Ilda e Ramon - Sussurros de Liberdade

Ilda e Ramon - Sussurros de Liberdade
Clic sobre o livro (download gratuito). LEIA E DÊ SUA OPINIÃO

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Salve Senador Suplicy!


Suplicy pede para Renan desistir de candidatura

Senador petista enviou nota ao candidato favorito à presidência do Senado. Ele quer que o peemedebista deixe a corrida em favor de Pedro Simon (PMDB-RS), um dos independentes da Casa


Em 2009, Suplicy subiu à tribuna e deu um cartão vermelho a Sarney. Hoje, mandou nota
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu nesta segunda-feira (28) para Renan Calheiros (PMDB-AL) desistir da candidatura à presidência do Senado. Em nota enviada ao peemedebista e aos colegas de Casa, Suplicy sugeriu que o candidato do partido fosse Pedro Simon (PMDB-RS), o único “capaz de obter o consenso entusiástico e praticamente unânime de todos os demais 80 senadores”. Leia tudo sobre a eleição na mesa
De acordo com a nota emitida por Suplicy, é preciso haver um tempo até todas as denúncias contra Renan serem esclarecidas. No sábado, o Congresso em Foco mostrou que o procurador Geral da República, Roberto Gurgel, denunciou o peemedebista no caso das notas dos “bois de Alagoas”, derivado das suspeitas de ter despesas particulares pagas por um lobista de empreiteira após o parlamentar ter um filho com a jornalista Mônica Veloso.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Graves acusações à sen. Kátia Abreu

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Cepal: Temos muito o que aprender com Cuba na Celac

A secretária executiva da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal) assegurou, nesta quarta-feira (23), que Cuba tem muito o que ensinar aos países da região para combater as desigualdades e romper os círculos viciosos da pobreza.



Em entrevista exclusiva para a Prensa Latina, a secretária das Nações Unidas qualificou como muito positivo o fato de que a ilha assuma, no dia 28 de janeiro, a presidência da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), até o momento presidida pelo Chile, na primeira reunião do fórum regional, fundado em dezembro de 2011 em Caracas.

Anunciou que em fevereiro visitará o país caribenho, a fim de pôr à disposição do governo cubano em sua presidência da Celac toda a capacidade da Cepal.

"Queremos que Cuba, como presidência rotativa em 2013 e possivelmente início de 2014, saiba que conta com a Cepal para tudo o que precise, de estudos, de trabalho, de respaldo em todo sentido, para dar toda nossa experiência a este processo de integração", afirmou.

Na opinião de Bárcena, com a Celac se está conseguindo uma aspiração longamente demandada pela própria Cepal, e considera que hoje em dia, esse é um sonho que está se tornando realidade, daí que lhe interessa acompanhar a liderança da ilha.

A especialista das Nações Unidas recordou que durante o ano em que o Chile presidiu a Celac foi dado ênfase no tema dos investimentos econômicos, financeiros, importantes para o desenvolvimento.

E com "Cuba, vai permitir-nos abordar os temas do investimento social, de ver a importância da educação como a grande ponte para combater desigualdades e romper os círculos viciosos de pobreza", enfatizou, convencida de que a educação será um tema que vai ser abordado com muita força.

E relacionado a isso, estimou que outra temática à qual a ilha dará especial atenção na próxima etapa serão as experiências da América Latina e do Caribe para tentar tirar da pobreza mais de 57 milhões de pessoas e zelar pelo futuro destas.

"Ao sair da pobreza, como as sustentamos fora da pobreza? Isso só vai ser conseguido se formos capazes de transformar a estrutura produtiva", reflexionou.

A mexicana Alicia Bárcena recordou que Cuba é um dos países que está fazendo uma mudança estrutural profunda e, portanto, tem muito o que dizer sobre o que significa propiciar uma mudança estrutural do tamanho e da magnitude da que está levando adiante.

"Acho que o resto da região sabe pouco dos avanços de Cuba e dos problemas e desafios que enfrenta para fazer a mudança estrutural da produtividade, (...) de conseguir que os trabalhadores do Estado vão a áreas rentáveis, mas sem perder de vista que o horizonte segue sendo a igualdade e que isso não é negocial", destacou.

Segundo a máxima diretora da Cepal, a América Latina tem feito da igualdade um de seus principais paradigmas, portanto há muito que aprender de Cuba.

"Inclusive devo citar uma frase que me impactou muito, do presidente Raúl Castro, quando disse que em Cuba não estava sendo propiciado o igualitarismo, mas sim a igualdade. E isso me encanta, porque se trata de promover o mérito, mas sempre com base em uma cidadania que tem direitos, os quais são irrenunciáveis, que há um princípio último, ético, e esse é o princípio da igualdade", comentou.

Nesse sentido assinalou que ter a igualdade como horizonte, a mudança estrutural como caminho e a política como instrumento é algo que prepara a região para entrar nesse desafio.

"Cada país tem modelos diferentes e, portanto, há uma grande diversidade de estratégias de desenvolvimento, mas eu acho que há um intercâmbio muito positivo que deve ser acontecer para atingir níveis de igualdade como existem em Cuba, em educação, em saúde", acrescentou.

E por outro lado, sugeriu que quiçá a ilha também requer de experiências da região para melhorar seus índices de produtividade no campo, na cidade, na indústria. "Acho que estamos diante de um prospecto importantíssimo de relacionamento entre nós", disse.

Ao respeito, fez questão de não esquecer que a América Latina e o Caribe é uma região rica em matéria-prima, em pessoas, em conhecimento e, portanto, está certa em olhar para fora, mas é bom olhar também para dentro e ver que muito pode ser conseguido, para um pouco construir a própria resiliência social, econômica, financeira, de maneira regional.

Mais de 50 anos de bloqueio estadunidense contra Cuba

A secretária executiva da Cepal recordou que o organismo que dirige é um dos que envia relatórios à Assembleia Geral das Nações Unidas para que se entenda qual tem sido o impacto econômico e social do bloqueio contra Cuba e seu povo.

"Acreditamos que há necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro. E já são 20 anos de votos consecutivos da Assembleia Geral e esperamos que isto seja escutado plenamente, porque isso vai permitir a Cuba uma inserção total na economia mundial", exclamou.

Bárcena afirmou que essa política hostil ignora as noções de igualdade soberana dos Estados e de não intervenção e não ingerência.

