Ilda e Ramon - Sussurros de Liberdade

Ilda e Ramon - Sussurros de Liberdade
Clic sobre o livro (download gratuito). LEIA E DÊ SUA OPINIÃO

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Clima: negociações em Bangcoc começam em tom de urgência

Fonte: Carta Maior

Fabiano Ávila - Instituto CarbonoBrasil

Os negociadores em Bangcoc estão com um grande abacaxi no colo. Além das atuais metas representarem apenas 60% dos cortes necessários das emissões, elas aparentemente irão ficar ainda menores após o acidente nuclear no Japão. A criação do “Fundo Verde do Clima” para promover a distribuição de US$ 100 bilhões anuais em ajuda climática para os países mais vulneráveis, está sob risco devido ao desastre natural do Japão. Os japoneses seriam grandes financiadores do Fundo, mas irão precisar de todos os recursos disponíveis, inclusive empréstimos estrangeiros, para a reconstrução das cidades afetadas pelo terremoto seguido de tsunami.

Cerca de 1 500 diplomatas e ministros ouviram segunda-feira (4) o pedido da presidente da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), Christiana Figueres, de que é preciso colocar em prática urgentemente os compromissos firmados no ano passado na Conferência do Clima de Cancún (COP16) e de que uma decisão sobre a extensão do Protocolo de Quioto deve ser alcançada o quanto antes.
“É fundamental que as nações cumpram os compromissos firmados no passado para que em 2012 tenhamos um acordo climático global em funcionamento. Os governos precisam chegar a um consenso de uma vez sobre o futuro de Quioto, para que possamos avançar”, declarou Figueres na abertura da primeira rodada climática do ano, que está sendo realizada em Bangcoc, Tailândia.

A presidente ainda salientou que mesmo essas metas, que nem saíram do papel, não são o suficiente para frear o aquecimento global, pois realizam o corte de apenas 60% das emissões necessárias para limitar o aquecimento em 2°C, valor considerado pelos cientistas como o máximo para que não soframos as piores consequências das mudanças climáticas.
“É preciso que todos entendam esta diferença entre as medidas que estão sendo prometidas e o que seria realmente necessário. Em 2011, temos que consertar isso e buscar uma solução coletiva e ambiciosa para lidar com as transformações do clima”, explicou Figueres.

O diretor de estratégias climáticas da Comissão Européia, Artur Runge-Metzger, considerou justo o “puxão de orelhas” que Figueres deu nos negociadores e afirmou que a prioridade em Bangcoc deve ser a implementação dos Acordos de Cancún.
“As decisões tomadas no México, em especial as metas assumidas pelos países, devem ser finalizadas para que possam se transformar em legislações domésticas”, afirmou Runge-Metzger.

Japão
Talvez a mais importante dessas decisões, a criação do “Fundo Verde do Clima” para promover a distribuição de US$ 100 bilhões anuais em ajuda climática para os países mais vulneráveis, está sob risco devido ao desastre natural do Japão.
Os japoneses seriam grandes financiadores do Fundo, mas irão precisar de todos os recursos disponíveis, inclusive empréstimos estrangeiros, para a reconstrução das cidades afetadas pelo terremoto seguido de tsunami.
“O Japão sempre ocupou um papel importante no financiamento climático e é bastante provável que abandone completamente essa função agora que possui tantos problemas internos”, explicou Sven Harmeling, da ONG Germanwatch.
Além desse aspecto, existe a crise nuclear causada pelo vazamento de radiação da usina de Fukushima, que está gerando dúvidas sobre o futuro desse tipo de geração de energia e até sobre a continuidade das metas de emissões de diversos países, o que pode afetar também a extensão do Protocolo de Quioto.
Sem a energia gerada por Fukushima e com os planos de expansão nuclear suspensos, o Japão deverá optar pelas termoelétricas a gás e carvão para suprir a demanda. Dessa forma, as metas do país sob Quioto, de reduzir em 25% as emissões de gases do efeito estufa até 2020 com relação aos níveis de 1990, já estão sendo revistas.
“Com certeza nossos objetivos serão afetados e estamos analisando qual a melhor saída, se ampliar o prazo ou diminuir a porcentagem de redução. Mas ainda é muito cedo para tomar esse tipo de decisão”, afirmou Hideki Minamikawa, vice-ministro de Meio Ambiente japonês.

Não será apenas o Japão que pode rever suas metas. Vários países europeus estão reavaliando suas políticas energéticas e apesar da maioria apontar que pretende adotar uma maior parcela de fontes renováveis é bem provável que em um curto prazo as emissões na União Européia cresçam pela utilização de termoelétricas.
Os negociadores em Bangcoc estão, portanto, com um grande abacaxi no colo. Além das atuais metas representarem apenas 60% dos cortes necessários das emissões, elas aparentemente irão ficar ainda menores.
Nesse cenário, é muito difícil traçar o que deverá acontecer com o Protocolo de Quioto nesta rodada de negociações, mas o que se espera é que pelo menos haja algum direcionamento para que a próxima Conferência do Clima (COP 17), em novembro, na África do Sul, consiga finalmente dar uma resposta sobre o futuro do acordo.

