Ilda e Ramon - Sussurros de Liberdade

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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dona Pandá Fala da Segurança e da Qualidade da Água


 Capítulo 2 
Dona Pandá está felizona por ter juntado todas as leitoras (e leitores, claro, pois apesar de pendendo para o feminismo, ela declara seu amor irrestrito aos senhores bem humorados) que se enquadraram nas três alternativas consideradas de sua alçada. Vai abordar os itens constantes do quadro dos quesitos limitantes e preferências.
Antes de continuar, preciso dar um aviso a algum leitor incauto: se você está visitando o blog pela 1ª vez, é aconselhável que retorne ao início da página, primeiro capítulo/arquivo, pois este é o 2º e você corre o risco de não entender direitinho as coordenadas de nossa consultora.
Segurança
Antes de entrar nos itens do quadro, Dona Pandá acha bom esclarecer algumas coisinhas sobre o item segurança que não fez parte da discriminação referido quadro. Tudo mundo se preocupa com a segurança, mas o que nos dá essa preciosidade? Nossa destemida senhora aconselha uma sondagem com a vizinhança sobretudo para verificar que tipo de ladrões costuma freqüentar a redondeza. Se são ladrõezinhos que roubam qualquer coisa para reforçar seu estoque de drogas, você pode pensar em cães de guarda que metem medo e cercas poderosas, auxiliadas por plantas do tipo sansão do campo casado com coroa de cristo. Se a opção é por um terreno menor, poderá até pensar numa cerca elétrica sobre o muro. Mais uma vez, terá que consultar seu bolso. Há uma divergência entre pessoas ouvidas por Dona Pandá a respeito do item segurança. Algumas são de opinião que quanto mais fechada a propriedade, pior fica, pois além de chamar mais a atenção, se o ladrão consegue pular o muro, estará protegido da rua/estrada. Ninguém poderá vê-lo e aí tudo vai depender dos seus  equipamentos de proteção. Outra visão se refere ao muro com a cerca elétrica como uma proteção até porque o pretenso invasor não saberá o que o espera.
A sondagem pode mostrar que os indesejáveis na redondeza são mais profissionais. Neste caso, pense em buscar outra escolhida distante dali, contrate especialistas da área de segurança para a elaboração de um projeto caríssimo e sem garantias de eficácia ou faça parte da turma determinista que acha que  em todo o lugar não há segurança, então, deixa o assunto pra lá e vamos que vamos.
Dona Pandá que é uma chacareira de poucos recursos, quando chegou à sua atual morada, teve a experiência de receber, por quatro vezes seguidas, a visita dos indesejáveis. Logo descobriu que era uma gangue de adolescentes locais, guiados por um garoto de 10 anos que ela havia socorrido na estrada. O menino estava caído, com a bicicleta tombada a seu lado. Com pena do garoto, ajudou-o a entrar em seu carro e o levou para dentro da casa para lhe fazer um curativo. O pai do futuro ladrãozinho era um conhecido e bom trabalhador. O garotinho é, hoje, um foragido da polícia e o único sobrevivente da gangue.
Dona Pandá conseguiu fazer uma cerca com tela forte, reforçada com os eficientes espinhos do sansão do campo e comprou dois cachorros de guarda que desde pequenininhos foram impedidos de contatos  com a vizinhança e treinados a não aceitarem estranhos em seu território. Quando da última visita dos indesejáveis, os cachorros impediram sua efetivação. A notícia se espalhou e não houve outras tentativas. Esta solução tem o seu lado negativo, os cães são antissociais, o que exige atenção e cuidados permanentes, inclusive para que os animais não se sintam sós e/ou frustrados.

Água tratada
No meio rural é pouco provável que você consiga uma chácara com o fornecimento por uma concessionária de água tratada. A solução mais comum são os poços ou cisternas. Há os profissionais (às vezes, nem tão profissionais, portanto procure saber sua experiência) que furam poços. Chamou a atenção de Dona Panda a falta de cuidado desses profissionais com sua própria segurança, o que pode trazer problemas sérios. Nessa área de segurança do trabalho, todo cuidado deve ser tomado, sobretudo com a frase: num preocupa não, tô acostumado.
O local da perfuração deve ser bem observado: fora do alcance de fossas, brejos, além de verificar a distância da casa ou da caixa que servirá de reservatório. Nesse poço será colocada uma bomba que irá jogar a água até o reservatório e deste, normalmente por gravidade, para a casa. É claro que antes de usar a água ela deverá ser analisada com o fim de verificar sua qualidade.
Dona Pandá já gritou que preciso alertar de uma vez sobre os esgotos. Há um péssimo costume, em grande parte do meio rural, de se fazer fossa negra. A fossa séptica é até mais fácil, mas também precisa de se verificar com cuidado sua localização, pois sempre há riscos de se contaminar o terreno. Pode-se fazer o buraco – igual ao da fossa negra – e destinar a ele apenas a água usada e não o esgoto dos vasos sanitários. Estes, na falta de uma rede publica de esgoto, devem ir para a fossa séptica.
Atenção aos senhores muito gentis que aparecem com um pretenso equipamento para furar um poço semiartesiano, com um contrato de risco. Você paga adiantado, ele diz que tentou, mas o lugar não comporta porque há pedras ou alguma outra desculpa e... vai tranquilamente embora. O risco é seu, o pagamento é dele.
A outra opção, que depende de nova consulta a seu bolso, é o poço artesiano, objeto de desejo de Dona Pandá e de todos os chacareiros.