"De por si, Cuba tem feito grandes avanços neste período, talvez e até em certa medida, incentivada pelo próprio bloqueio, o qual é injusto, porque é o povo quem tem pago pelas consequências", considerou.

O dano econômico ocasionado ao povo cubano pela aplicação do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba até dezembro de 2011, considerando a depreciação do dólar frente ao valor do ouro no mercado internacional, ascende a 1,66 trilhão de dólares.

Objetivos da visita a Cuba

Além de pôr à disposição das autoridades cubanas a capacidade da Cepal na nova presidência pró témpore da Celac, em sua visita à ilha, Bárcena participará da celebração dos 50 anos de planejamento em Cuba, que coincidem com os 50 anos da criação do Instituto Latino-americano de Planejamento Econômico e Social (Ilpes).

"Em Cuba vamos lançar um processo importantíssimo agora em fevereiro, de consultas a todos os países e que vai culminar no Brasil em novembro de 2013", já que o gigante sul-americano ocupa a presidência do órgão regional do Conselho de Planejamento Regional (CPR).

Bárcena disse que em novembro de 2012 se reuniu com a ministra de Planejamento e Orçamento do Brasil, Miriam Belchior, e que foi acordado um processo que coincide com o que será lançado a partir de Cuba.

"Porque acreditamos que o planejamento está de volta, planificar é governar. Quem não planifica não governa. E, portanto, não é somente celebrar os 50 anos de Planejamento em Cuba, mas sim que recobremos o Planejamento na América Latina e no Caribe", expressou.

A campanha que se iniciará em Cuba continuará na Guatemala, Equador, México e outros países, até culminar no Brasil em novembro de 2013, com um relançamento do Ilpes, como um órgão de coesão, de acordo regional.

O projeto implica trocar experiências, lições e ver no futuro como se comporta o processo do planejamento, do ordenamento orçamental, do território.

"Hoje em dia, demonstrou-se que planificar tem muito a ver com ter uma visão estratégica de médio e longo prazo", manifestou Bárcena. A visita da secretária a Cuba também está dirigida a preparar a agenda bilateral com o organismo que dirige.

"A mim interessa acompanhar o processo de mudança de Cuba, nos parece que a Cepal é um organismo que tem a responsabilidade histórica de acompanhar Cuba neste processo tão importante de mudança, e precisamente estamos aí, a serviço de Cuba, para poder apoiar essa mudança estrutural tão complicada e tão importante que o país está vivendo", explicou.

É de seu interesse aproximar os vínculos com o Escritório Nacional de Estatísticas, com o qual a Cepal tem uma grande relação. "Para mim, repensar nossa relação bilateral Cepal-Cuba sempre é importantíssima e estamos aí para apoio a qualquer coisa que seja importante para Cuba neste ano", reiterou.

Além disso, expressou que seria importante fomentar a decisão da Cepal de propiciar a participação de especialistas cubanos nos seminários que habitualmente acontecem na sede deste organismo das Nações Unidas, em Santiago do Chile.

"Parece-nos sumamente importante que sempre tenhamos uma representação de Cuba em tudo o que a Cepal faz na região", concluiu.

Fonte: Prensa Latina (Nossa fonte: Vermelho)

domingo, 20 de janeiro de 2013

Castanha portuguesa: o difícil caminho do ouriço ao paladar


Dona Pandá anda revoltada com as agruras da produção agrícola. É claro que ela se refere ao pequeno produtor, geralmente familiar. Além de toda a dificuldade no seu trabalho – falta de seguro, crédito, assistência técnica, canais eficientes de comercialização, rentabilidade – ainda as condições climáticas nem sempre são favoráveis. Ontem, nossa amiga ficou muito brava ao ouvir alguém reclamar dos preços da feira. Foi logo perguntando se  a pessoa sabia o trabalho que havia para um pé de alface chegar à sua bela mesa. Depois, mais calma, acabou explicando  até com bom humor a formação do tal preço: impostos, transporte, intermediários, custos propriamente da produção.

Conseguiu deixar claro o quanto o produtor é sacrificado e mal remunerado. O feirante também ajudou a defender o produtor na medida em que precisava justificar sua tabela.

O resultado desse pequeno incidente é que Dona Pandá quer mostrar seu próprio sofrimento para conseguir colocar na boca a deliciosa castanha portuguesa.


Esta árvore frondosa, bonita e generosa demanda um bocado de anos para ter este porte e nos oferecer, uma vez por ano, seu fruto. Quando os esquilinhos começam a se mostrar, é sinal de que as castanhas estão próximas do ponto de colheita. Aí, com muito cuidado para não escorregar, já que é também tempo das águas que deixam o terreno mais propício ao tombo, Dona Pandá vai catar as castanhas. 

Ora, ora ela está me dizendo que pulei várias etapas. Antes de ir para debaixo da castanheira, Dona Pandá se preparou. Calçou uma bota com sola de borracha e luvas grossas. Buscou, na cozinha, um garfo de cabo longo e duas bacias, uma grande e outra menor. Passou pela caixa de ferramentas e pegou um alicate de ponta fina e uma chave de fenda. Com as ferramentas dentro da bacia, pode, com a outra mão, carregar um pequeno tamborete. Agora, sim, ela foi para debaixo da árvore.


A castanha fica dentro de um ouriço, cujos espinhos são maldosos, espertos e traiçoeiros. Qualquer descuido, eles se enfiam em suas mãos, braços, ou qualquer lugar que der moleza. Este é o motivo de toda a parafernália dentro da bacia. Como as castanhas  com seus ouriços tomam muito espaço, a opção é recolher do chão algumas castanhas, encher a bacia e se sentar no tamborete para retirar os ouriços. Estes ficam na bacia grande até Dona Pandá terminar aquela porção colhida. Em seguida, coloca os ouriços ao pé da castanheira e recomeça a catação.

Com as castanhas livres dos seus espinhos, é hora de lavar as mãos e braços, passar nesses pobres membros uma tintura de calêndula, aguentando o ardume onde os espinhos foram mais ágeis que a dona das mãos. Até com a luva grossa eles conseguem aporrinhar a catadora de castanha.

A próxima etapa é lavar as castanhas, tirar um pedacinho de cada uma e colocá-las na panela de pressão. Após uns 40 minutos, dependendo da quantidade, estão prontas para a degustação que pode ser acompanhada de um bom vinho branco..

