Jaime Sautchuk *
O
novo Código Florestal, aprovado aos trancos e barrancos pelo Congresso Nacional
e no aguardo de sanção (ou veto) da presidente Dilma Rousseff, trata, em
verdade, da questão da água. Começa por deletar pendências do passado e aponta
para um futuro tenebroso.
A chamada bancada ruralista da Câmara fez passar Código que, além de difuso e cheio de lacunas, anistia produtores que já vinham violando as normas que protegem os cursos d’água a céu aberto e os lençóis subterrâneos. E fixa normas genéricas sobre conservação e uso dos recursos hídricos nacionais para o futuro.
... ... ... ...
E muitos casos o conflito se dá por barramento de córregos para fins diversos, em especial para irrigação. É comum um irrigante secar ribeirões que passariam por propriedades à jusante. Para quem não sabe, um único pivô, com haste de 250m, pode movimentar água suficiente para abastecer uma cidade com 5.000 habitantes.
... ... ...
A geofísica muda de região para região, onde o próprio manejo da água requer técnicas diferenciadas, mas isto é ignorado pelo Código proposto. O documento fala de algumas diferenças na área a ser preservada nas margens dos cursos entre Amazônia, Sudeste e coisas assim. Mas não vai fundo na questão, deixando de fora biomas fundamentais como a Caatinga e o Cerrado.
... ... ...
E agora vêm os latifundiários, que nunca deram a mínima para o futuro do país, tentar passar goela abaixo da nação um Código Florestal que, além de ajudar a perenizar as injustiças sociais, ainda ameaça a água de que ainda dispomos.
Por isso, o movimento “Veta, Dilma!”, que ganha corpo no país inteiro, quer dizer que o Brasil está, em verdade, pedindo água.
A chamada bancada ruralista da Câmara fez passar Código que, além de difuso e cheio de lacunas, anistia produtores que já vinham violando as normas que protegem os cursos d’água a céu aberto e os lençóis subterrâneos. E fixa normas genéricas sobre conservação e uso dos recursos hídricos nacionais para o futuro.
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E muitos casos o conflito se dá por barramento de córregos para fins diversos, em especial para irrigação. É comum um irrigante secar ribeirões que passariam por propriedades à jusante. Para quem não sabe, um único pivô, com haste de 250m, pode movimentar água suficiente para abastecer uma cidade com 5.000 habitantes.
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A geofísica muda de região para região, onde o próprio manejo da água requer técnicas diferenciadas, mas isto é ignorado pelo Código proposto. O documento fala de algumas diferenças na área a ser preservada nas margens dos cursos entre Amazônia, Sudeste e coisas assim. Mas não vai fundo na questão, deixando de fora biomas fundamentais como a Caatinga e o Cerrado.
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E agora vêm os latifundiários, que nunca deram a mínima para o futuro do país, tentar passar goela abaixo da nação um Código Florestal que, além de ajudar a perenizar as injustiças sociais, ainda ameaça a água de que ainda dispomos.
Por isso, o movimento “Veta, Dilma!”, que ganha corpo no país inteiro, quer dizer que o Brasil está, em verdade, pedindo água.
Vejam a íntegra do artigo em:
:http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=4702&id_coluna=91
* Trabalhou nos principais órgãos da imprensa, Estado de SP, Globo, Folha de S.Paulo e Veja. E na imprensa de resistência, Opinião e Movimento. Atuou na BBC de Londres, dirigiu duas emissoras da RBS
* Trabalhou nos principais órgãos da imprensa, Estado de SP, Globo, Folha de S.Paulo e Veja. E na imprensa de resistência, Opinião e Movimento. Atuou na BBC de Londres, dirigiu duas emissoras da RBS