Ilda e Ramon - Sussurros de Liberdade

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domingo, 25 de novembro de 2012

"A UNE desempenha um papel fundamental",

 diz Ariano Suassuna
Do alto dos seus 85 anos, com mais de 60 só de carreira, um dos mais conhecidos defensores da cultura popular brasileira, Ariano Suassuna, se reuniu com a coordenação do CUCA da UNE (União Nacional dos Estudantes) para falar rapidamente sobre o processo atual do Brasil e o tema do maior evento estudantil da América Latina, que acontecerá entre os dias 22 e 26 de janeiro de 2013, em Recife e Olinda.



O encontro se deu em meio à primeira Festa Literária Internacional das Upps (Flupp), no Morro dos Prazeres, Rio de Janeiro, na quarta-feira (14). Durante o bate-papo, Suassuna falou sobre política, cultura popular e sobre a 8ª Bienal da UNE, que, neste ano, aborda um tema que se encaixa como luva em sua trajetória: “A volta da Asa Branca”, em homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga.

Paraibano, formado em direito e filosofia, Ariano Suassuna é dramaturgo, romancista e poeta. Lecionou durante 32 anos na Universidade Federal de Pernambuco e, em 1999, assumiu a cadeira de número 32 da Academia Brasileira de Letras.

“Luiz Gonzaga é um artista popular brasileiro que desempenhou um papel fundamental na renovação da música popular e merece ser reconhecido pela importância da sua cultura”, justificou o “pai” de Chicó e João Grilo, personagens de sua mais célebre obra, o Auto da Compadecida.

Nesta entrevista, o criador de histórias que têm o Nordeste como inspiração, falou como se sente feliz com as comemorações do centenário do nosso sanfoneiro e discorreu sobre a importância da Bienal da UNE para o país. Confira:

Site da UNE: Como recebeu o convite para participar de um evento numa comunidade carioca que acaba de passar por um processo de pacificação?
Ariano Suassuna: É a primeira vez que piso em uma favela carioca. Pela primeira vez, estão vendo, reconhecendo, que nas favelas tem gente ordeira, trabalhadora e que é vítima do crime como todo mundo. Isso me deixa feliz, pois de certa forma estamos libertando o povo brasileiro. Mas, não sou idiota, essa libertação deve ir adiante. Eu não sou nem otimista, nem pessimista. Os otimistas são ingênuos, e os pessimistas, amargos. Eu me considero um realista esperançoso. Sou um homem da esperança. Sonho com o dia em que o sol de Deus vai espalhar justiça pelo mundo todo.

Site da UNE: Como você vê a cultura popular dessas comunidades, principalmente a linguagem popular, sendo você um poeta?
AS: Tem uma coisa que eu quero dizer a respeito da linguagem popular. Eu não concordo com esses escritores que, procurando reproduzir a linguagem popular, deformam a linguagem popular. A linguagem escrita é uma convenção. Por trás dessa deformação existe um preconceito terrível contra o povo. Eu não pronuncio, por exemplo, cadeira, mas falo “cadera”, como todo nordestino. Agora, se precisar escrever aí escrevo cadeira. Eu acho que a transposição literária da linguagem popular tem de alcançar o espírito na linguagem e não a leitura.

Site da UNE: Como você tem observado as comemorações em torno do centenário de nascimento de Luiz Gonzaga?
AS: Muito satisfeito. Luiz Gonzaga é um artista popular brasileiro que desempenhou um papel fundamental na renovação da música popular e merece ser reconhecido pela importância da sua cultura.

Site da UNE: O tema da 8ª Bienal é “A Volta da Asa Branca”, por significar o reverso, acompanhado nos últimos anos, da migração dos nordestinos para os seus estados de origem. Como o senhor avalia esse tema?
AS: Fico muito contente. Se a gente ama o país como um todo, o lugar da gente é a melhor expressão do país para nós.

Site da UNE: Qual a sua opinião da UNE fazer dessa Bienal uma homenagem a Luiz Gonzaga?
AS: É muito bom. É pertinente. Vocês estão prestando mais uma vez uma homenagem a Luiz Gonzaga, que passa a ser uma coisa simbólica, uma coisa do povo, do nordeste pro seu lugar de origem. A UNE desempenha um papel fundamental.

Fonte: Site da UNE

Entenda como Dilma está acabando com a miséria no Brasil

No programa Entrevista Record Atualidade, a ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e do Combate à Fome, faz um balanço impressionante do programa Brasil sem Miséria -- que a Presidenta Dilma lançou no Dia das Mães -- que permite prever que o Governo Dilma cumprirá a meta de erradicar a miséria absoluta ate 2014. Acompanhe a entrevista feita pelo blogueiro Paulo Henrique Amorim. Vídeo no site:

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=29&id_noticia=199164

Segundo a ministra, 687 mil famílias extremamente pobres, antes “invisíveis”, foram localizadas pelo que o Ministério chama de “busca ativa” e incorporadas ao sistema do Bolsa Família.

Com o Brasil sem Miséria e o Brasil Carinhoso, programa para crianças até seis anos, o orçamento total do Bolsa Família chegou em 2012 a R$ 20 bilhões.
O que significa a ninharia de 0,46% do PIB.
Ou seja, o mais invejado programa de intervenção na luta contra a miséria tem, ainda por cima, essa virtude: gasta pouco.
E gasta bem.
Para cada R$ 1,00 investido no conjunto do Bolsa Família -- mostra a Ministra – R$ 1,44 voltam para a economia sob a forma de consumo.
Qual o impacto do Bolsa Família sobre a redistribuição da renda? -- Perguntou o ansioso blogueiro.
Lançado em maio de 2012, o Brasil Carinhoso – que atende 2,7 milhões de crianças que eram miseráveis – já reduziu em 40% a extrema pobreza em crianças até seis anos.
A simples administração de Vitamina A reduziu a mortalidade em 25%.
A renda dos 10% mais pobres no Brasil cresce como a da China, disse Campello.
E um em cada quatro brasileiros está no Bolsa Família.
E como se dá a “porta de saída”? A transição do Bolsa Família para o mercado de trabalho?
A Ministra Campello explicou que uma das saídas mais amplas é o Pronatec, com cursos profissionalizantes no sistema Senai.
Do total, 229 mil pessoas do Bolsa Família frequentam hoje cursos no Pronatec.
No interior, no semi-árido do Nordeste, tem sido fundamental o programa que construiu 111 mil cisternas.
O programa exige que 30% da merenda escolar seja de produtos da própria região.
O que beneficia a agricultura familiar de 129 mil famílias.
Sendo que 114 mil já se beneficiaram com o programa Luz para Todos.

Qual é maior inovação do Bolsa Família?
A Ministra explica que é o Cadastro Único.
São as informações sobre os dezessete milhões de famílias que fazem parte do Bolsa Família (e recebem, na media, R$ 134 por mês), ao longo dos oito anos de existência do programa.
A virtude do Cadastro, a Ministra explica, é que simples, universal e vai direto para a conta da mulher.

Quanto mais simples, funciona melhor.
E todos os estudiosos estrangeiros que tentam copiar a tecnologia do Bolsa Família desejam, sobretudo, replicar o Cadastro.
Os dados do cadastro superpostos aos mapas do Brasil do IBGE é que permitem localizar os “invisíveis” e incorporá-los aos serviços do Bolsa Família.
A meta é erradicar a miséria no Brasil até o fim do governo Dilma.
Já que, diz a Presidenta Dilma, país desenvolvido não tem miséria.

Fonte: Paulo Henrique Amorim

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