Autora: Emérita Andrade
Reconstruir é reler a História
Fundir coragem sem temer os vendavais
Ser a semente que se funde com a terra
E se levanta com graça e sem espanto
Formando campos e perfumando de verdade
A forma do viver libertário
Recolhendo os traços pequeninos das vitórias
Sem ódio e sem temor,
Buscando partituras esquecidas
E cicatrizando recentes feridas
Para compor a ópera da harmonia!
Pois para curar-se é necessário que haja poesia
Chávenas de versos, não!
É necessária uma chocolateira de rimas
Com toucinho do céu, em café quente – ambrósias!
Para curar-me assim
Só mesmo a resistência lírica
Do Amanhã!
Emérita Andrade, Salvador-Ba., 30/10/18