Ilda e Ramon - Sussurros de Liberdade

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

'Sociedade quer ver presa mulher que aborta?'


Para o acadêmico Maurílio Castro de Matos, autor do livro 'A criminalização do aborto em questão', debate no Brasil está equivocado. Lei atual torna passível de punição quem passa por cirurgia, mas será que a população deseja mesmo que a mulher vá parar na cadeia? 'Todo mundo conhece ou sabe de alguma mulher que fez aborto', afirma.

     Brasília – A escolha e posse da nova ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci de Oliveira, trouxeram de volta uma das maiores polêmicas da campanha vencida por Dilma Rousseff em 2010, a descriminalização do aborto. Debate interditado na eleição – discutia-se se Dilma tinha sido contra ou favor em algum momento da vida, não a legalização -, o tema foi abordado no mérito pela nova ministra, conhecida crítica da criminalização.
      Mesmo tendo deixado claro que falava em nome próprio, não pelo governo, que entende ser esta uma questão da alçada do Congresso, Eleonora ajudou a colocar o assunto na agenda pública - ainda que a discussão morra daqui um tempo. Enquanto isso não acontece, porém, partidários da visão da nova ministra aproveitam a oportunidade para entrar em campo. 
     É o caso do professor de Serviço Social Maurílio Castro de Matos, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), autor do livro A criminalização do aborto em questão
     Em entrevista à Carta Maior, Castro de Matos defende que dar o direito às mulheres de decidir levar adiante ou não uma gravidez, é respeitar os direitos humanos delas. Ressalta que criminalizar não evita cirurgias, que muitas vezes terminam com resultados mal sucedidos, especialmente para a mulher pobre que não tem dinheiro para pagar clínicas seguras. 
     E propõe uma nova forma de debater: “A população pode até, de forma pouco refletida, ser contra a descriminalização do aborto, mas não quer ver a mulher presa por isso. Então, que lei é essa que se quer manter, mas que não se quer que seja cumprida?”
     Abaixo, o leitor confere os principais trechos da entrevista, concedida por e-mail.

Carta Maior: Por que a legalização do aborto é importante?
Maurílio Castro de Matos: Hoje, a maioria dos serviços de aborto legal, para casos com risco de morte ou advindos de estupro, está disponível apenas na capital dos estados e, em alguns, não existe na prática. Enquanto o Supremo Tribunal Federal não se posicionar sobre o aborto de fetos com anencefalia, aqueles que comprovadamente não terão vida após o parto, as mulheres neste país são obrigadas a levar adiante uma gravidez mesmo sabendo que não haverá um filho depois. Defender a legalização do aborto é garantir os direitos humanos de muitas mulheres que atualmente são desrespeitados. Aquelas que não precisarem ou não quiserem recorrer a um aborto, continuarão assim. Mas aquelas que, por decisões que só elas sabem da complexidade, fizerem, poderão fazer sem risco de morte, sequelas e de prisão.

CM: O senhor tem números sobre a prática, mortalidade...?
Castro de Matos: Segundo o Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA), no Brasil são realizados, por ano, um milhão de abortos clandestinos. Eles causam 602 internações diárias por infecção, 25% dos casos de esterilidade, 9% dos óbitos maternos. É a terceira causa de morte materna no país. A criminalização atinge mais as mulheres pobres, uma vez que as de outros extratos sociais podem recorrer ao aborto em clínicas com total garantia de qualidade no atendimento. Além da desigualdade de classe, uma pesquisa da Ações Afirmativas em Direitos e Saúde (IPAS Brasil) e do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), divulgada em 2007, mostra que as mulheres negras e pardas, moradoras das regiões Norte e Nordeste, estão mais sujeitas à mortalidade em decorrência do abortamento inseguro, sendo que no nordeste a curetagem é o segundo procedimento obstétrico mais realizado.

