Ilda e Ramon - Sussurros de Liberdade

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Um mimo para os leitores do blog:


Autobiografia 

Guilherme Cintra Januário

Antes de prosseguirmos,
permita-me apresentar
quem um dia será meu maior amor.
A caneta me escreve Guilherme;
neste mundo, dezessete anos,
quatorze de escola,
muito longe do verdadeiro saber,
e apenas dois de papel, caneta e sentimento.
Sou filho das Minas,
as mesmas que nos deram Rosa e Drummond;
as mesmas onde, numa esquina,
homens provaram aos homens que são deuses;
as minas que carregam em suas vestes
a liberdade, ainda que tardia.
Sou também filho do Brasil,
o país onde, na falta de comida,
come-se arte.
A nação com cinco séculos de lágrimas
e sonhos abortados.
Mas antes de tudo, sou filho da Terra,
a mesma que tanto sugamos
e tanto amamos,
a mesma que me deu a serra.
Nasci sob um sol de Áries,
filho de sangue ariano.
Nasci do fogo e ao nada retornarei,
deixando apenas um rastro de calor
e a memória da existência.
Como insistem meus donos,
sou menino e nada sei,
nada amei.
Mas isto não me impede buscar a ignorãnça,
e cometer a sóbria insanidade
que é amar.
Sou aprendiz de poeta
logo, de homem, deus e amor
Sou poeta sem traços, sem rosto,
mas em busca de identidade,
da eterna musa,
da música.
Guilherme Cintra Januário. Vida em Poesia.

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