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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Mais um prêmio internacional ao ex-presidente que querem derrubar

Lula recebeu esta noite, em Barcelona, o 24º Prêmio Internacional Catalunha.


O prêmio é destinado a pessoas que tenham contribuído com o desenvolvimento de valores culturais, científicos ou humanos. Ao final de seu discurso, Lula dedicou a homenagem: "E gostaria de dedicar esse prêmio, que tanto me emociona, a todas as pessoas que acreditam e lutam por um mundo menos desigual".

Leia a íntegra do discurso e mais informações sobre o prêmio: http://www.institutolula.org/lula-recebe-24o-premio-internacional-catalunha



Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Lula e Hollande lançam o "anti-consenso de Washington"


http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/lula-e-hollande-lancam-o-anti-consenso-de-washington

Autor: Luis Nassif

É um desses paradoxos da história. Enquanto é achincalhado em seu próprio país, em Paris, junto com o presidente francês François Hollande, Lula lança o que será considerado, provavelmente, o mais importante manifesto sobre a governança global desde o "Consenso de Washington", que marcou a vida das nações nas últimas décadas. É o 'anti-consenso de Washington", que deverá servir de base para a reaglutinação da social democracia em nível global.

Mesmo antes da queda do Muro de Berlim, a social democracia estava em crise profunda, desarticulada, sem princípios de ação.

Ontem, em Paris, no “Fórum pelo Progresso Social, o crescimento como saída para a crise”, o Instituto Lula e a Fundação Jean Jaurès, do Partido Socialista francês soltaram documento conjunto para a primeira convocação de fundações políticas e institutos progressistas do mundo inteiro, visando propor uma nova governança global.

Com o manifesto, Lula e François Hollande passam a encabeçar a primeira iniciativa mundial, visando criar um contraponto de governança global ao “consenso de Washington” – que forneceu as bases para o modelo neoliberal que se tornou praticamente hegemônico nas últimas décadas.

Os termos do documento provavelmente marcarão a história da globalização com o mesmo impacto provocado pelo “ Consenso de Washington” no início dos anos 90.

O documento é objetivo, ao afirmar que “a globalização divide ao invés de unir”. Diz que a crise internacional agrava a concorrência entre países e sociedades e atinge principalmente os mais vulneráveis.

A crise afeta todos os países, adia decisões contra o aquecimento global. A falta de uma ação planejada, continua, pode levar a um ponto de não-retorno.

O manifesto propõe uma nova governança global, que minimize os conflitos que permita que “cada nação realize o modelo de sociedade que escolheu”. E os poderes públicos “devem garantir que todos tenham oportunidades de desenvolver suas capacidades individuais”.

Depois, chama a atenção para as mudanças estruturais que estão ocorrendo:

“Mas um novo mundo está em gestação para responder aos desafios sociais, ambientais e políticos da globalização. A sociedade civil mundial se tornou uma realidade tangível. Políticas públicas inovadoras e outros modos de governar surgem em todos os continentes, particularmente nos países emergentes e em desenvolvimento. As instâncias multilaterais também estão se reconfigurando. A constituição do G20 reflete a mudança dos equilíbrios mundiais, mas seu impacto ainda limitado ilustra a dificuldade dos governos de chegarem a um acordo e de agir de forma concreta”.

E termina com uma conclamação histórica:

“Fazemos uma conclamação em defesa da confiança na capacidade humana de se reinventar e do poder criador de nossa sociedade-mundo, para sair definitivamente da crise e construir as bases de um futuro harmonioso que possa ser compartilhado por todos”.


DECLARAÇÃO CONJUNTA DA FUNDAÇÃO JEAN JAURÈS E DO INSTITUTO LULA
A globalização é um imenso desafio com o qual se confronta a humanidade.

Ela tem um poder formidável de mudança para todas as sociedades: a mudança econômica, com a intensificação das trocas; a mudança cultural, pois essas trocas possibilitam a circulação de ideias e a transformação das práticas culturais e de costumes; a mudança política, já que a emergência de preocupações partilhadas exige uma vontade comum de agir e de superar conjuntamente as dificuldades.

No entanto, a globalização, da forma que ocorre atualmente, está longe de satisfazer as aspirações que legitimamente suscita.

A crise econômica internacional agrava a concorrência entre os países e as sociedades. Ela atinge os mais vulneráveis, particularmente os trabalhadores e os jovens. Ela afeta a todos os países, os que estão em recessão e os que estão em crescimento. Ela conduz governos a adiar as decisões necessárias para prevenir o aquecimento global, sendo que a exaustão e a degradação dos recursos naturais corre o risco de atingir um ponto de não-retorno devido à falta de uma ação planejada de forma conjunta.

Sejamos claros: hoje, a globalização divide ao invés de unir.

Isoladas, as políticas de austeridade mostraram seus limites para encontrar a saída da crise. A retomada ainda não esta garantida, ao mesmo tempo em que os direitos econômicos e sociais estão ameaçados. É imprescindível que sejam adotadas políticas de crescimento. Somente assim a globalização poderá garantir o respeito à coesão social e ao meio ambiente.

Uma nova governança é necessária para, de um lado, regular os conflitos entre as nações e garantir a paz e, de outro, permitir que cada nação realize o modelo de sociedade que escolheu. Os poderes públicos devem garantir que todos tenham oportunidades de desenvolver suas capacidades individuais. Devem também trabalhar em prol da perenidade do meio ambiente para as gerações futuras.

Mas um novo mundo está em gestação para responder aos desafios sociais, ambientais e políticos da globalização. A sociedade civil mundial se tornou uma realidade tangível. Políticas públicas inovadoras e outros modos de governar surgem em todos os continentes, particularmente nos países emergentes e em desenvolvimento. As instâncias multilaterais também estão se reconfigurando. A constituição do G20 reflete a mudança dos equilíbrios mundiais, mas seu impacto ainda limitado ilustra a dificuldade dos governos de chegarem a um acordo e de agir de forma concreta.

