Ilda e Ramon - Sussurros de Liberdade

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sábado, 15 de junho de 2019

Estou de cabeça inchada




Carta Capital pergunta, em sua manchete de capa, se “O Brasil engole mais esta?”  Pergunto-me se os brasileiros terão indigestão. Quem são os brasileiros?

 Minha geração achava que poderia curtir sua aposentadoria em paz. Vimos muitos dos nossos serem abatidos emocional, mental e fisicamente durante nossa luta contra a ditadura de 1964. Pensávamos que conhecíamos este Pais pelo qual corremos risco de morte. Nem naquele terrível período vislumbramos quem são estes brasileiros que não gostam do Brasil. Querem acabar com o que de melhor temos. Àquela época, o comando estava nas mãos de militares bem diferentes dos que hoje aí estão. Eram brasileiros que entendiam sua função, a defesa da Pátria, eram defensores dos brasileiros e de suas riquezas, eram militares nacionalistas. Praticaram torturas e mortes, mas defenderam a Pátria.

Caraca! Como está difícil escrever o que ando sentindo! O Brasil, o meu País, a minha Pátria está doente! Os brasileiros estão se mostrando Judas, aquele das 30 moedas!
Começou quando? Vamos colocar como ponto inicial – por uma questão de viabilidade didática – o mensalão. Foi o início da TV no plenário da Suprema Corte, quando da passagem de suas excelências a artistas e/ou políticos. A atuação do senhor togado presidente do STF, trazendo à corte figuras inovadoras nos julgamentos, quase o transformou em candidato à vida política explícita. Chegou-se a falar em sua candidatura a um alto cargo eletivo. Lembro-me de minha perplexidade em alguns momentos, como quando uma ministra, em seu voto, disse ao Senhor José Dirceu que, embora não tivesse as provas, ela iria condená-lo assim mesmo porque a literatura o permitia.

O povo doutrinado pela mídia, tendo à frente o grupo Globo, passou a comungar os valores das alta e média burguesias. A ideia de que a classe política era a responsável por todas as mazelas do País e a corrupção precisava ser estraçalhada por uma força tarefa especial foi sendo passada às pessoas. Formou-se, pois, a Lava Jato que, em sendo especial, não seguia propriamente as mesmas leis impostas no País. O juiz se metamorfoseou publicamente em herói e, internamente, em chefe supremo da força tarefa, onde os procuradores-promotores (aqueles que investigam e acusam) seguiam sua orientação. Esse juiz só não era hierarquicamente superior ao togado do Supremo Tribunal Federal com quem toda a Lava Jato podia contar. Não que precisassem de orientação, pois eram bem treinados pelo Norte e lá tinham (têm) muito boa relação, camaradagem excepcional de troca de informações. O Norte orienta de acordo com sua própria necessidade e o Sul lhe passa os dados de que precisa para obter seus objetivos.

Montado o cenário com seus devidos personagens, chega o momento de mudar os mandatários do Brasil. Vem a campanha eleitoral. A população já está devidamente preparada pela Globo e cia. Entretanto, surge um problema grave. As pesquisas mostram que Lula ganha disparado de todos os candidatos e ganha no primeiro turno. O Norte, aliado ao capital interno - bancos e grandes empresas -, entrega ao juiz da metamorfose a tarefa de impedir a candidatura do Lula. Sabem do tamanho do homem que saiu do seu segundo mandato com a aprovação única de mais de 80%. Se ele abre a boca para ungir um candidato este seria eleito. O jeito de garantir é acabar com a reputação do Lula e também de seu partido e qualquer candidato que possa vir do Partido dos Trabalhadores que, como o nome indica, não é do grande capital, portanto, inimigo de quem paga as metamorfoses.

Moro começou atacando Lula e sua família, com grampos e vazamentos ilegais – chegou ao absurdo de grampear a Presidenta da República e saiu ileso, sem que algum togado mais elevado fizesse alguma coisa -, condução coercitiva, invasão de domicílio com apreensão de aparelhos, como por exemplo, celular do neto do Lula.

Fica uma pergunta dolorosa. Dona Marisa Letícia morreu. O que causou sua morte?

O togado da metamorfose condenou e prendeu Lula, proibindo-o de dar entrevistas para não facilitar a eleição do seu candidato.
Como não podia deixar de acontecer frente aos acontecimentos promovidos pela Lava-Jato, o eleito foi o pior dos candidatos – o cara que distribui o ódio e a mentira -  que está vendendo para o Norte o que lhe interessa.

Quem são os brasileiros que puseram o vendedor do Brasil no Alvorada?