir entre 6 e 9 metros e é conhecida desde o
período do descobrimento. "A espécie é encontrada de norte a sul, desde o
Pará até o Rio Grande do Sul", diz o engenheiro agrônomo João Alexio
Scarpare Filho, da ESALQ. Segundo ele, a palavra jabuticaba é tupi e quer
dizer "fruto em botão".
A invenção é esta: vinho de jabuticaba. O nome não deixa de ser uma espécie
de licença poética, já que só pode ser denominado vinho pra valer o que
deriva das uvas. Mas, sim, existe um fermentado feito de jabuticaba que,
aliás, já está sendo exportado.
"O concentrado da fruta passa um ano inteiro em barris de carvalho", conta o
farmacêutico-bioquímico Marcos Antônio Cândido, da Vinícola Jabuticabal, em
Hidrolândia, Goiás.
A jabuticaba é a matéria-prima de delícias já conhecidas, como a geléia e o
licor, e também de uma espécie de vinho. Quem provou a bebida garante: é uma
delícia.
Em 100 gramas ou 1 copo:
*Calorias 51*
*Vitamina C 12 mg*
*Niacina 2,50 mg *
*Ferro 1,90 mg *
*Fósforo 14 g*
Tire proveito da jabuticaba
Atributos, para essa fruta tipicamente brasileira, são o que não faltam.
Vitaminas, fibras e sais minerais aparecem nela ao montes.
Agora, para melhorar ainda mais esse perfil nutritivo, pesquisadores da
Universidade Estadual de Campinas descobriram que ela está cheia de
antocianinas, substâncias que protegem o coração.
Mais uma razão para que a jabuticaba esteja sempre em seu cardápio.
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Fonte: O Berro...repassem
Olha aí que interessante!
A jabuticaba, nossa pequena notável! Fruta 100% brasileira.
É dela que vamos falar.
Discreta no quintal de nossa casa, ela contém teores espantosos de
substâncias protetoras do peito. Ganha até da uva, e provavelmente do vinho
que é festejado no mundo inteiro por evitar infartos.
Você vai conhecer agora uma revelação científica, e das boas, que acaba de
cair do pé.
Por Regina Pereira
A química Daniela Brotto Terci nem estava preocupada com as coisas que se
passam com o coração. Tudo o que ela queria, em um laboratório da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior paulista, era
encontrar na natureza pigmentos capazes de substituir os corantes
artificiais usados na indústria alimentícia.
E, claro, quando se fala em cores a jabuticaba chama a atenção.
Roxa? Azulada? Cá entre nós, jabuticaba tem cor de... jabuticaba.
Mas o que tingiria a sua casca? A cientista quase deu um pulo para trás ao
conferir: "enormes porções de antocianinas", foi a resposta.
Desculpe o palavrão, mas é como são chamadas aquelas substâncias que, sim,
são pigmentos presentes nas uvas escuras e, conseqüentemente, no vinho
tinto, apontados como grandes benfeitores das artérias.
Daniela jamais tinha suspeitado de que havia tanta antocianina ali, na
jabuticaba, aliás, nem ela nem ninguém.
"Os trabalhos a respeito dessa fruta são muito escassos", tenta justificar a
pesquisadora, que também mediu a dosagem de antocianinas da amora.
Ironia, o fruto da videira saiu perdendo no ranking, enquanto o da
jabuticabeira...
Dê só uma olhada (o número representa a quantidade de miligramas das
benditas antocianinas por grama da fruta):
*jabuticaba: 314*
*amora: 290*
*uva: 227*
As antocianinas dão o tom. 'Se um fruto tem cor arroxeada é porque elas
estão ali', entrega a nutricionista Karla Silva, da Universidade Estadual do
Norte Fluminense, no Rio de Janeiro.
No reino vegetal, esse tingimento serve para atrair os pássaros.
E isso é importante para espalhar as sementes e garantir a perpetuação da
espécie', explica Daniela Terci, da Unicamp.
Para a Medicina, o interesse nas antocianinas é outro. "Elas têm uma potente
ação antioxidante", completa a pesquisadora de Campinas. Ou seja, uma vez em
circulação, ajudam a varrer as moléculas instáveis de radicais livres. Esse
efeito, observado em tubos de ensaio, dá uma pista para a gente compreender
por que a incidência de tumores e problemas cardíacos é menor entre
consumidores de alimentos ricos no pigmento.