As respostas às questões colocadas pela globalização não se afirmarão espontaneamente. Elas se construirão pelo diálogo, pelo debate das opiniões dos estudiosos e pela mobilização dos atores e dos povos, no sentido mais amplo.

É por isso que, a partir deste fórum que se reuniu em Paris nos dias 11 e 12 de dezembro, lançamos um chamado para as outras fundações políticas e institutos progressistas do mundo inteiro: vamos constituir a iniciativa “Fundações pelo Progresso Social”. Fiéis à nossa vocação e à nossa missão, vamos nos reunir periodicamente para debater, escutar, propor. Vamos fazer emergir convergências e consensos; vamos nos unir para ter uma influência nos destinos do mundo.

Os riscos que atualmente ameaçam a humanidade são grandes demais para nos focarmos apenas em uma gestão de curto prazo destes problemas.

Fazemos uma conclamação em defesa da confiança na capacidade humana de se reinventar e do poder criador de nossa sociedade-mundo, para sair definitivamente da crise e construir as bases de um futuro harmonioso que possa ser compartilhado por todos.

Comissão Convida FHC e Gurgel para depor


FHC deporá sobre a “Lista de Furnas”?

Por Altamiro Borges


FHC precisa definir se irá ou não aceitar o convite do Congresso
A Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional aprovou hoje à tarde um “convite” para que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso preste esclarecimentos sobre a temida “Lista de Furnas” – documento que circulou em 2005 e que revelou suposto esquema de desvio de recursos da estatal de energia para vários caciques tucanos. Ela também decidiu “convidar” o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para explicar os “vazamentos” da operação Porto Seguro da Polícia Federal.

A iniciativa de “convidar” o ex-presidente FHCpartiu do deputado Jilmar Tatto, líder do PT na Câmara Federal. Conforme justificou no seu requerimento, o pedido visa esclarecer as “informações contraditórias sobre documento relativo a doações a agentes políticos que teriam sido levadas a efeito por Furnas”. Já o “convite” para o procurador-geral foi feito pelo senador Fernando Collor (PTB-AL) e tem como objetivo investigar as estranhas relações entre o Ministério Público e os órgãos de inteligência.

O temor da mídia demotucana

De imediato, os convites geraram a ira da mídia demotucana – que adora defender a “transparência”, mas apenas para os seus inimigos políticos. AFolha online atacou “a manobra articulada” pela base governista e garantiu, indignada, que o “requerimento relativo a Fernando Henrique, de autoria de Tatto, tem conotação explicitamente política”. Ela também condenou o fato da mesma comissão ter rejeitado a convocação dos ministros Luís Inácio Adams (AGU), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e de Rosemary Noronha.

Na mesma linha editorial, que até parece combinada, o sítio do jornal O Globo também criticou a não convocação de Adams, Gleisi e Rosemary e apresentou os “convites” para FHC e Gurgel como retaliação política. Para isto, o diário da famiglia Marinho destacou uma frase do petista Jilmar Tatto: “Se eles querem guerra, vão ter”. Ao final da matéria, o próprio jornal reassaltou que “como são convites e não convocações, nem Fernando Henrique, nem Gurgel precisam comparecer”.

Blogueiro ou advogado dos tucanos?

Mais explícito, o blogueiro Josias de Souza, que até parece advogado dos tucanos, tentou desqualificar a convocação. “FHC terá de se explicar sobre um papelucho chamado de ‘Lista de Furnas’. Uma peça que associa nomes de políticos, na maioria tucanos, a pseudo-desvios praticados na estatal elétrica. O líder petista sabe que a lista é falsa como nota de três reais… No passado, o petismo se dizia capaz de matar e morrer pela defesa de uns tantos valores. Hoje, o líder do PT desce ao front de mãos dadas com Collor”.

Caso o “convite” seja para valer – e não uma mera manobra pragmática – e o ex-presidente FHC não consiga escapar do depoimento, o debate sobre a Lista de Furnas poderá revelar muitos podres que os demotucanos sempre esconderam, com a inestimável ajuda da mídia. Em agosto último, o Ministério Público Federal confirmou a autenticidade da “lista”, conforme registrou na ocasião o jornalista Amaury Ribeiro, autor do livro A privataria tucana – o best-seller que também foi vetado pela mídia tucana.

O “mensalão” dos tucanos

Amaury Ribeiro afirma que teve acesso ao documento, que revela que a Furnas superfaturou contratos para repassar dinheiro a cerca de 150 políticos durante a campanha eleitoral de 2002. Os principais beneficiários seriam candidatos do PSDB e do DEM, entre eles o mineiro Aécio Neves e o paulista Geraldo Alckmin. A lista, que os tucanos juravam não existir e que a mídia sempre evitou apurar, teria sido escrita pelo próprio ex-presidente e ex-diretor de planejamento da empresa, Dimas Toledo.

Para a procuradora Andrea Bayão Ferreira, do Rio de Janeiro, hoje não há mais dúvidas sobre a existência do documento. Um laudo do Instituto Nacional de Criminalística da PF confirmou a sua autenticidade. Trechos que já vazaram pela internet apontam a seguinte distribuição dos recursos desviados: José Serra, R$ 7 milhões; Geraldo Alckmin, R$ 9,3 milhões; Aécio Neves, R$ 5,5 milhões; Gilberto Kassab, R$ 100 mil; e Eduardo Azeredo, o mesmo que chefiou o chamado mensalão tucano de Minas Gerais, R$ 550 mil.
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Nossa fonte: Correio do Brasil