Ilda e Ramon - Sussurros de Liberdade

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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Petição pública a favor das comunidades da Jureia

RECADO URGENTE DE UM CAIÇARA DA JUREIA


As comunidades da juréia podem ser expulsas a qualquer momento de seus territórios 
Ajudem assinando essa petição publica e divulgando-a em suas redes de contatos por favor  !

segue abaixo o link da petição:
Feliz natal e um ano novo com muita paz, saúde e sucesso.

Abraço.
Dauro Marcos do Prado
Caiçara da Juréia

NOVO OLHAR SOBRE O UNIVERSO



Frei Betto     A visão que temos do mundo  interfere em nossa visão de Deus, assim como o modo como entendemos Deus  influi em nossa visão da vida e do mundo. Ao longo de 1.000 anos predominou,  no Ocidente, a cosmovisão de Ptolomeu, que considerava a Terra centro do  Universo. Isso favoreceu a hegemonia espiritual, cultural e econômica da  Igreja, encarada pela fé como imagem da Jerusalém celestial.
     Com o  advento da Idade Moderna, graças à nova cosmovisão de Copérnico, logo  completada por Galileu e Newton, constatou-se que a Terra é apenas um pequeno  planeta. Qual mulata de escola de samba, dança em torno da própria cintura (24  horas, dia e noite) e do mestre-sala, o Sol (365 dias, um ano). O paradigma da  fé deu lugar à razão, a religião à ciência, Deus ao ser humano. Passou-se da  visão geocêntrica à heliocêntrica, da teocêntrica à  antropocêntrica.
     Agora, a modernidade cede lugar à pós-modernidade.  Mais uma vez, a nossa visão do Universo sofre radicais mudanças. Newton cede  lugar a Einstein, e o advento da astrofísica e da física quântica nos obriga  a encarar o Universo de modo diferente e, portanto, também a ideia de  Deus.
      Se na Idade Média Deus habitava “lá em cima” e, na Idade  Moderna, “aqui embaixo”, dentro do coração humano, agora conhecemos melhor o  que o apóstolo Paulo quis dizer ao afirmar: "Ele não está longe de cada um de  nós, pois nele vivemos, nos movemos e existimos, como alguns dentre os poetas  de vocês disseram: 'Somos da raça do próprio Deus'" (Atos dos Apóstolos  17, 27-28).
     A física quântica, que penetra a intimidade do átomo e  descreve a dança das partículas subatômicas, nos ensina que toda a matéria, em todo o Universo, não passa de energia  condensada. No interior do átomo, a nossa lógica cartesiana não funciona, pois  ali predomina o princípio da indeterminação, ou seja, não se pode  prever com exatidão o movimento das partículas subatômicas. Essa  imprevisibilidade só predomina em duas instâncias do Universo: no interior do  átomo e na liberdade humana.
     Em que a física quântica modifica nossa  visão do Universo? Ela nos livra dos conceitos de Newton, de que o Universo é  um grande relógio montado pelo divino Relojoeiro e cujo funcionamento pode ser  bem conhecido estudando cada uma de suas peças. A física quântica ensina que  não há o sujeito observador (o ser humano) frente ao objeto observado (o  Universo). Tudo está intimamente interligado. O bater de asas de uma borboleta  no Japão desencadeia uma tempestade na América do Sul... Nosso modo de  examinar as partículas que se movem no interior do átomo interfere no percurso  delas...
     Tudo que existe coexiste, subsiste, pré-existe, e há uma  inseparável interação entre o ser humano e a natureza. O que fazemos à Terra  provoca uma reação da parte dela. Não estamos acima dela, somos parte e  resultado dela; ela é Pacha Mama ou, como diziam os antigos gregos,  Gaia, um ser vivo. Deveríamos manter com ela uma relação inteligente de  sustentabilidade.
     Esse novo paradigma científico nos permite contemplar  o Universo com novos olhos. Nem tudo é Deus, mas Deus se revela em tudo. Nossa  visão religiosa é agora panenteísta. Não confundir com panteísta. O panteísmo  diz que todas as coisas são Deus. O panenteísmo, que Deus está em todas as  coisas. “Nele vivemos, nos movemos e existimos”, como disse Paulo. E Jesus nos  ensina que Deus é amor, essa energia que atrai todas as coisas, desde as  moléculas que estruturam uma pedra às pessoas que comungam um projeto de  vida.
     Como dizia Teilhard de Chardin, no amor tudo converge, de  átomos, moléculas e células que formam os tecidos e órgãos do nosso corpo às  galáxias que se aglomeram múltiplas nesta nossa Casa Comum que chamamos, não  de Pluriverso, mas de Universo.