Fica, aqui,  um pedido: se alguém conhece uma boa receita de marron glacê, Dona Pandá agradeceria  seu envio, marron glacê pasta, não em caldas

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Salve Bezerra da Silva, o Malandro Maior

 Malandro: há 8 anos morria Bezerra da Silva

Há oito anos morria o cantor Bezerra da Silva, vítima de uma parada cardíaca. Considerado uma espécie de embaixador de morros e favelas do Rio de Janeiro, seus sambas retratavam as angústias e dificuldades enfrentadas pela classe trabalhadora de todo o país.

José Bezerra da Silva nasceu em Recife (PE), a 23 de fevereiro de 1927. Veio para o Rio de Janeiro aos 15 anos fugindo da fome e apenas com a roupa do corpo.

Iniciado na música pelo coco de Jackson do Pandeiro, começou, em 1950, sua carreira como ritmista na Rádio Clube —tocava tamborim, surdo e instrumentos de percussão em geral. Suas primeiras composições, "O Preguiçoso" e "Meu Veneno", foram gravadas por Jackson. Seu primeiro disco —um compacto— foi gravado, em 1969, pela Copacabana.

Ícone do chamado “Sambandido”, e admirado por astros da música pop como Frejat, O Rappa e Marcelo D2, Bezerra Da Silva fez sucesso interpretando músicas como “Malandragem dá um tempo” e “Malandro é Malandro e Mané É Mané”. No final de 2001, tornou-se evangélico, e segundo a sua mulher, ele se preparava para gravar um CD com músicas religiosas ainda este ano.

Perguntado certa vez se achava que brancos não sabiam fazer samba respondeu: "isso é uma mentira, uma discriminação boba. Tudo depende da veia poética do sujeito. Você já imaginou se Deus deixasse eu fazer eu do jeito que quero, com a cuca que tenho? Eu seria verde, todo bonito. Ninguém ia ser igual a mim. Eu seria um sucesso, o cabelo de ouro, ia ser tudo comigo. Mas me fizeram um crioulo esquisito. Essa história de que branco não faz samba é mentira. E também tem crioulo que não faz samba. Artista nasce em qualquer lugar".

Bezerra da Silva morreu às vésperas de completar 78 anos. Antes de se tornar compositor e cantor, teve várias profissões e por cerca de sete anos chegou a morar nas ruas do Rio de Janeiro.

Nossa fonte: Vermelho Ouça especial produzido pela Rádio Vermelho:
Programa Partido Cultural

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O plantador de árvores


Ele plantava árvores e me dizia:
 - Para de plantar árvores senão a chácara vai ficar sem Sol.
Cada vez que eu ia vê-lo em Belo Horizonte, ele havia feito algumas mudas de frutíferas que embalava de forma sempre muito criativa para que não sofressem com a viagem dos 600 km. Na última vez, quando lhe telefonei falando da minha ida de avião, senti um quezinho de irritação em sua voz ao me perguntar:
 - Você não vem com a Preta (caminhonete)?

 Descobri, logo que lá cheguei, o porquê do tom: as mudinhas estavam esperando uma carona para o seu destino: a Chácara Xury. Quando de minha despedida, ele não se deu o trabalho de discutir, embalou apenas três e não as seis que preparara e como recusar o presente? Era mais fácil deixar a mala.

No começo dos tempos da Chácara Xury, ele, acompanhado de sua companheira, vinha ajudar a transformar o terreno cheio de mato em  pomar, horta e jardim. Falava da falta de Sol e, dominado pela sina de plantador, de cada fruta que comia nascia uma árvore. Colhia as sementes, preparava as mudas, carregava-as das Gerais, nos ônibus, até seu destino, cavava a terra, plantava as mudinhas e lhes passava a energia da vida. Plantou manga, jabuticaba, lichia, cabeludinha, abacate, laranja, uvaia e ainda muitas outras.

Ele se foi. Deixou, em cada pedaço da Chácara, sua energia. Ando por aí e ele comigo. Durante muito tempo, depois de um passeio pelo pomar, vinha para o telefone querendo sua orientação  para algum problema e sofria um soco no coração ao perceber que não podia mais lhe telefonar.

 Eu ficara órfã.

Agora, não mais me engano, não mais pego o telefone, não preciso. Minha conversa é direta. Andamos juntos pela chácara. Examinamos juntos cada planta. Sentimos a alegria do despertar de cada flor. Sofremos juntos ao ver a jabuticabeira adoecer e se definhar sem aceitar o socorro que tentamos lhe dar.

Hoje, a alegria veio grande. Ao passar pela lichia – ele a plantou, trazendo a semente do sítio Catita, há mais de 10 anos – vi as primeiras frutas, lá bem no alto. Poucas, mas lindas no seu colorido, deliciosas no seu sabor delicado. Colhi cada lichia sentindo a presença dele como se sua mão me entregasse a fruta. 


Vim para a casa, me sentei na varanda olhando para a matinha lá mais distante, para o jardim bem perto e comecei a chupar as lichias. Sua energia encosta em mim quando as saboreio. Faço de conta que ele também se delicia com as frutas que plantou para mim. Minhas lágrimas são de saudade e da certeza de ter sido uma filha muito amada por um pai que foi plantador de árvore e de vida.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Teste: verdades e mitos sobre sexo

Dona Pandá estava procurando, nos seus alfarrábios(1), receitas de repelentes naturais quando deu de cara com um teste curioso e resolveu fazer uma brincadeirinha com seus leitores. Ela me mandou transcrever o que a revista Saúde (Ano 7, nº 7 de 1990 da Editora Azul) publicou. Então, você é bem informado sobre esse assunto tão delicado e gostoso?

Segundo a nossa fonte, se você acertar de sete a 10 questões, sua nota será 10; de quatro a sete, terá alcançado a nota 70 e abaixo de quatro, você não sabe nada sobre sexo. Cuide-se. (Não vale olhar as respostas antes do térmico do teste). Seja honesto (a) e lembre-se: a curiosidade matou o gato (até parece que só o gato ...)

