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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Proteção para a Cantareira


Artistas fazem "macumba antropófaga" contra obra em SP


      Artistas, intelectuais e ambientalistas realizaram, na noite desta segunda-feira (3), uma “macumba antropófaga” contra a construção do trecho norte do Rodoanel. O ato ocorreu no Teatro Oficina, que fica na Bela Vista, região central da capital paulista, e foi comandado pelo diretor José Celso Martinez Corrêa.


Alex Almeida/UOL
macumba antropófaga
Ato ocorreu no Teatro Oficina e foi comandado pelo diretor José Celso Martinez

    
No evento, o geógrafo Aziz Ab Saber, responsável pelo mapeamento dos ecossistemas brasileiros, criticou a obra: “Essa construção vai ser uma catástrofe para a Cantareira”.
     Após a “macumba”, os participantes lançaram um manifesto contra o novo trecho do Rodoanel. A ideia é conquistar apoio de formadores de opinião e pressionar o governo do Estado a alterar o traçado da obra, para evitar que ela afete a região da Serra da Cantareira.

     Críticas à obra

     As mais de 50 entidades ambientalistas que criticam a obra dizem que o trecho norte vai alterar a paisagem da região e provocar impacto sobre o ecossistema. Treze parques situados às margens da Serra da Cantareira também serão diretamente atingidos pela obra.
     Avaliado em R$ 6,5 bilhões, o Rodoanel Norte será financiado com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento, R$ 1,7 bilhão), do governo do Estado (R$ 2,8 bilhões) e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento, R$ 2 bilhões).
      A licença ambiental para o trecho norte do Rodoanel foi aprovada pelo Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente) em junho deste ano. Atualmente, a obra está na fase de pré-qualificação das empreiteiras que devem disputar a licitação. O prazo para a conclusão do trecho, o último do Rodoanel, é novembro de 2014.
     A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A) --órgão estadual responsável pela obra-- aguarda a procuradoria do Estado emitir os decretos de utilidade pública para iniciar as desapropriações e começar a obra.
     Em julho, a previsão era que as desapropriações teriam início em setembro, mas agora a Dersa prevê que somente em janeiro os moradores comecem a ser retirados. Mais de 4.000 casas serão desapropriadas, incluindo 2.000 famílias que moram em áreas ocupadas nas últimas décadas na periferia da zona norte da capital, como o Jardim Corisco, Jardim Peri, Jardim Paraná e Parada de Taipas. Por não possuírem as escrituras dos terrenos, as famílias só receberão indenizações pelas benfeitorias construídas.
      O trecho norte terá 44 km de extensão e ligará as rodovias Ayrton Senna, Dutra, Fernão Dias e Bandeirantes. A via passará pelos municípios de São Paulo, Guarulhos e Arujá e margeará o Parque Estadual da Serra da Cantareira.
     A Serra da Cantareira é considerada a maior floresta em área urbana do mundo e foi tombada pelo Condephaat, Conpresp e Iphan, respectivamente os órgãos de preservação estadual, municipal e nacional. Área de proteção, a Cantareira reúne diversas espécies da mata atlântica e possui dezenas de nascentes, além de abrigar o principal sistema de abastecimento de água da capital.
Nossa fonte: Vermelho

Mídia alternativa, um bom caminho


O Brasil tem uma infinidade de projetos exitosos em todo o seu vasto território (1).

São projetos do poder público, do setor privado e do Terceiro Setor.
Entretanto, a grande mídia faz a opção deliberada pela indústria do caos, medo e da desesperança. Deliberada porque, no varejo vende mais a cada dia, no atacado e no longo prazo trata-se de um projeto político de dominação, não sejamos ingênuos para não perceber que os grandes veículos de comunicação, existem sobretudo como projeto de poder político. Ao bater na tecla da desesperança e dominação, estão querendo dizer à população, não há nada a fazer mesmo, está tudo perdido...(Sic). Será que o leitor conhece ou já ouviu falar dos restaurantes populares do Ministério do Desenvolvimento Social e Combata à Fome - MDS. Conhece as pesquisas da Fundação Osvaldo Cruz – Fiocruz, no Rio de Janeiro, do Instituto Butantã, em São Paulo, as pesquisas e acervo do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém-PA, à serviço da Amazônia há 145 anos. Será que o leitor conhece o Programa Bolsa Floresta do Governo às populações tradicionais, que vivem na floresta do Estado do Amazonas. Conhece o acervo e pesquisa do INPA na Amazônia? Conhece as inúmeras iniciativas das organizações do terceiro Setor nas diversas áreas da sociedade como Educação, Saúde, Segurança Alimentar e Nutricional, nos campos da Cultura & Arte. A população em geral, reconhece ou identifica os serviços ambientais prestados pelos catadores de matérias recicláveis, palas ruas das cidades, à sociedade e às prefeituras sem serem remunerados por isso pelo poder público?

A lista dos projetos exitosos pelo Brasil são tantos, que não caberiam neste boletim. Uma crítica e uma sugestão: a grande mídia, com raras exceções, não explora e divulga projetos exemplares para a população, preferindo optar pela cultura do caos. Procurar conhecer a mídia alternativa pode ser um bom caminho.

(1) Texto retirado do boletim Economia Viva (nº5 out/11). Para uma leitura completa do boletim, que aborda assuntos bem interessantes e é “um bom caminho”, acesse: www.economiaviva.com.br . Ontem, publicamos, aqui, matéria sobre o trabalho do CEHMOB, em MG,seu site: www.cehmob.org.br . Ver postagem"O arco-íris do fundo do Mar da África".