CM: Por que a sociedade brasileira tem tanta dificuldade em tratar a questão de forma mais científica e menos como um tabu?
Castro de Matos: Porque a forma como o debate sobre o aborto vem sendo tratado está errada. Temos que sair da falsa polarização entre ser contra ou favor. Penso que, para uma discussão séria sobre a mudança da lei, temos que juntar alguns argumentos: o grave problema de saúde pública, a autonomia da mulher, o respeito, num Estado laico, da diferença, e a diferenciação das fases de gestação (diferenciar embrião e feto de vida humana). Também é preciso chamar a atenção da população para a questão de se as pessoas querem realmente que as mulheres que realizam o aborto sejam presas. Todo mundo conhece ou sabe de alguma mulher que fez aborto. Sobre esse último ponto parece que não. A população pode até, de forma pouco refletida, ser contra a descriminalização do aborto, mas não quer ver a mulher presa por isso. Então, que lei é essa que se quer manter, mas que não se quer que seja cumprida?

CM: Mas acredita que a sociedade brasileira aceitaria a descriminalização?
Castro de Matos: Uma pesquisa do Ibope feita a pedido da ONG Católicas pelo Direito de Decidir informa que quase 70% da população é favorável ao direito ao aborto, quando a mulher corre risco de vida ou quando o feto não sobreviverá após o parto. Que 52% são favoráveis ao direito de escolha quando a gravidez é advinda de estupro. Que 96% entendem que não é papel do governo prender as mulheres que realizaram aborto. E que 61% das pessoas afirmam que a decisão sobre uma interrupção de gravidez cabe a própria mulher. 

CM: O que a experiência de outros países nos ensina?
Castro de Matos: Explicarei a experiência de Portugal, pois acompanhei a implementação da lei que lá legalizou o aborto. Foi realizado um plebiscito em 1998, e a população optou pela manutenção da lei punitiva. Logo após esse plebiscito, a lei começou a ser aplicada, e isso assustou a população. Houve julgamentos e condenações em massa. Isso criou um ambiente para o plebiscito de 2007 que descriminalizou o aborto até a décima semana de gestação, a pedido da mulher. Além dessa experiência traumática, os portugueses mudaram a lei porque integram a União Européia e, exceto Malta, Polônia e Irlanda, todos os outros países europeus, de alguma maneira, descriminalizaram o aborto. A convocação de um novo plebiscito integrou a agenda política do governo. Com o argumento de que vários países vizinhos já haviam descriminalizado o aborto, Portugal pôde sair da falsa polarização entre ser contra ou favor e sim discutir os direitos e a laicidade do Estado no contexto da razão e da modernidade. 

Leia Mais:
Nossa fonte: Carta Maior

História de Meir Schneider

Contribuição de Ana Chieffi 

Meir Schneider nasceu em Lvov, Ucrânia, em 1954, com catarata, astigmatismo e nistagmo.  Emigrou para Israel com os pais aos quatro anos de idade e, aos sete, foi declarado legalmente cego. Ele nunca aceitou a condição de cego. Tinha ataques de fúria, durante os quais lançava os óculos ao chão e pisoteava-os. Não conseguia quebrá-los de tão grossas que as lentes eram e gritava. Os pais, ambos surdos, não eram atingidos pela gritaria. Mas a avó, Savta, docemente o acalmava dizendo que as coisas podiam mudar. Sempre.

Amigos, como uma dona de biblioteca volante semi-paralítica – que lhe ensinou técnicas de relaxamento -e outro jovem, Isaac – com problemas visuais igualmente graves – deram-lhe incentivo para a grande virada de sua vida. Isaac apresentou-lhe o método do oftalmologista William Bates (1860-1931) de estimulação da visão. A despeito da descrença radical da família e amigos, dedicou-se com fervor aos exercícios para os olhos, aliando as técnicas de ioga, auto-massagem e movimento. Dezoito meses mais tarde, ele tinha desenvolvido a visão funcional, que lhe permitiu alguns anos mais tarde (1981) tirar carteira de motorista, sem qualquer restrição, expedida pelo Governo do Estado da Califórnia.