1. Café aumenta o risco de esterilidade: verdadeiro---falso---

2. No homem o odor tem grande poder erótico: v---f---

3. Os alimentos apimentados influenciam a ereção: v---f---

4. Os sonhos eróticos provocam reações sexuais: v---f---

5. O segredo do prazer feminino se resume em localizar o ponto G: v---f---

6. É ruim a mulher fingir orgasmo: v---f---

7. Alguns cremes dermatológicos são contra indicados a grávidas: v---f---

8. Nas mulheres, a cirurgia dos órgãos genitais, sobretudo o útero, não interfere na vida sexual: v---f---

9. Não são aconselháveis relações sexuais antes de provas esportivas ou grandes esforços físicos: v---f---

10. Cardíacos não devem ter relações sexuais: v---f---



Lá vão as respostas
1. Falso. Parece que essa crença originou da afirmação de alguns médicos norte-americanos que chegaram a afirmar que a cafeína diminuía a fertilidade nas mulheres, mas outros da mesma origem salvaram a pátria (deles) e comprovaram que não. Dona Pandá não conseguiu saber se a indústria cafeeira teve algum desembolso nas últimas pesquisas, mas como ela confia nos médicos ainda que com tal origem, ela acha que, de fato, a resposta é f.

2. Verdadeiro. “A explicação é fisiológica. Nosso aparelho olfativo tem relação estreita com o sistema límbico – parte do cérebro que age na memória -. Essa estrutura transmite informações através de neurotransmissores a outros centros nervosos, inclusive aqueles que influenciam o comportamento amoroso. Sensibilizadas, as glândulas apócrinas presentes na superfície da pele segregam esteroides, cuja estrutura é semelhante ao hormônio masculino ou feminino”. Dona Pandá não ousa discordar da fonte, mas que isto acontece com os animais ela tem inúmeras provas. Lembra-se, por exemplo, do aperto passado quando de um passeio a cavalo (o animal era um garanhão) e, sem saber, ela se aproximou cerca de meio quilômetro do pasto das éguas. Ah! Dona Pandá, vamos deixar esse caso para outra vez e vamos voltar ao resultado do teste.

3. Falso. Não só a pimenta, como diversas especiarias foram consideradas por muito tempo como afrodisíacas. A justificativa seria a relação entre o prazer oral, o sexo - os dois bastante sensuais – e o sabor exótico dos temperos. Pode usar como uma boa motivação, mas nada foi provado. Como no amor e no sexo, a imaginação criativa nunca fez mal...

4. Falso. Basta prestar atenção quando acordar depois de um sonho erótico.

5. Falso. Falsíssimo. Dona panda acha que esta questão é meio imbecil, mas nossa fonte diz: “Situado na parte superior da vagina (o ponto G), é uma zona erógena bastante irrigada, com terminais nervosos e rica em fibras elásticas. Mas não é essencial ao orgasmo feminino”.

6. Falso. ““Forçar” o prazer pode ajudar a mulher a “liberar-se”. Alguns psicólogos recomendam a cena para quem tende a se bloquear. Outros a criticam”. Dona Pandá grita logo: só se a “cena for combinada”, pois fingir não está com nada.

7. Verdadeiro. “Produtos que contêm cortisona, antisséptico iodado e algumas substâncias à base de crotaminol e retinol são desaconselháveis a gestantes. Segundo o dermatologista Abraão Totberg, de São Paulo, a absorção epidérmica pode trazer problemas fetais”.

8. Verdadeiro. Operações genitais (por exemplo, a retiradas de ovários) podem levar à suspensão da menstruação e mudança na vagina, todavia nada disto significa o final da vida sexual e do seu prazer.

9. Falso. Pode acontecer eventuais desentendimentos amorosos que levariam ao prejuízo da concentração. Motivo de os treinadores preferirem que os jogadores não tenham relações amorosas às vésperas de um grande jogo.

10. Falso. O ato sexual não é tão exigente em esforços físicos como os de competições esportivas. No entanto, emoções fortes, estresse, medo e sedentarismo são contraindicados. O ambiente amoroso é favorável ao cardíaco. Dona Pandá dá outro grito: a todos nós!

Quando o moralismo esconde a lei

Paulo Moreira Leite
http://colunas.revistaepoca.globo.com/paulomoreiraleite/2013/01/06/moralismo-ajuda-a-esconder-a-lei/

Os ataques a José Genoíno chegaram a um ponto escandaloso e inaceitável.

Vários observadores se colocam no direito de fazer uma distinção curiosa. Dizem que a decisão de Genoíno em assumir o mandato para o qual foi eleito por 92 000 votos pode ser legal mas é imoral.

Me desculpem. Mas é uma postura de ditadorzinho, que leva a situações perigosas e inspira atos violentos. Também permite decisões arbitrárias e seletivas. Pelo argumento moral, procura-se questionar direitos que a lei oferece a toda pessoa. Isso é imoral.

Não surpreende que essa visão tenha produzido grandes tragédias, na história e na vida cotidiana.

Isso porque os valores morais podem variar de uma pessoa para outra mas a lei precisa valer para todos.

Você pode achar que aquele livro sobre não sei quantos tons de cinza é uma obra imoral mas não pode querer que seja proibido por causa disso. Por que? Porque a Lei garante a liberdade de expressão como um valor absoluto.

Para ficar num exemplo que todos lembram. Os estudantes de uma faculdade paulista que agrediram e humilharam uma aluna que foi às aulas de mini saia muito mini também se achavam no direito de condenar o que era legal mas lhes parecia imoral. Vergonhoso. Isso sempre acontece quando se pretende dizer que o moral precisa ser o legal.

Para começar, quem acha muita imoralidade da parte de Genoíno deveria olhar para o lado em vez de exagerar na indignação.

Em seis Estados brasileiros o Superior Tribunal de Justiça, a segunda mais alta corte do país, tenta licença para processar governadores e não consegue avançar na investigação. Não consegue nem apurar as acusações que o STJ considera sérias.

Por que? Porque as Assembleias Legislativas não autorizam. Curiosidade: não há ”petistas aparelhados” envolvidos. Entre os 6 governadores, cinco são tucanos e um é do PMDB. Quantos são imorais nesse time? E os ilegais? Vai saber.

O que está em jogo, nos Estados? O princípio do artigo 55 da Constituição, aquele que reserva ao Congresso o direito de decidir pela cassação (ou não) de deputados e senadores. São os representantes eleitos que podem cassar os representantes do povo – e apenas eles.

Mas é curioso que ninguém fala em imoralidade neste caso.