Ultimamente surgem estudos apontando uma nova ligação: as tais substâncias
antioxidantes também auxiliariam a estabilizar o açúcar no sangue dos
diabéticos.
Se a maior concentração de antocianinas está na casca, não dá para você
simplesmente cuspi-la. Tudo bem, engolir a capa preta também é difícil. A
saída, sugerida pelos especialistas, é batê-la no preparo de sucos ou usá-la
em geléias. A boa notícia é que altas temperaturas não degradam suas
substâncias benéficas.
Os sucos, particularmente, rendem experiências bem coloridas. A
nutricionista Solange Brazaca, da Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz (Esalq), em Piracicaba, interior paulista, dá lições que parecem
saídas da alquimia. "Misturar a jabuticaba com o abacaxi resulta numa bebida
azulada", ensina. "Já algumas gotas de limão deixam o suco avermelhado". As
variações ocorrem devido a diferenças de pH e pela união de
pigmentos ácidos.
Mas vale lembrar a velha máxima saudável: bateu, tomou. "Luz e oxigênio
reagem com as moléculas protetoras", diz a professora. Não é só a saúde que
sai perdendo: o líquido fica com cor e sabor alterados.
Aliás, no caso da jabuticaba, há outro complicador. Delicada, a fruta se
modifica assim que é arrancada da árvore. "Como tem muito açúcar, a
fermentação acontece no mesmo dia da colheita", conta a engenheira agrônoma
Sarita Leonel, da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu. A dica é
guardá-la em saco plástico e na geladeira. Agora, para quem tem uma
jabuticabeira, que privilégio!
A professora repete o que já diziam os nossos avós: "Jabuticaba se chupa no
pé".
O branco tem seu valor.
A bioquímica Edna Amante, do laboratório de frutas e hortaliças da
Universidade Federal de Santa Catarina, destaca alguns nutrientes da parte
branca e mais consumida da jabuticaba. "É na polpa que a gente encontra
ferro, fósforo, vitamina C e boas doses de niacina, uma vitamina do complexo
B que facilita a digestão e ainda nos ajuda a eliminar toxinas".
Ufa! E não só nessa polpa, mas também na casca escura, você tem excelentes
teores de pectina. "Essa fibra tem sido muito indicada para derrubar os
níveis de colesterol, entre outras coisas", conta a nutricionista Karla
Silva. A pectina, portanto, faz uma excelente dobradinha com as antocianinas
no fruto da jabuticabeira. Daí o discurso inflamado dessa especialista, fã
de carteirinha: "A jabuticaba deveria ser mais valorizada, consumida e
explorada".
Nós concordamos, e você?
A jabuticabeira
Nativa do Brasil, ela costuma medir entre 6 e 9 metros e é conhecida desde o
período do descobrimento. "A espécie é encontrada de norte a sul, desde o
Pará até o Rio Grande do Sul", diz o engenheiro agrônomo João Alexio
Scarpare Filho, da ESALQ. Segundo ele, a palavra jabuticaba é tupi e quer
dizer "fruto em botão".
A invenção é esta: vinho de jabuticaba. O nome não deixa de ser uma espécie
de licença poética, já que só pode ser denominado vinho pra valer o que
deriva das uvas. Mas, sim, existe um fermentado feito de jabuticaba que,
aliás, já está sendo exportado.
"O concentrado da fruta passa um ano inteiro em barris de carvalho", conta o
farmacêutico-bioquímico Marcos Antônio Cândido, da Vinícola Jabuticabal, em
Hidrolândia, Goiás.
A jabuticaba é a matéria-prima de delícias já conhecidas, como a geléia e o
licor, e também de uma espécie de vinho. Quem provou a bebida garante: é uma
delícia.
Em 100 gramas ou 1 copo:
*Calorias 51*
*Vitamina C 12 mg*
*Niacina 2,50 mg *
*Ferro 1,90 mg *
*Fósforo 14 g*
Tire proveito da jabuticaba
Atributos, para essa fruta tipicamente brasileira, são o que não faltam.
Vitaminas, fibras e sais minerais aparecem nela ao montes.
Agora, para melhorar ainda mais esse perfil nutritivo, pesquisadores da
Universidade Estadual de Campinas descobriram que ela está cheia de
antocianinas, substâncias que protegem o coração.
Mais uma razão para que a jabuticaba esteja sempre em seu cardápio.
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Fonte: O Berro...repassem
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