Plano brasileiro para cortar emissão de gás-estufa está parado


O Brasil ainda não gastou nenhum centavo de um plano de R$ 2 bilhões lançado em junho de 2010 para incentivar a redução de emissões de CO2 na agricultura.
Batizado de ABC (Agricultura de Baixo Carbono), o programa do Ministério da Agricultura é considerado uma das maiores inovações da política brasileira de mudanças climáticas.
Ele visa a recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e expandir o plantio direto (que não revolve o solo) dos atuais 25 milhões para 33 milhões de hectares, entre outras atividades. Há ainda uma linha de crédito para florestas comerciais de pinus e eucalipto.
Isso permitiria ao setor agropecuário – um dos que mais aumentaram suas emissões nos últimos 15 anos – expandir a produção e a produtividade, poupando a emissão de 156 milhões de toneladas de CO2 até 2020.
O corte de emissões na agricultura é peça-chave para o Brasil cumprir a meta de reduzir em 36,8% a 38,9% suas emissões em 2020 em relação ao que seria emitido se nada fosse feito.
Dinheiro parado – O ABC tem os juros mais baratos do crédito agrícola brasileiro: 5,5% ao ano, com prazo de pagamento de 12 anos. O dinheiro está disponível desde setembro do ano passado no BNDES e no Banco do Brasil, mas até agora não foi utilizado.
“Não saiu dinheiro algum. Não conheço nenhum agricultor que tenha tomado o recurso”, desabafou Derli Dossa, assessor do Ministério da Agricultura e coordenador do programa, durante uma reunião do Fundo Clima (Fundo Brasileiro sobre Mudança do Clima), há duas semanas, em Brasília.
O BNDES, por meio da assessoria de imprensa, confirmou à Folha que não houve “nenhuma operação” com a verba do ABC – ou seja, os R$ 1 bilhão estão parados.
Segundo o BNDES, os recursos são repassados aos bancos que operam o crédito rural à medida em que são solicitados. Até agora não houve nenhum pedido.
O Banco do Brasil, principal financiador da agricultura e responsável pela liberação de mais R$ 1 bilhão, disse que “ainda está recebendo propostas” e só terá um balanço em dois meses.
Segundo Dossa, uma provável causa do desinteresse dos agricultores é o desconhecimento das linhas de crédito. “Ainda não houve muita divulgação”, afirmou.
Falta divulgação – O ministério atribui a falta de divulgação ao período eleitoral, quando o governo é proibido por lei de contratar campanhas publicitárias.
Para o ministério, outro entrave seriam as regras excessivamente rígidas dos bancos para liberar o dinheiro, e o fato de o BB ter condicionado o financiamento à liberação prévia de 50% da parcela do BNDES.
O secretário nacional de Mudança Climática, Eduardo Assad, mentor do ABC, reconhece o problema. “Precisamos superar essa burocracia”, disse. (Fonte: Claudio Angelo/ Folha.com)

Vamos fazer crescer o movimento agroecológico!


Divulgando...

Car@s amig@s,

Nos dias 25 a 27 de abril de 2011 realizaremos o “Seminário Brasil-Espanha de ensino, pesquisa e extensão em agroecologia e educação ambiental: desafios metodológicos para a transição agroecológica e perspectivas educativas” na UNESP de Botucatu/SP, campus do Lageado. O Evento contará com a presença de palestrantes internacionais e o relato de experiências de 6 estados brasileiros. 

Em breve as inscrições estarão abertas no seguinte endereço:

Saudações Agroecológicas,

Rodrigo Machado Moreira
Diretor do Giramundo
Tel: 014-38146878
Cel: 014-97355805
Skype: rodrigo.machado.moreira

Lançamento do livro "Transgênicos para quem" na UNB (Brasília)



Vamos divulgar...

    Auditório da FAV - Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária
Data: 14 de abril
Horário: 14 hs

Mesa:
Abertura: Joaquim Soriano (NEAD/MDA)
Organizadores do livro: Magda ZANONI E GILLES FERMENT
Membros da CTNBIO: Paulo Kageyama, José Maria Ferraz, Leonardo Melgarejo.
Um professor/pesquisador da UNB;
Autores do livro: Paulo Kageyama, José Maria Ferraz, Leonardo Melgarejo, Magda Zanoni,


Cada lançamento nas diferentes cidades terá 50 posters impressos coloridos. Os livros serão enviados para um  só endereço e a distribuição será prioritária a bibliote4cas, instituições de pesquisa, ensino, sindicatos e movimentos sociqais. Oas livros que restarem podem ser distribuidos por sorteio pois não teremos exmplares  para todos os braileiros!!!!

Mauro Eduardo Del Grossi
mauro.delgrossi@mda.gov.br
61 2020 0003
Assessor
Gabinete
Gabinete do Ministro




Esplanada dos Ministérios, Bloco A - Sala 805 - Ala Norte - 8º Andar - CEP 70054-900