Pergunto: cadê o abaixo assinado, uma denúncia contra “esse políticos” ? Cadê as marchadeiras de botox e cabelo tingido? Onde ficaram nossos moralistas de punho cerrado? Onde estão os cronistas do cronstragimento, os marqueteiros da “imagem” dos políticos?

Será que voltamos (ou nunca saímos?) à lógica dos dois mensalões, o do PT e o do PSDB-MG?

A Constituição reconhece os três poderes e não reconhece, de forma alguma, qualquer hierarquia entre eles.

E aí cabe a pergunta: se as Assembleias Legislativas podem impedir a abertura de uma investigação sobre governadores, por que o Congresso não tem o direito de decidir, como manda a Constituição, o destino de quatro deputados? Há uma diferença de princípio, uma visão de mundo?

Ou é a velha paróquia política do país ?

No caso dos governadores e deputados, a preferência é tão descarada que nem se abre uma investigação. Não vamos julgar e depois absolver. Não. Nem se começa o jogo. Não custa recordar de novo. A Lei diz que o mandato de um deputado só pode ser cassado por decisão do Congresso. Não é interpretação. Não é princípio genérico.

É texto da lei. É tão claro como dizer que o Brasil não pode fabricar bomba atômica. Ou que o racismo é crime e é inafiançável. Ou que a licença-maternidade deve durar quatro meses.

O jurista Pedro Serrano, especialista em Direito Constitucional, disse aqui mesmo neste blogue que essa prerrogativa é um dos elementos básicos da separação entre os poderes, definição que separa a República da Monarquia.

Embora diversos ministros do Supremo tenham feito elogios demorados à Constituição do Império – entre outros traços típicos, ela tratava os escravos como coisas – desde 1899 o país vive sob um regime republicano. O retorno à monarquia foi derrotado em plebiscito, junto com o parlamentarismo, lembra?

Teve gente que levou os descendentes de Pedro II e da Princesa Isabel para percorrer o país, na esperança de que algum fantasma do passado contribuísse para melhorar o marketing eleitoral da monarquia.

Mas o Supremo considerou por 5 votos a 4 que tem o direito de cassar os mandatos dos deputados condenados pelo mensalão. Muitos juristas – os mesmos que os donos da moral de hoje costumam ouvir quando lhes interessa — consideram que foi uma decisão que atravessou essa divisão entre poderes.

Num plenário que em situações normais inclui onze votos, cinco ministros acharam-se no direito de questionar um artigo explícito da Lei Maior. Quatro ficaram contra essa decisão.

Em qualquer caso, não custa lembrar que, como está estabelecido, a Constituição só pode ser modificada por uma emenda constitucional, com o voto de dois terços – e não maioria simples – dos parlamentares, que são os representantes eleitos do povo. Não é debate moral. É determinação legal.

Por que ela diz isso? Porque esse artigo 55 é coerente com o artigo 1, aquele que diz que “todo poder emana do povo, que o exerce através de seus representantes eleitos.”

Uma decisão do Supremo deve ser cumprida e tem força de lei, diz o Ministro da Justiça.

Mas o que se faz quando, por 5 votos a 4, se estabelece uma diferença clamorosa, uma contradição com a própria Constituição?

Não é possível ser simplório nem empregar argumentos de autoridade. A menos, claro, que se pretenda criar um novo tipo de autoritarismo.Durante o Estado Novo, o Supremo autorizou que a militante comunista Olga Benário fosse enviada para a morte num campo de concentração nazista.

Seria imoral e ilegal tentar impedir a entrega de Olga Benário por todos os meios e recursos que poderiam preservar sua vida, sua dignidade e mesmo a filha que levava em seu ventre, vamos combinar.

Em 1964, o Supremo aceitou a tese de que a presidência da República ficara vaga depois que Jango deixou o país e deu posse à ditadura militar. Legal? Moral? Ou ilegal e imoral?

Em 2010, o Supremo decidiu por 7 votos a 2, que só o Congresso poderia modificar a Lei de Anistia. Com isso, as investigações sobre torturas e execuções perderam uma base legal importante.

Pergunto: vamos proibir os jovens que denunciam torturadores nas operações esculacho, e não se rendem a uma decisão que – sem entrar no debate se correta ou não – envolve uma opção pela impunidade?

Vamos chamar a PM para dar porrada? (Quando ela não estiver perseguindo estudantes que portam maconha, o que lei diz que é legal em certa quantidade mas que muita gente considera imoral e por isso aprova todo tipo de repressão, até sem base legal).

Mais ainda. Vamos silenciar procuradores que, teimosamente, ainda procuram brechas para colocar os responsáveis por crimes contra a humanidade na cadeia, lembrando que a Constituição diz que a tortura não é passível de anistia ou graça?

Os 7 a 2 do Supremo deveriam garantir que esses garotos exemplares fossem silenciados para sempre?

Queremos a Submissão à autoridade, título de um livro antológico sobre técnicas de tortura?

Colocar a questão moral à frente da legal só ajuda a despolitizar um debate, a encobrir questões sérias e a impedir uma avaliação consciente do que está em jogo. No saldo, quem perde é a democracia.

Quando Genoíno se diz com a “consciência limpa dos inocentes” deveríamos dedicar alguns minutos de reflexão ao assunto.

Você pode, com base naquilo que viu e ouviu nas 53 sessões do julgamento, achar que ele é mesmo culpado e deveria renunciar ao mandato que recebeu.

Mas você poderia pensar o contrário.

A grande acusação é que ele assinou “empréstimos fraudulentos” que alimentaram o esquema, certo? Podemos ouvir isso todo dia, nos comentários de sabichões que frequentam o rádio e a TV.

Mas: veja só. A própria Polícia Federal, que investigou o caso e as contas do mensalão, concluiu que os empréstimos não eram uma fraude. Em seu relatório, a PF diz que os empréstimos foram verdadeiros, implicaram na remessa de dinheiro do Banco Real para o PT. A Justiça, mais tarde, supervisionou um acordo para o pagamento do empréstimo. Era ilegal? Era imoral? Ou o que?

Em todo caso, se era ilegal, pergunta-se: o que aconteceu com a turma do Banco Central que deveria fiscalizar essas coisas?

O que houve com quem referendou o acordo? Alguém foi punido por ser ilegal? Ou não se julgou moralmente conveniente?

