Ilda e Ramon - Sussurros de Liberdade

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segunda-feira, 30 de maio de 2011

A semelhança entre lá e cá

Fonte: Carta Maior

Os "indignados" gregos contra o plano de ajuste

"Se nós temos que viver com 500 euros mensais, que os políticos, sem exceção, também o façam". Essa foi uma das frases que marcou a manifestação reunindo mais de 40 mil pessoas neste domingo, em Atenas, contra os planos de austeridade econômico impostos pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para enfrentar a grave crise econômica que se abateu sobre o país. A convocação para os protestos foi feita principalmente pelo movimento "Cidadãos indignados", organizado em redes sociais pela internet.

Milhares de gregos saíram às ruas, pelo quinto dia consecutivo, para protestar contra o severo plano de ajuste implementado pelo governo socialista do país. "Se nós temos que viver com 500 euros mensais, que os políticos, sem exceção, também o façam", disseram os manifestantes em Atenas.

Na capital grega, os protestos reuniram mais de 40 mil pessoas na praça Syntagma, em frente ao Parlamento. A convocação para os protestos foi feita principalmente pelo movimento "Cidadãos indignados", organizado em redes sociais pela internet. As pessoas gritavam "ladrões, ladrões", dirigindo-se ao Parlamento. Outros sustentavam que os trabalhadores assalariados e os aposentados não podem pagar o preço das crises financeiras provocadas pelas elites políticas e econômicas.

Segundo informaram meios de comunicação gregos, os protestos reuniram pessoas de todas as idades. Também ocorreram manifestações em Tessalônica. Os movimentos foram pacíficos. Muitos manifestantes planejavam permanecer durante toda a noita nas praças. Os organizadores do protesto declararam que protestariam contra as medidas de arrocho "todo o tempo que pudessem".

Tradução: Katarina Peixoto

Assassinato de líder camponês

Ministros divulgam nota pública sobre assassinato de líder camponês



Os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e Maria do Rosário (Direitos Humanos) divulgaram na noite desta sexta-feira (27/5), nota pública em que manifestam sobre o assassinato do líder camponês Adelino Ramos, ocorrido hoje pela manhã, em Vista Alegre do Abunã, em Rondônia. O texto informa que "imediatamente ao recebimento da notícia, entramos em contato com a Polícia Civil, com o governador do estado de Rondônia e com a Polícia Federal, exigindo a mais rigorosa atitude para investigar o caso e punir os criminosos, tanto os executores como os possíveis mandantes".

 "É necessária uma ação enérgica e exemplar. Só coibiremos essa violência absurda quando acabarmos com a impunidade", diz a nota pública.

A ministra Maria do Rosário, segundo assessores, informou à presidenta Dilma Rousseff sobre o crime e, de imediato, foi determinado pela presidenta que a ministra acompanhe as investigações deste assassinato.

A seguir o Blog do Planalto reproduz o texto divulgado pelas assessorias dos dois ministérios.


 NOTA PÚBLICA
 Sobre o assassinato do líder camponês Adelino Ramos, na localidade de Vista Alegre do Abunã, em Rondônia, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e a Secretaria-Geral da Presidência da República vêm a público manifestar:

 1 - Adelino era uma liderança reconhecida na região Norte do país, sendo presidente do Movimento Camponeses Corumbiara e da Associação dos Camponeses do Amazonas. Dinho, como era conhecido, morava em um assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) com outras famílias e seu grupo buscava regularizar sua produção. Segundo lideranças locais, ele vinha recebendo ameaças de morte de madeireiros da região. Na manhã de hoje, na companhia de sua família, ele foi executado a tiros no município localizado na divisa dos estados de Rondônia, Acre e Amazonas. Cabe ressaltar que ele era um remanescente do massacre de Corumbiara, ocorrido em 9 de agosto de 1995, que resultou na morte de 13 pessoas.

 2 - O assassinato de Adelino Ramos merece o nosso total repúdio e indignação. Há três dias o Brasil se chocou com a execução de duas lideranças em circunstâncias semelhantes, no Pará. Hoje, mais uma morte provavelmente provocada pela perseguição aos movimentos sociais. Essas práticas não podem ser rotina em nosso país e precisam de um basta imediato.

 3 - Segundo levantamento conjunto da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos e da Ouvidoria Agrária Nacional, desde 2001, já foram registrados 71 assassinatos em Rondônia motivados por questões agrárias. Mais de 90% dos casos ficaram sem punição.

 4 - Imediatamente ao recebimento da notícia, entramos em contato com a Polícia Civil, com o governador do estado de Rondônia e com a Polícia Federal, exigindo a mais rigorosa atitude para investigar o caso e punir os criminosos, tanto os executores como os possíveis mandantes. É necessária uma ação enérgica e exemplar. Só coibiremos essa violência absurda quando acabarmos com a impunidade.

 5 - O governo brasileiro não tolera que crimes como esses aconteçam e fiquem impunes no nosso país. Nesta semana, a presidenta Dilma Rousseff já determinou que a Polícia Federal acompanhe as investigações no Pará, numa atitude enérgica e clara de que crimes como esses não podem se tornar uma prática rotineira em nosso país. Acompanharemos de perto os desdobramentos para garantir justiça. É isso que se espera de um Estado democrático de direito e é assim que o governo procederá.

 Brasília/DF, 27 de maio de 2011

 Maria do Rosário Nunes
 Ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República

 Gilberto Carvalho
 Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República