Cursou:
Bar Ilan University, Tel Aviv, 1973 – 1975
BA, Philosophy from University of San Francisco, 1978
PhD, the Healing Arts from Golden State University, 1982. Doctoral Dissertation: “The effects of Therapeutic movement combined with subtle massage and manipulation compared with conventional medical treatment in cases of muscular distrophy”

Os princípios que descobriu quando trabalhava seus olhos formaram a base do método Self-Healing, desenvolvido para trabalhar com portadores dos mais variados problemas de saúde. Em 1975 Meir montou o primeiro Institute For Self-Healing em TelAviv, Israel ( 1973 – 1976 ),  onde cresceu,  juntamente com dois dos seus primeiros pupilos – Vered e Danny. Por muito tempo Meir teve dúvidas de que seu método pudesse ser ensinado, já que boa parte das massagens e exercícios que produziam espetaculares resultados com pessoas portadoras de distúrbios graves – e tidas como incuráveis pela medicina – como esclerose múltipla, distrofia muscular, poliomielite, artrite reumatóide, degeneração da mácula, entre tantos outros, foram desenvolvidos junto com o cliente, na própria sessão, e com forte caráter intuitivo. Milhares de horas de prática clínica foram delineando a estrutura do Método Meir Schneider -Self-Healing – os princípios, as técnicas, os exercícios e a fundamentação científica.

Em 1976, Meir mudou-se para San Francisco, USA. Aí montou consultório junto com o optometrista Ray Gottlieb, com o qual manteve intensa colaboração durante vários anos. Fundou o Center for Conscious Vision (1977–1978), o Center for Conscious Health (1978–1980) e em 1980, o Center For Self-Healing. Quatro anos depois obteve permissão do Departamento de Educação do Estado da Califórnia para formar alunos no método e funcionar como School For Self-Healing. Desde 1980 até o momento presente,existe o Self – HealingResearch Foundation, que buscafundos para uma pesquisa  evidenciando a eficácia do método na distrofia  muscular e na degeneração macular. E se mantém aberto para qualquer outra pesquisa que tenha como objetivo a comprovação do método cientificamente.  

Sua jornada pessoal, os primeiros anos de desenvolvimento do método, suas raízes, influências, primeiros casos e parcerias foram narrados em seu primeiro livro “Uma Lição de Vida”, publicado no Brasil pela editora Cultrix e em mais quatro idiomas: inglês, francês, húngaro, e hebraico. Seu segundo livro, o Manual de Autocura, publicado nos USA em 1994, foi também publicado em russo além dos outros cinco idiomas do primeiro livro.

Schneider foi submetido desde tenra idade a inúmeras cirurgias, todas sem muito sucesso. Relata em seu livro ´Movimento para autocura´ (Editora Cultrix), como chegou ao Self-healing. Com muita reverência pela medicina moderna, compreendeu na juventude, ao conhecer outro jovem que se curara, Isaac, que os músculos de seus olhos eram muito fracos e havia muito tecido cicatricial, decorrente das inúmeras cirurgias de catarata as quais fora submetido. A alternativa seria melhorar seus olhos com exercícios continuados.

Os médicos não acreditam ser possível melhorar certas condições patológicas com exercícios porque as pessoas são muito imediatistas e, por isso mesmo, indisponíveis para práticas regulares e continuadas. Logo se cansam e desistem.

“O Método Meir Schneider se caracteriza, principalmente, por estimular no indivíduo a consciência cinestésica (do movimento), os recursos que o seu corpo tem de se regenerar.

São as idéias e crenças sobre a impossibilidade de se alcançar o bem-estar que impedem alguém de lutar por sua melhora, sua qualidade de vida e, até mesmo, para a cura definitiva do seu caso. Os maiores êxitos ocorrem no tratamento de doenças neuromusculares, de coluna e articulações. São nestas áreas que costuma ver resultados interessantes e eficazes.

Seu sistema holístico desenvolve a inteligência inata do corpo e diz que os movimentos facilitam a criação de novos circuitos neurais.

