Urariano Mota no artigo "A história viva dos anos da ditadura" (site O Vermelho) fala do livro organizado por Eliete Ferrer e editado pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Reproduzo um pequeno techo.
"O curioso, para muitos, é que nele há também lugar para o humor, pois que os tempos eram duríssimos, mas os homens além do terror e crimes sofridos, também possuíam ou procuravam motivos para rir. Como neste caso, digno de Stanislaw Ponte Preta, o grande humorista que desmontou o ridículo da ditadura brasileira. Copio trecho do depoimento de Emílio Myra e Lopez:
"Um colega seu de ofício (do advogado Lino Ventura) defendia uma mulher e durante o seu processo ocorre o fato, verídico e registrado em seus autos. O advogado de sua defesa inquire o sargento, sua testemunha de acusação.
- Senhor sargento, por que o senhor acusa minha cliente de ser subversiva?
- Pelo material apreendido em sua casa - responde.
- Mas, especificamente, que material?
- Umas cartas...
O advogado prossegue.
- Sargento, seriam estas castas, às quais se refere?
- Sim, senhor, são estas cartas.
- Mas sargento, estas cartas estão escritas em idioma francês, o senhor tem conhecimento do idioma francês?
- Não senhor - responde o sargento para espanto e risos no plenário.
Insiste o advogado.
- Senhor sargento, se o senhor não conhece o idioma francês, como pode, por estas cartas, acusar minha cliente de ser subversiva?
- Mas é claro - prossegue convicto o sargento - eu li nas entrelinhas"".
O livro está disponível em: http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd=1&ved=0CBcQFjAA&url=http...
"O curioso, para muitos, é que nele há também lugar para o humor, pois que os tempos eram duríssimos, mas os homens além do terror e crimes sofridos, também possuíam ou procuravam motivos para rir. Como neste caso, digno de Stanislaw Ponte Preta, o grande humorista que desmontou o ridículo da ditadura brasileira. Copio trecho do depoimento de Emílio Myra e Lopez:
"Um colega seu de ofício (do advogado Lino Ventura) defendia uma mulher e durante o seu processo ocorre o fato, verídico e registrado em seus autos. O advogado de sua defesa inquire o sargento, sua testemunha de acusação.
- Senhor sargento, por que o senhor acusa minha cliente de ser subversiva?
- Pelo material apreendido em sua casa - responde.
- Mas, especificamente, que material?
- Umas cartas...
O advogado prossegue.
- Sargento, seriam estas castas, às quais se refere?
- Sim, senhor, são estas cartas.
- Mas sargento, estas cartas estão escritas em idioma francês, o senhor tem conhecimento do idioma francês?
- Não senhor - responde o sargento para espanto e risos no plenário.
Insiste o advogado.
- Senhor sargento, se o senhor não conhece o idioma francês, como pode, por estas cartas, acusar minha cliente de ser subversiva?
- Mas é claro - prossegue convicto o sargento - eu li nas entrelinhas"".
O livro está disponível em: http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd=1&ved=0CBcQFjAA&url=http...