Muitos ministros condenaram Genoíno porque “não era plausível” que ele “não soubesse” do que eles dizem sobre o que seria o “maior escândalo da história.” Uniram o papel político óbvio de Genoíno no governo Lula com um esquema financeiro, sem conseguir provar seu envolvimento direto na “compra de votos” no Congresso. Não conseguiram apontar, sequer, qual projeto foi aprovado em troca de dinheiro.

Enquanto não se provar que Genoíno cometeu uma ilegalidade, estamos, mais uma vez, numa visão moral de uma pessoa, num julgamento que envolve a atribuição de atitudes e valores, mas não consegue reunir provas robustas – indispensáveis no direito penal — para sustentar o que diz.

O que é imoral, neste caso?
Embora o Supremo tenha condenado Genoíno, a lei dá ao deputado o direito de aguardar pelo exame de todos os recursos antes de considerar que o caso está encerrado. Junto com a liberdade, é a história de uma vida que está em jogo.

Ao contrário do que se poderia julgar do ponto de vista moral, ele tem o dever de resistir. A lei não lhe dá essa possibilidade por acaso. O necessário, para o esclarecimento de qualquer dúvida, de qualquer ponto de vista, é que que ele entre com seus recursos, que eles sejam ouvidos, examinados e conhecidos por todos. E a melhor forma de fazer isso é preservando seu mandato.
Vou adorar ouvir seus argumentos, na tribuna da Câmara. E vou adorar ouvir os argumentos contrários.

Será uma grande novidade. Em sete anos de investigações, o mensalão transformou-se no discurso de um lado só, uma única voz, uma única verdade. Cada advogado de defesa teve direito a um discurso de duas horas num julgamento que durou cinco meses. Isso impediu que dúvidas importantes, sobre Genoíno e sobre o mensalão, fossem discutidas e resolvidas. Nenhuma auditoria provou que os recursos usados pelo esquema do PT foram extraídos do Banco do Brasil. Não há sinal de desvio na Visanet, empresa que fazia os pagamentos para as agências de Marcos Valério. Ou seja: verdades que pareciam evidentes em 2005 teriam de ser examinadas, revistas e explicadas em 2012. Ou corrigidas, ou retiradas.

É por isso que o Congresso tem razão em debater suas prerrogativas e nossos moralistas de plantão erram quando tratam Marco Maia e seu provavel sucessor, Henrique Alves,como criadores de caso, encrenqueiros que jogam para a platéia. Se o artigo 55 não foi abolido – o que só os parlamentares tem o direito de fazer – é mais do que razoável que sua aplicação seja discutida. Um pouquinho de história, para quem tem a memória selecionada. A cronologia diz tudo neste caso. Ao longo de 7 anos de mensalão Congresso não moveu um dedo mínimo para atrapalhar a investigação. Tampouco cometeu qualquer gesto em direção ao STF que pudesse ser interpretado como ação indevida. Ficou silencioso em seu canto, respeitoso das atribuições de cada um. E é natural que queira ser respeitado, agora.

O ministro que decidiu a votação por 5 a 4 teve um voto oposto, em situação muito parecida.
Juízes não são obrigados a votar de modo idêntico a vida inteira.
Mas a democracia é um regime coerente.
Por isso a Constituição diz que o povo exerce o poder através de seus representantes eleitos. Esta frase não é enfeite, certo? O voto da maioria da população é o começo e o fim de tudo

.


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Acusações a Lula podem ter sido manipuladas

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Suco Luz do Sol

Como Fazer um Suco de Luz do Sol em Casa



A vida é demasiadamente curta e sempre procuramos ter mais tempo para trabalhar ou fazer outras atividades cotidianas. Nessa busca de ganhar tempo acabamos por cair nas garras dos Fast Foods, comidas processadas, lanches, salgadinhos, bolachas, etc. Mas é comprovado que ganhamos alguns minutos fazendo estas refeições rápidas, mas com um preço muito alto, a nossa saúde a longo prazo fica comprometida e o tempo ganho hoje nós é tirado em nosso tempo de vida.

Hoje vou dar uma receita bem legal, um suco vivo, ou Suco Verde com Clorofila. No começo tem um sabor diferente mas com o tempo podemos acostumar com o gosto. A receita pode ser variada de acordo com o gosto da pessoa, muitos colocam alguns outros ingredientes como pó de sementes de linhaça, quínua, soja etc..

Suco de Luz do Sol

A pergunta mais comum é que sementes usar para o Suco de Luz do Sol? Nós podemos usar qualquer semente e grãos comestíveis, seja da dieta humana como da dieta de pássaros, que pode ser gergelim, girassol, painço, aveia, trigo, linhaça, centeio, arroz, soja, grão de bico, ervilha, amendoim, lentilha, nozes, castanha do Pará, amêndoas, etc..

Como fazemos o suco de luz com os brotos das sementes recém germinadas, muitos perguntam como germinar as sementes do Suco de Luz do Sol? Não tem segredo, uma maneira fácil com passo-a-passo está abaixo.

Despeje em um vidro transparente de uma a quatro colheres de sopa de sementes;
Coloque água mineral ou água filtrada até cobrir todas as sementes;
Deixe as sementes repousarem durante toda a noite;
Cubra o vidro com um pedaço de filó e prenda com um elástico, isso deixa a sementes receberem ar puro;
Despeje a água e lave bem sob a torneira do filtro.
Coloque o vidro inclinado num escorredor em um lugar sombreado e fresco
Enxague pela manhã e à noite. Nos dias quentes é preciso lavar mais vezes.

As sementes começam a germinação em períodos variáveis, . Em geral estão com a sua potência máxima logo que sinalizam o processo do nascimento, quando ficam prontos para serem consumidos.

Receita de Suco de Luz do Sol  (para um copo).
Todos os ingredientes tem que ser puros ou orgânicos.
1 Maçã com casca picadinha e sem semente
1 Pepino médio
3 Folhas de couve ou outra hortaliça rica em clorofila
3 Galhos de hortelã ou capim limão ou erva cidreira
1 Porção de grãos germinados
1 Raiz a seu gosto – Pode ser gengibre, cenoura, ou outra raiz qualquer
1 Legume a seu gosto – Pode ser batata doce, inhame, ou outra legume qualquer
Modo de Preparar o Suco de Luz do Sol
Coloque a maçã picadinha no liquidificador e use o pepino como socador até que o primeiro líquido se forme. Coe e volte para o liquidificador. Acrescente os grãos germinados, as folhas verdes comestíveis, o legume e a raiz escolhida. Varie as hortaliças sempre que possível e utilizando sempre as de produção orgânica. Coe num coador de pano e beba logo em seguida.