Frei Betto é escritor, autor, em  parceria com Marcelo Gleiser e Waldemar Falcão, de “Conversa sobre a fé e a  ciência” (Agir), entre outros livros. 
http://www.freibetto.org/>    twitter:@freibetto.
Copyright 2011 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer  meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Assine todos os artigos do escritor e os receberá diretamente em seu e-mail. Contato – MHPAL – Agência Literária (mhpal@terra.com.br

Cultura digital reúne espírito colaborativo em festival


      Realizadores, produtores e ativistas que atuam nas redes digitais estarão reunidos, de amanhã (2) a domingo (4), no Festival Cultura Digital.Br, que acontecerá no Rio de Janeiro (RJ). É a terceira edição do evento, que desta vez reunirá 130 atividades como oficinas, mostras, palestras e debates sobre os temas inseridos nas redes digitais. Tudo isso seguindo a filosofia do ciberespaço: o compartilhamento. Gilberto Gil participa da abertura.


      Uma grande parte do que acontecerá foi selecionada a partir de uma chamada pública, que recebeu 358 inscrições de experiências do Brasil e de outros continentes. Segundo Rodrigo Savazoni, diretor-geral do Festival, com o número de projetos inscritos daria para fazer três semanas de encontro. “Isso mostra o vigor e a força desse circuito alternativo de conhecimento”, diz Savazoni. “É impressionante, é uma explosão de experiências cada vez mais fortes e mais autônomas.”
      As duas primeiras edições, em 2009 e 2010, foram chamadas de fórum. No ano passado, 3,5 mil pessoas circularam pelo espaço, em São Paulo. A novidade deste ano é que, além da troca de experiências, vai oferecer laboratórios experimentais, onde os participantes poderão programar em software livre. Também estão programados debates sobre cultura digital, política e arte. 
      Movimentos recentes que surgiram na internet, como o Ocupar Wall Street e a Primavera Árabe, também farão parte desse universo do Festival, no debate sobre como “a cultura digital altera as noções de tempo e espaço e possibilita mudanças velozes nesse mundo ligado e interconectado, em que tod@s são protagonistas”.
Abertura
      Acontecerá uma cerimônia de abertura, às 19h da sexta-feira (2), no Odeon Petrobras (Praça Floriano, 7, Centro), que contará com a presença do músico e ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, que dará uma palestra. Às 20h, Yochai Benkler, professor de direito na Universidade de Harvard e co-diretor do Berkman Center for Internet and Society, apresenta a palestra “Do software livre e Wikipedia para os sistemas humanos cooperativos”, que será mediada por Gil. Depois, haverá um debate com o público, no melhor clima participativo do encontro. 
      O músico Gilberto Gil foi eleito o embaixador desta edição. Segundo os organizadores do encontro, a escolha se deve por sua gestão como ministro do governo Lula (2003-2008), que levou a cultura digital a Brasília para o Ministério da Cultura, pautando assuntos importantes como direitos autorais em tempos de compartilhamento.
Encerramento
      O show “A nova revolução do frevo” vai encerrar o evento no MAM do Rio, misturando o maestro pernambucano Spok, da Spok Frevo Orquestra, instrumentistas, o sertanejo Josildo Sá, o músico potiguar Jarbas Jácome e o Movimento Multiplicidade Imagem Som Inusitados. O espetáculo é um exemplo do que significa a cultura digital hoje, que a partir de novas formas de conhecimento acontece um compartilhamento que dá origem a algo novo.
Onde e como
      O festival acontecerá no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio e no espaço Odeon Petrobras. A entrada é gratuita e o acesso às atividades será feito por ordem de chegada até a capacidade máxima dos espaços.
      Mais informações na página do evento CulturaDigital.Br
 Nossa fonte: Vermelho