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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Como reduzir o risco de desenvolver Doença de Alzheimer?


Resultado de pesquisa ajuda a evitar a doença

Qual é a forma mais eficaz para reduzir o risco de desenvolver Doença de 
 Alzheimer? Um estudo realizado em França procurou analisar diversas 
formas de reduzir o risco de desenvolver a doença e chegou à conclusão 
de que alguns factores ligados aos estilos de vida podem ser particularmente
 eficazes para manter o cérebro saudável.


Como reduzir o risco de desenvolver Doença de Alzheimer?
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Ensino e aprendizagem, comer muitas frutas e 
legumes e evitar a diabetes e depressão 
foram os factores encontrados como tendo um 
maior impacto na redução do risco de Doença de 
Alzheimer.
O estudo analisou 1.433 idosos residentes em 
Montpelier, em França, com idade média de 72 
anos. Todos foram submetidos a testes de memória 
e outros testes depois de dois, quatro e sete 
anos para se procurarem sinais de Doença de 
 Alzheimer e outras formas de demência ou declínio 
cognitivo, ou mesmo alguma forma de perda de memória,
 que muitas vezes acaba por conduzir à Doença de Alzheimer.
A análise estatística dos pacientes, apresentada na revista médica britânica
 BMJ, identificou vários factores particularmente importantes para reduzir o 
 risco de Alzheimer. A educação parece ter o maior impacto na 
prevenção da Doença, conduzindo a uma redução de 18% na incidência 
da Doença de Alzheimer ou declínio cognitivo leve.
Os investigadores concluíram, ainda, que os resultados de um teste de 
leitura destinado a medir a actividade intelectual ao longo da vida e 
exposição cultural, ou aquilo a que os pesquisadores chamam de "inteligência
cristalizada", se apresentam como um bom indicador de protecção 
contra o declínio de memória e outros sintomas da Doença de Alzheimer. 
Continuar sempre a exercer actividades que desenvolvam o 
vocabulário, aumentar a profundidade e a amplitude do conhecimento 
geral, e reforçar a capacidade de raciocinar usando palavras e 
números, são, então, colocados no topo da lista dos factores que podem
ajudar a impedir a perda de memória. "A mensagem de saúde pública
só pode ser para incentivar a alfabetização de todas as idades,  
independentemente da capacidade inata", escrevem os autores.
Tomar medidas para prevenir e tratar a depressão e diabetes, e 
comer mais frutas e verduras demonstrou, também, levar a uma 
redução global de 20 por cento na incidência de Doença de 
Alzheimer nos indivíduos em estudo. Destes, evitar a depressão 
teve o maior impacto, com uma redução de 10 por cento no número 
de novos casos ao longo dos sete anos de análise. A ligação entre 
depressão e Doença de Alzheimer, no entanto, continua a ser 
complexa. A depressão pode ser um sintoma precoce da Doença 
de Alzheimer, ocorrendo anos antes do início da doença. Por 
outro lado, a depressão pode causar mudanças no cérebro que  
aumentam a probabilidade da doença.
O estudo não abordou, no entanto, conclusões sobre outros 
potenciais factores de risco modificáveis, como a hipertensão
arterial, ferimentos na cabeça, ou o facto da pessoa viver 
sozinha, em parte devido à dimensão reduzida da amostra e do 
período de acompanhamento. Contudo, é de ressalvar que estudos 
 anteriores sugeriram já que estes e outros factores podem 
aumentar o risco de desenvolver problemas de memória e Doença 
de Alzheimer.
No entanto, convém frisar que actividades educacionais, evitar 
a depressão e diabetes, e uma dieta rica em frutas e vegetais
 não garante que a pessoa não vai ficar desenvolver a Doença 
de Alzheimer na velhice. Estes são apenas indicadores que ajudam 
a prevenir a Doença.
Os autores recomendam que as pessoas tomem medidas para 
evitar o desenvolvimento da Doença de Alzheimer na velhice. 
Os estudos indicam que o número de casos de doentes de 
Alzheimer deve crescer nas próximas décadas e, este facto 
só será contrariado se tratamentos novos e mais eficazes forem 
encontrados. O número de casos duplicará nos países em 
desenvolvimento entre 2001 e 2020. Deverão aumentar 300 por 
cento em países como aChina, Índia e países do sul da Ásia e 
Pacífico ocidental. Dado o peso crescente da Doença de 
Alzheimer em todas as sociedades, torna-se cada vez mais importante 
e vital que os Governos criem estratégias eficazes para tratar e prevenir a Doença.

Fonte: K Ritchie, I Carrière, C W Ritchie, C Berr, S Artero, and M-L Ancelin:
 “Designing prevention programmes to reduce incidence of dementia: 
prospective cohort study of modifiable risk factors.” BMJ 2010;341:c3885, 
doi: 10.1136/bmj.c3885 (Publicado em 5 de Agosto de 2010)
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