Vibração verde
Ler mais: http://www.vidasustentavel.net/modo-de-vida/como-fazer-um-suco-de-luz-do-sol/ 
 (que é nossa fonte)

Alimentos são jogados fora enquanto morre gente de fome*

 Por Redação do CdB, com Adital - de Lisboa

Toneladas de alimentos são produzidas no mundo e parte disso vai parar no lixo, enquanto milhões de pessoas passam fome
Toneladas de alimentos são produzidas no mundo e parte disso vai parar no lixo,
enquanto milhões de pessoas passam fome
Vivemos em um mundo de abundância. Hoje se produz mais comida do que em nenhum outro período na história. A produção alimentar se multiplicou por três desde os anos 60, enquanto que a população mundial, desde então, somente se duplicou. Há alimento de sobra. Mas 870 milhões de pessoas no planeta, de acordo com indicações da FAO, passam fome e 1 milhão e 300 mil toneladas de alimentos são desperdiçadas anualmente no mundo, um terço do que se produz. Alimentos para comer ou para jogar fora, esta é a questão.
No Estado espanhol, de acordo com o Banco de Alimentos, são jogados fora, a cada ano, 9 milhões de toneladas de alimentos em boas condições. Na Europa este número aumenta para 89 milhões, de acordo com um estudo da Comissão Europeia: 179 quilos por habitante e por ano. Um número que, inclusive, seria muito superior se o referido relatório incluísse também os resíduos de alimentos de origem agrícola gerados no processo de produção, ou os descartes de pescados jogados ao mar. Realmente, calcula-se que na Europa, ao longo de toda a cadeia agroalimentar, do campo aos lares, até 50% dos alimentos saudáveis e comestíveis se perdem.
Resíduos e desperdício contra a fome e a penúria. No Estado espanhol, uma em cada cinco pessoas vive abaixo da linha inicial da pobreza, 21% da população. E de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, em 2009 se calculava que mais de um milhão de pessoas tinham dificuldades para comer o mínimo necessário. Nos dias de hoje, independente dos números oficiais, a situação, sem dúvida, é muito pior. Na União Europeia, são 79 milhões de pessoas que não superam a linha inicial da pobreza, cerca de 15% da população. E destes, 16 milhões recebem ajuda alimentar. A crise converte a sub-cotação em um drama macabro, onde, enquanto milhões de toneladas de alimento são desperdiçadas anualmente, milhões de pessoas não têm o que comer.
E, como e onde se joga fora tanta comida? No campo, quando o preço caem abaixo dos custos de produção, ou quando o produto não cumpre com os critérios de tamanho e aspecto exigidos, é mais barato ao agricultor jogar fora do que colher os alimentos produzidos. Nos mercados em atacado e nas centrais de compra, onde os alimentos devem passar por uma espécie de “competição de beleza” correspondendo aos critérios estabelecidos, principalmente, pelos supermercados. Na grande distribuição (super e hipermercados), que requerem um número elevado de produtos para ter as prateleiras sempre cheias, embora mais tarde expirem e tenham que ser descartados, onde ocorrem erros na preparação dos pedidos, há problemas de embalagem e deterioração de alimentos frescos. Em outros pontos de venda no varejo, como os mercados e as lojas, em que o que não se pode vender é jogado fora.
Nos restaurantes e bares, onde 60% do desperdício são consequência de uma previsão mal feita, 30% ao preparar as refeições e 10% são sobras dos pratos dos comensais, de acordo com um relatório elaborado pela Federação Espanhola de Hotéis e Restaurantes. Nos lares, quando os produtos se estragam porque compramos a mais do que necessitamos, deixando-nos levar pelas ofertas de ultima hora (tipo 2×1), ou por não saber interpretar a rotulagem confusa, ou pelos pacotes que não são adaptados às nossas necessidades.
O desperdício alimentar tem diversas causas e responsáveis, mas, basicamente, trata-se de um problema estrutural e de fundo: os alimentos se tornaram mercadorias de compra e venda e sua função principal, nos alimentar, ficou em segundo plano. Desta maneira, se o alimento não cumpre determinados critérios estéticos, sua distribuição não é considerada rentável, se deteriora antes do tempo….. é rejeitado. O impacto da globalização alimentar a serviço dos interesses da indústria e dos supermercados, promovendo um modelo de “agricultura quilométrica”, dependente do petróleo, deslocalizada, intensiva, que fomenta a perda da agrobiodiversidade e do campesinato …, tem uma grande responsabilidade. Pouco importa que milhões de pessoas passem a fome. O fundamental é vender. E se você não pode comprar não conta.
Mas, o que acontece se você tentar coletar o alimento excedente? Ou você pode encontrar o recipiente fechado com chave, como acontece em Girona com os depósitos na frente dos supermercados, alegando o alarme social diante do fato de que cada vez mais pessoas coletam alimentos dos lixos. Ou você pode enfrentar uma multa de 750 euros se remexer nos recipientes de Madrid. Como se a fome ou a pobreza fossem uma vergonha ou um crime, quando o vergonhoso e delinquente são as toneladas de alimentos que são jogadas fora diariamente, fruto das exigências do agronegócio e dos supermercados, e que contam a aprovação das administrações públicas.
Os supermercados nos dizem que doam os alimentos aos Bancos de Alimentos, em uma tentativa de “lavar a cara”. Entretanto, de acordo com um estudo do Ministério da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente, somente cerca de 20% o fazem. E esta, além disso, não é a solução. Dar comida pode ser uma resposta de emergência, uma atadura ou um torniquete, baseada na ferida, mas é essencial chegar à raiz do problema, às causas do desperdício, e questionar o modelo agroalimentar pensado não para alimentar as pessoas, mas para dar lucro a poucas empresas.
Vivemos em um mundo de paradoxos: gente sem casa e casas sem gente, ricos mais ricos e pobres mais pobres, desperdício versus fome. Dizem-nos que o mundo é assim e que é má sorte. Apresentam-nos a realidade como inevitável. Mas não é verdade. Uma vez que, o sistema e as políticas se digam neutras e não são. Têm uma inclinação ideológica e reacionária: procuram o benefício, ou agora a sobrevivência, de poucos à custa da grande maioria. Assim funciona o capitalismo, também nas coisas de comer.
* Publicado originariamente em Público.
Tradução: Roberta Sá.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Os rapazes que venceram os raios e salvaram Dona Pandá


 Na noite do dia 29, faltando, portanto, dois dias para a passagem do ano, houve, aqui, na Chácara Xury, uma tempestade, com trovoadas e relâmpagos. Os apavorados Bei, Bia e Pretinho conseguiram permissão para entrar na casa. Antes que derrubassem a porta, Dona Pandá preferiu abrir mão da norma que proíbe cachorro ultrapassar o umbral da porta. A energia elétrica acabou e todos os aparelhos elétricos e eletrônicos foram rapidamente desligados, as lâmpadas de emergência salvaram esses moradores da escuridão e os acalmaram um bocadinho.