Meir Schneider – Parque Vila Lobos, 04.02.12


Contribuição de Ana Chieffi
  
O corpo tem um potencial que não imaginamos. Temos 600 músculos e só usamos 50. Imagine quanta tensão colocamos neles! Assim destruímos o sistema nervoso. Nós os mantemos em contínuo espasmo e assim o tecido conjuntivo, que conecta os músculos com a pele, se enrijece.

Nos EUA ¼ da população tem artrose, devido à rigidez (muscular e mental). Esportes não ajudam; atletas morrem jovens, porque tencionam ainda mais os músculos que já são rígidos.

Os médicos não acreditam ser possível melhorar certas condições patológicas com exercícios porque as pessoas são muito imediatistas e, por isso mesmo, indisponíveis para práticas regulares e continuadas. Logo se cansam e desistem. Quem vive além dos 90 são maestros, porque se movimentam com ritmo.

É preciso uma nova consciência cinestésica para aprender como agir com o corpo para evitar rigidez e as lesões da vida moderna. Ficamos muito sentados. Os paravertebrais são bons para essa posição por 20 minutos. Depois disso eles se cansam e passamos a tensionar outros músculos, que não tem nada a ver com a posição sentado. Eles se contraem e provocam espasmos em todo o corpo.

Dois hábitos ruins (e inevitáveis); sapatos e cimento. Sempre que possível anda na grama (terra, areia) e usar sapatos de sola fina.

O trapézio, por ex., é um músculo muito rígido e emprega muitos massagistas.

Eu trabalho com o cérebro, reorganizando o corpo. Começo meus cursos correndo para trás e para os lados (não para a frente).

Eu vou contra (quase) todos os médicos do mundo quando digo que todos podem melhorar sua visão.

Forçamos a visão quando olhamos muito de perto. Lemos demais, a partir dos últimos 100 anos. Os músculos em volta do cristalino tornam-no redondo, quando vemos de perto. Relaxado, ele é plano. Antigamente, víamos de perto 2h/dia; hoje: até 16h/dia!

É preciso ajuste para diferentes frequências de luz. Precisamos enxergar no escuro. Apagar as luzes em casa! Sou contra óculos de sol – eles evitam a produção de melanina. Os oftalmologistas convenceram duas tribos de aborígenes da Austrália a usar óculos de sol e eles, pela 1ª vez, se queimaram. Na história da Inglaterra, quando fecharam as janelas, aumentaram as doenças contagiosas. Há uma pessoa com câncer de pele devido ao sol para 6 mil com osteoporose por falta dele. Sem sol morre-se mais cedo.

1.    A cada 20 minutos: levantar, flexionar um joelho para trás e segurá-lo, puxando e olhando para cima; repetir com o outro lado.

2.    A cada 2h30: ficar 10 minutos em pé.

3.    Praticar osexercícios 3X/dia, 10 minutos a cada vez, principalmente com imagens à distância (seis distâncias diferentes).

4.       Olhar para o próprio dedo indicador (alternando as mãos) e movendo-se, da direita para a esquerda e retornando para a posição anterior.

5.            Alongar as mãos, estendendo os dedos e os mantendo alongados por 10 respirações profundas, várias vezes ao dia (enquanto descansa ou realiza outra atividade diária) - alivia problemas de artrite.
  
6.            Palming: 4X/dia, seis minutos a cada vez:método para relaxar os músculos e nervos dos olhos que se constitui em sentar-se em uma cadeira virado para o encosto, apoiar nele os braços e colocar as mãos espalmadas nos olhos, de modo a relaxar pescoço, face e os olhos.

Acusada de ser tendenciosa, Globo é expulsa por manifestantes


Repórteres e cinegrafistas da Rede Globo foram expulsos de uma passeata promovida, neste domingo (12) por policiais militares e bombeiros em Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ). Eles saíram do local sob vaias e gritos de "Fora Globo". A emissora é acusada pelos profissionais que querem melhores salários de fazer uma cobertura tendenciosa, a favor do governo.


Fonte:Vermelho