 No domingo, pela manhã, nada de energia. Como o telefone é uma linha WLL, cuja estação transmissora depende da eletricidade e o celular não tem sinal, a Chácara estava isolada, provocando em Dona Pandá uma sensação de desconforto. Resolveu verificar se as chácaras vizinhas estavam na mesma situação e descobriu que o problema era só dela. Foi até o padrão da força, na entrada da chácara, e verificou que a energia chegava ao relógio. Ficando claro sua total impotência, procurou, na estrada, um ponto mais alto para conseguir o sinal do celular e pediu socorro a seu amigo faz de tudo, Divino, que, em 40 minutos, estava, com um aparelhinho de teste buscando a fonte do problema. 

A primeira descoberta do Divino foi que toda a fase de voltagem 110v não funcionava e a de 220v, sim. A segunda foi que na cozinha havia um fio derretido e este estava posicionado ao final de uma linha. Considerando um bom progresso na sua pesquisa, Divino anunciou:
- Aqui está um resultado do curto circuito. Agora, preciso achar onde foi o curto. Já vi isto acontecer e o eletricista formado demorou um dia inteiro para achar o problema. – Dona Pandá, respirando mais profundamente que seu normal e já abaixando a voz (não sabia que ao final do dia estaria sibilando):
- Divino, vou perder toda a comida que está no freezer e nas geladeiras!!!
- Olha, não perca a calma, vamos descobrir. Vamos ver lá na casinha do Vanderlei como estão as coisas por lá. 

Embora Vanderlei não more na Chácara Xury,  o lugar onde ele toma as refeições, descansa e também guarda as ferramentas que exigem mais cuidados é chamado a Casinha do Vanderlei. Verificaram que as coisas por lá estavam como as coisas por cá. Divino, na intenção de acalmar sua amiga, fez uma dissertação sobre as dificuldades da eletricidade e Dona Pandá, por mais cuidado que tivesse com a sensibilidade do D. faz tudo, o interrompeu novamente com a repetição de - “Vou perder toda a comida ...”

Dai, a nora de Dona Pandá, havia avisado que seus pais viriam à CXury, no dia 31. Foram, então, convidados participar do último almoço do ano. Eis a preocupação de nossa amiga que já havia abastecido o freezer e a geladeira com os tira-gostos e as comidas semipreparadas para essas festas. Na geladeira da Casinha, havia o peru esperando o dia 31 para ir ao forno. Enquanto Divino apresentava seus relatórios de pesquisa, Dona Pandá só conseguia pensar que não iria conseguir fazer tudo de novo. Como amassar novamente as berinjelas? E o frango desossado?  As cervejas? Os vinhos espumantes? Ai, ai, ai não se passa de um ano para outro sem geladeira... Lá estava Divino falando... Ela sabia que a intenção era acalmá-la, mas a cada minuto que passava, a impressão de que iria perder a compostura ia ficando cada vez mais forte.

Divino precisava subir numa escada para verificar os disjuntores. A escada é de ferro e ele calçou uma chinela com sola de borracha para se proteger, mas houve uma pequena incompatibilidade entre o tamanho da chinela e o dos pés dele, então Dona Pandá, lembrando-se de seu avô, disse:
 - Tudo bem, calcanhar não é pé. -
Divino subiu e Dona Pandá ficou segurando a escada. De repente, ela viu um pé se levantar estranhamente, num ângulo de 90 graus à esquerda, e a perna acompanhar  levando todo o corpo que não passou do chão, embora parecesse trêmulo e com o rosto embranquecido pelo choque levado. O susto foi maior que a dor, segundo o acidentado que tudo fez para minimizar a vergonha passada. Dona Pandá se sentiu culpada e preocupada com as consequências do choque e do tombo, mas o rapaz só se desculpava. Aí falou mais alto o autoritarismo da dama que o fez se movimentar observando cuidadosamente até se convencer de que de fato nada grave havia acontecido. Deixada a escada de lado, voltaram à casa principal e recomeçaram a pesquisa.

Às 14h, depois de uma batalha com a escada, agora de madeira, para verificar  os fios nos postes altos, Dona Pandá foi novamente em busca de um ponto de sinal para o celular e pediu socorro para o Vanderlei. Chegando, ele substituiu Dona Panda no segurar a escada e mais uma hora se passou sem que se descobrisse algo que desse a luz.  A ideia, então, foi o Vanderlei buscar seu sogro Hélio, o eletricista que havia feito a instalação elétrica da CXury. O pequeno problema é que Hélio estava, em consequência de um acidente, de muletas.

O eletricista chegou junto com a chuva. Os três corajosos rapazes, sem tomar conhecimento da água que caia, foram vistoriar toda a rede interna à Chácara. Hélio, no chão, encostado em alguma árvore comandava, enquanto os outros dois – um no chão segurando a escada e o outro sobre ela – executavam as ordens de pega o fio azul, testa com o fio branco... Num determinado momento, com a chuva mais forte, Dona Pandá falou que estava desistindo e no outro dia veria o que fazer, pois além da chuva, do cansaço, o dia já desaparecera há algum tempo. Os intrépidos cavalheiros comunicaram que só iriam embora depois de deixar as geladeiras funcionando.

Eram 20h quando descobriram o ponto do curto que, evidentemente, estava nos últimos metros de fio vistoriado. Fomos, então, testar. Todas as lâmpadas e tomadas queimadas, assim como o forno micro-ondas, o rádio-relógio, filtros de linha e outras cositas más. Quando Dona Pandá abriu o freezer, nem acreditou... estava tudo congelado ainda, após 24h! Dona Pandá estava salva!